"Mein kampf", de Adolfo Hitler (1889-1945),
"um dos livros mais nefastos da história", é publicado a 2 de março,
numa "edição de capa dura, com cerca de 50 fotografias e um grafismo
ambicioso", segundo a editora Guerra e Paz.
O texto de Hitler é precedido por "mais de 100
páginas de análise histórica do nazismo, dos métodos que levaram Hitler ao
poder e do hediondo crime que culminou com as câmaras de gás e os fornos
crematórios do holocausto", segundo a editora.
"A
democracia deve conhecer os seus inimigos", diz a editora, na apresentação
do livro, no seu sítio na internet. "Este livro, mal escrito, de teses
abomináveis, foi a bíblia de um movimento, o nazismo, que dilacerou a Europa,
primeiro, e o mundo a seguir. Um documento com esta natureza deve ser conhecido
e deve ser publicado".
"Para
comemorar o 10.º aniversário [da editora], a Guerra e Paz está a publicar uma
trilogia de 'livros malditos'", afirma em comunicado, acrescentando que
são "malditos por estarem inegavelmente ligados às maiores tragédias e
genocídios do século XX".
O
primeiro livro editado foi o "Manifesto Comunista", de Karl Marx e
Friedrich Engels, no passado dia 20 de janeiro, e, em maio, "estará nas
livrarias o 'Pequeno livro vermelho', de Mao Tsé-tung".
A
edição de "Mein kampf -- A minha luta", com texto integral de Adolfo
Hitler, numa tradução e adaptação de António Rodrigues e da equipa Guerra e
Paz, coteja a edição brasileira, de autoria de Júlio de Matos e Biapina, com a
edição inglesa de James Murphy, ambas realizadas com base no original alemão.
Adolf
Hitler, nascido na Áustria, sob a coroa austro-húngara, serviu o Exército do
imperador alemão Guilherme II, na I Grande Guerra (1914-1918), fundou o Partido
Nacional-Socialista (Nazi) e liderou os destinos da Alemanha, de 1933 a 1945,
utilizando o título de "führer" (chefe supremo), desde 1934.
O
texto de Hitler é precedido por "mais de 100 páginas de análise histórica
do nazismo, dos métodos que levaram Hitler ao poder e do hediondo crime que
culminou com as câmaras de gás e os fornos crematórios do holocausto",
segundo a editora.
O
livro inclui ainda um artigo, de 20 páginas, que "sublinham a derrota militar
e o suicídio de Hitler".
"O
'Mein Kampf' é um livro de ódio. Mas é, também, um livro imprescindível para a
compreensão da utopia racial nazi, que é parte dos movimentos revolucionários
do século XX", afirma a editora, reforçando tratar-se de um "livro
maldito", pelo que a sua publicação exige uma contextualização histórica,
através de um conjunto de textos e notas assinados pelo editor, Manuel S.
Fonseca, que evoca as circunstâncias da ascensão de Hitler ao poder e o
"crime do nazismo, ensaiando-se uma breve análise dos principais traços da
personalidade de Adolf Hitler".
"O
ódio de Adolf Hitler foi devastador. Trouxe um inominável cortejo de
sofrimento, seis milhões de judeus mortos, mas é muito importante sublinhar um
ponto: Hitler perdeu, foi vencido pela guerra que o Exército soviético e os
Exércitos aliados lhe fizeram", realça no texto o editor Manuel S.
Fonseca.
"Temos,
hoje, a perceção do que, neste livro, é demagógico, do que, neste livro, de que
Hitler é autor, são mentiras e meias-mentiras, do que, no 'Mein kampf', é
acientífico e obscurantista, do que nele é criminoso", segundo o editor.
Assinala
Manuel S. Fonseca que "o ódio de 'Mein kampf' só pode ser repetido por
ignorância ou por patologia".
"Hitler
perdeu", escreve. "Há veneno em 'Mein kampf'".
"Com
a informação que hoje temos, lê-lo faz parte do antídoto que está, agora, ao
alcance de todos", remata Manuel S. Fonseca.
Esta
é uma edição cartonada, com lombadas pintadas à mão, "inovadora estampagem
de suásticas e grafismo de Ilídio Vasco".
"Pelas
sugestões a que induz, o grafismo de Ilídio Vasco é, aliás, intérprete e
coautor da obra", afirma a Guerra e Paz.
No
final de 2015, a E-Primatur publicou o livro de Adolf Hiltler, 40 anos após a
primeira edição em Portugal, pelas Edições Afrodite/Fernando Ribeiro de Mello,
retomando esse texto, resultante da tradução brasileira originalmente publicada
pela Globo, que foi revista e acrescentada, segundo o original, de acordo com a
editora.
Para meu azar, o Árabe é uma língua que não domino!...
ResponderEliminarCaríssimos, vejam se, pelo menos, utilizam o alentejano...
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