Tempo caminhado
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domingo, 1 de outubro de 2023
As velhas redes mafiosas
Tanto o Expresso
como o Correio da Manhã de ontem (30 de Setembro), corroboram que a corrupção
em Portugal é uma tempestade perfeita no saque ao que é de todos, liderado pelo
PS. Poucos casos haverá, no historial da corrupção endémica em Portugal, como o
actual da operação "tempestade perfeita".
Há um conjunto
de personagens envolvidas no caso, todos ligados ao PS e ao modo de
funcionamento político-partidário-universitário das nomeações para altos cargos
dirigentes. Ministros, professores universitários e funcionários superiores de
direcção-geral. Alguns dos envolvidos consideram que aquilo que fizeram ou onde participaram não é corrupção, como o caso da ministra Carreiras prof. do ISCTE,
um antro de socialistas corruptos.
Bom, e para
verificar que o PS lidera esta corrupção, porque está no poder há mais anos,
transcreve-se uma das últimas escutas deste processo:
“Um lugar
que eu quero é presidente de uma empresa qualquer. Até pode ser da ETI “,
observa o então funcionário da Direcção-Geral do Tesouro. “Porque todas as
empresas têm potencial, haja arte e engenho para o saber levar, não é?” ...“O
segundo lugar, que já é, digamos assim, um compromisso, é ter um lugar estável
lá fora. Na ESA – Agência Espacial Europeia, na NATO, uma merda qualquer a
ganhar 12 mil euros! Também não fico chateado, percebes? Mas não posso dizer
que é a minha primeira opção. O terceiro lugar, que eu não quero mas
até aceito, é como director-geral de uma merda qualquer.”
https://www.publico.pt/2023...
sábado, 30 de setembro de 2023
«Diziam os Antigos...» no Festival literário de Mirandela
Amanhã (1 de Outubro) , no Festival literário de Mirandela (Feira do Livro), será apresentado o livro «Diziam os Antigos...»!, pelo Revmo Cónego Silvério Pires, com prefácio de Jorge Golias.
Textos
do livro serão encenados pelo grupo de Teatro Mirandelense, «Trás-Cena
- Companhia de Teatro»,
Nota: Programa da
apresentação do livro:
17h00 - “Diziam os antigos”
Apresentação de livro com
encenação de excertos da obra:
Jorge Lage
Apresentação do livro pelo Revmo Cónego
Silvério Pires
Trás-Cena – Companhia de teatro
Local: Jardins
do Centro Cultural
18h00 - Encerramento da feira
do livro
Programa da Palavrarte 2023:
A propaganda da seita xuxa e os factos de Eugénio Rosa
![]() |
www.eugeniorosa.com |
sexta-feira, 29 de setembro de 2023
Escolhi a liberdade
Á
semelhança de outros, este livro há muitos anos esquecido do público, é um
extraordinário testemunho de um antigo funcionário soviético, nascido na
Ucrânia, que revela a história da sua vida na Rússia, as experiências como
membro do Partido Comunista e a ruptura com o regime soviético, em 1944, após
ser nomeado para uma comissão nos Estados Unidos da América.
Victor Kravchenko
nasceu em Yekaterinoslav, na Ucrânia, em 1905. Filho de um revolucionário, foi
criado num ambiente de revolta contra o czarismo, tendo vivido intensamente a
confusão e as ambições que se seguiram à revolução de 1917. Em 1929, quando
Estaline toma as rédeas do comunismo mundial, foi admitido no Partido Comunista
e rapidamente se revelou um importante elemento para o partido.
O seu
relato, que foi originalmente publicado em 1946 e traduzido para mais de vinte
idiomas, é uma descrição pormenorizada e dramática da vida russa sob a ditadura
do Partido Comunista e da fuga de um homem para a liberdade.
No livro,
o dissidente revela detalhes sobre a Coletivização, o Holodomor (a Grande Fome)
e o envio de milhões de inocentes para as prisões e para os campos de trabalhos
forçados da Sibéria, conhecidos como Gulag - antecipando cerca de três décadas
o relato de Alexander Soljenitsin em Arquipélago Gulag.
A sua
história deu origem ao "julgamento do século" em Paris, com Victor
Kravchenko a processar o jornal francês Les belles Lettres por difamação ao
considerar que a sua fuga tinha sido orquestrada e que ele próprio era um
agente norte-americano. Deste episódio resultaria o segundo livro de
Kravchenko, intitulado "Eu escolhi a justiça"(1950).
Kravchenko faleceu em 1966 em Nova Iorque e a sua morte permanece rodeada em mistério, pois apesar da versão oficial indicar como causa o suicídio, subsiste a dúvida se terá sido morto por agentes soviéticos.
(contracapa)
NOTA DO
AUTOR
«Os
atores desta narrativa tão dramática não são classes mas pessoas, não são
heróis nem vilões, mas simplesmente seres humanos apanhados e envolvidos no
destino cruel de uma grande Nação.»
