Anteontem o General Ramalho Eanes, sobre o PCP disse isto:
E sobre a Descolonização isto:
Ou seja, começa a fazer-se a verdadeira História sobre esse período tão conturbado.
tempocaminhado@gmail.com
Anteontem o General Ramalho Eanes, sobre o PCP disse isto:
E sobre a Descolonização isto:
Ou seja, começa a fazer-se a verdadeira História sobre esse período tão conturbado.
Lembrete:
Dia
27 de Abril, 16h00, Salão Nobre dos Paços do Concelho:
Apresentação do livro Vila Real, Oposição e Eleições no Estado Novo,
de Joaquim
Ribeiro Aires, por Vítor Nogueira.
Portugal deve “pagar custos” da escravatura e dos crimes
coloniais, diz Marcelo
Presidente da República declarou que Portugal “assume total responsabilidade”
pelos erros do passado e que esses crimes, incluindo massacres coloniais,
tiveram “custos”. “Temos de pagar os custos.”
https://www.publico.pt/2024/04/24/politica/noticia/portugal-pagar-custos-escravatura-crimes-coloniais-marcelo-2088143
Isto é o que se retira da entrevista de ontem do Presidente da República a jornalistas estrangeiros. Serão declarações de boa intenção, mas levianas.
1 - Em termos colectivos, há 50 anos que os Estados africanos que pertenceram ao império português têm sido indemnizados em vários tipos de acções. Desde logo com toda a obra pública que o Estado português ali deixou. As pontes e estradas que ali se deixaram são ainda hoje mais sustentáveis do que aquelas que se fizeram há meia dúzia de anos.
Ainda há cerca de dois anos, um museu em Luanda foi patrocinado pelo Estado português.
2 - As negociatas que se elaboraram em Portugal através de uma certa família angolana, indemniza muito bem a roubalheira que essa família fez ao seu próprio Povo.
3 - A escravatura transatlântica patrocinada pelo Estado Português foi, antes de tudo, patrocinada pelos próprios potentados africanos.
4 - Além dos potentados africanos, os Árabes foram os principais esclavagistas no continente africano.
O Estado Português não tem que indemnizar ainda mais os Estados Africanos (muito menos o Brasil) onde desempenhou papel colonial, sem ter em conta o contexto histórico. Até porque os mais vastos e actuais estudos sobre estas questões, concluem que a pobreza endémica desses países, se deve à roubalheira da sua elite politica e quejandos.
Esta baboseira (pela lei não posso adjectivar mais do que isto) não faz sentido. Em termos éticos, a ter que pagar custos deste género, seriam individuais. Qual é a família africana (ou brasileira) que tem memória de ter ascendência de escravos, depois de 400 anos?
Quantos cidadãos portugueses que trabalharam uma vida com honestidade, nessas antigas colónias, foram indemnizados, pelo património e trabalho que lá deixaram? Que se saiba, com "uma mão à frente e outra atrás" foram, de forma ligeira (a maioria) apoiados pelas nações europeias, através de um instrumento que se chamou IARN.
Mas deve lembrar-se que os cidadãos belgas que estavam no Congo, foram indemnizados, segundo o seu património e o seu trabalho!...
Era uma vez um país
Onde o pão era contado
Onde quem tinha raiz
Tinha o fruto assegurado.
Onde quem tinha dinheiro
Tinha o operário algemado
Onde o escravo ceifeiro
Dormia no meio do gado.
Onde tossia o mineiro
Nas minas explorado
Onde morria primeiro
Quem nascia desgraçado.
Foi então que abril abriu
As portas da liberdade
E a nossa gente invadiu
A sua própria cidade.
Disse a primeira palavra
Na madrugada serena
Um poeta que cantava
O povo é quem mais ordena.
Agora que já floriu
A esperança na nossa terra
As portas que abril abriu
Nunca mais ninguém encerra.
Os cinquenta anos de abril
Tornaram-se enganadores
Porque quem veio a seguir
Foram os maiores traidores.
Direi mal, daqui não saio
Apenas canto o que é meu
Não sou como o papagaio
Que só diz o que aprendeu.
Os que bons conselhos dão
Às vezes fazem-me rir
Por ver que eles próprios são
Incapazes de os seguir.
Entre leigos e letrados
Fala só de vez em quando
Que nós às vezes calados
Dizemos mais que falando.
25 de abril de 2024, Júlio de Barros.
Fui convidado para falar sobre o 25 de Abril a alunos do 1.º ciclo, na Escola de Música Calouste Gulbenkian - Braga.
Resumindo... Disse-lhes
que estava na Guiné.
Falei-lhes num 25 de Abril
em cada dia na Escola. Que fossem registando as memórias num caderninho para
que daqui a 50 anos as possam saborear.
Que o 25 de Abril passa
por ouvirem os pais, os avós e os vizinhos. Mas, os professores têm de ser as
pessoas mais importantes na Escola.
Ouvirem os velhos e
conversarem com eles será um 25 de Abril bonitos.
E que não desistam dos
sonhos.
Ah! Disse-lhes que o 25 de
Abril começou na Guiné e que sou amigo do mentor e que esteve na sua génese,
Coronel Jorge Golias, militar humilde e sábio, e que amanhã estará na Tribuna
d'Honra, no Terreiro do Paço, convidado pelo Senhor Presidente da República,
Prof. Doutor Marcelo Rebelo da Sousa.
O convite, para falar aos
alunos sobre o 25 de Abril, foi-me feito pelo velho amigo, Professor Rui
Araújo, e ficou no ar outra visita à sua turma, lá para o tempo das castanhas.
O meu pragmatismo não
desmarca da felicidade das pessoas e de vencerem na vida, julgo ser este o
melhor 25 de Abril.
Jorge Lage.
Anteontem o General Ramalho Eanes, sobre o PCP disse isto: https://eco.sapo.pt/2024/04/26/eanes-afirma-que-pcp-se-preparava-para-estabelece...