Victor Kravchenko, ucraniano, dissidente soviético
A página 283:
quinta-feira, 28 de setembro de 2023
NATAL DE OUTRORA - DIZIAM OS ANTIGOS ... -ALGUMAS MEMÓRIAS
Por Maria da Graça
NATAL DE OUTRORA - DIZIAM OS ANTIGOS ... -ALGUMAS MEMÓRIAS
As ovelhas afilavam os dentes nos mirrados
tocos das arçãs e as de bom dente tosquiavam as ásperas carrasqueiras.
Era a época natalícia, e
quando terminava o pesadelo das aulas, soava a liberdade e gostava de
acompanhar o rebanho por montes e vales.
Nesse dia, já o rebanho iniciava a descida dos montes rumo à corte. As chaminés e telhados dos Eixos deixavam esgueirar um fumo, do entardecer, mais intenso.
Ao passar por Vale
Freixinho, o Manuel da Penha numa azáfama mais asinha metia as últimas couves
tronchudas na sôfrega saca:
- Ó Manel, hoje também vão ser couves? - interrogou o pastor.
- Umas batatinhas com
couves e um bacalhauzito, é a cêa dos pobres! - rematou o Manuel, enquanto os
alvos dentes da burrica, com perícia de cirurgião. arrancavam as últimas folhas
enferrujadas duma silveira.
O instinto do rebanho
tinha mudado para um passo mais estugado e sempre pronto a devorar o folhato
seco do restolho ou alguma vergôntea esquecida de giesta.
Ao passar o Fojo e a
Ribeira, o assanhado latido dos cães do Trovoadas, da outra margem do Rabaçal,
anunciavam algum cliente mais retardatário que ia à azenha trocar o alqueire de
trigo por farinha para as filhózes.
O crepúsculo ia-se
arrastando silencioso, cobrindo montes e vales, As grossas águas murmuravam e
espumavam ao transporem o açude do Moleiro. O João e o criado travaram as duas
rodas e as mós pararam de remoer grão. Só o empoado Nero, de pêlo arruivado,
latia à nossa passagem.
As canhonas mais atiladas lançavam apelativos e soletrados berros pelos cordeiros irrequietos que davam os últimos saltos e correrias em caminhos batidos. O Zé Descalço podia causar estragos no rebanho, mas o Caixeiro, macho cioso, de imponente porte e generosos cornos, era o da dianteira, chefiando, sem oposição, a ovelhada. O tilintar dos chocalhos alternavam com o latir dos rafeiros do povoado.
O estômago gritava num
doloroso vazio pela cêa, porque embora criança tinha jejuado como os demais.
Uma ou outra moçoila enchia os cântaros no tanque. Quando entrei em casa até
tábuas comia.
Entro em casa e os olhos
ficam deslumbrados e empanturrados, e pouco depois, a mãe ordena:
- Ponde a mesa raparigas! Os homens já estão todos!
A Consoada iniciou-se por
um silencioso e abundante repasto só quebrado por alguma ordem da mãe.
Os meus olhos apontavam mais para a doçaria. O pai apontava-me o seu manjar preferido, o polvo frito em ovos.
Quando já se conversava
mais do que se comia, aparece o Manuel Grilo e o Guilherme Anicete para o
copito e prova da ordem.
O patriarca marcava o
ritmo:
- Por cima de mel o que
mais mal souber!
A lareira atiçada entoava
um melodioso e aconchegado crepitar, ruborizando os rostos.
Os rapazes do povoado desapareceram
para apanhar nos sequeiros uma pilha de troncos. No Terreiro da Igreja, a
poucos metros da minha casa paterna, e dizia o Arnaldo Falcão:
- Esta vai chegar para a
dos Eixes.
E as labaredas subiram
mais altas do que os telhados.
Jogámos ao par e ao pernão
em que os pinhões e as amêndoas iam minguando no bolso da minha ingenuidade e
pela matreirice dos mais crescidos.
Fui para a cama a pensar
no Menino Jesus, que se poderia esquecer da minha aldeia, da nossa lareira ou
das minhas botas postas em lugar de destaque - obra dos sapateiros de Foz Côa.
Ao acordar fui direito à lareira, como a raposa vai à capoeira. Os rebuçados fizeram-me estalar as remelas ensonadas e murmurar que o Menino Jesus podia ter aberto mais o saco.
A fogueira durou até de manhã e os sinos repenicaram lembrando a missa do beija-pé ao Menino Deus . Entre cânticos de alegria transbordante vimo-nos na fila que avançava sob o olhar risonho do Padre Ferreira:
"Vamos ao Presépio,
Vamos a Belém,
Adorar o Menino
Que salvar nos vem!"
Jorge Lage (Excerto)
Modesto Navarro e a sua história de vida
Ver Convite
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Belos tempos estes em que a esquerda socialista era apoiada pelo capital... E pelos imperialistas ...
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Alexandre de Morais, o Tirano. Jamais houve uma campanha eleitoral como essa, e nem uma sucessão presidencial tão suja. O TSE conduz a...