quinta-feira, 24 de abril de 2025

"O Sal da da História" na CTMAD - LISBOA

Armando Palavras, Barroso da Fonte, Hirondino Isaías e Carvalho de Moura

Ontem na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, Barroso da Fonte sintetisou  o que segue no escrito infra.




Barroso da Fonte e Hirondino Isaías
Há 31 anos foi inaugurado, em Lisboa, o Monumento Nacional que dá nas vistas de quem chega ou de quem parte, por terra, mar e ar. Como e porque apareceu ali, em tão nobre espaço, tão insólito e polémico Monumento que perpetuará, pelos séculos fora, «os melhores de nós todos» que foram cerca de um milhão de jovens, entre 1961 1974, nove mil dos quais perderam a vida nas antigas Províncias Ultramarinas?


Impunha-se inscrever na História de Portugal e, para memória futura, o simbolismo desse Monumento, cuja ideia nasceu em Guimarães, em 1984. Em 29 de Janeiro de 1987, a Associação dos ex-Combatentes do Ultramar, que mais tarde mudou o nome para Associação Nacional dos Combatentes do Ultramar (ANCU), dada a adesão ao projeto, teve a ideia de construir o Monumento com as caraterísticas e simbolismo que hoje continua a ter: honrar a memória dos que morrem ao serviço da Pátria, sem esquecer a soldadesca que deixou tudo e todos para cumprir um dever cívico. Ainda hoje muitos milhares dessa geração vagueiam no espaço lusófono da portugalidade, sem a própria compensação que, desde há meio século, lhes pertence. Quem se comprometeu em pugnar por esse projeto humanitário, ainda hoje está lúcido e confiante em tudo o que o previa. E no dia 15 de Janeiro de 1994, há portanto 31 anos, tal projeto universalizou-se no Monumento Nacional aos Combatentes que tombaram ou sobreviveram.


 A ANCU partiu de Guimarães, berço da Pátria. Mas o projeto seria mais envolvente e chamativo, se concretizado em Lisboa. Para tanto foi convidado o General Altino de Magalhães, um militar distinto que passara à disponibilidade e se inscrevera naquela então coletividade Vimaranense, como sócio comum. Aliado desse sonho, a direção convidou-o para a representar em Lisboa, de modo a influenciar todos os poderes, e com uma garantia valiosa: Manuel dos Santos Conceição, que já era membro e vivia na capital, com disponibilidade, em meios e vocação, para assumir o papel de adjunto e lhe prestar toda a assistência necessária, graciosamente. Garantido esse papel, entre 19877 e 1994, o General dispôs, nesse intervalo de tempo, de transporte, companhia e outras serventias ocasionais. Entretanto, Altino de Magalhães foi, também, nomeado Presidente da Liga dos Combatentes da Grande Guerra. E esse facto bastou para também associar a Liga ao projecto da ANCU. E esse papel foi bom por um lado, e mau por outro. Motu próprio inverteu os papéis. A ANCU, que o convidara para a representar, nunca mais teve o cuidado de a respeitar. Antes acabou por elencar outras oito associações que aderiram ao projceto, colocando a ANCU em 6º lugar e a Liga da Grande Guerra em 3º. Em 1º e 2º duas Sociedades Históricas: a da Independência e a de Geografia.

À data em que a inauguração do Monumento completa 31 anos, já foram publicadas cerca de dez teses de mestrado e de doutoramento. Quase todas (das que conheço) falam da Liga da Grande Guerra, da História da Independência e da Geografia de Lisboa.

É óbvio que todas têm o simbolismo da sua época e futuro. Mas este Monumento não nasceu apenas para encher chouriços, como se diz na província onde nasceram: o fundador da Liga dos Combatentes, João Afonso Faria; Adriano Moreira - autor do discurso da inauguração do Monumento em questão; o general Altino de Magalhães que orientou e presidiu ao processo do Monumento aos Combatentes; e também o autor da paternidade da ideia do Monumento que foi inaugurado em 15 de Janeiro de 1994.

Na próxima quinta feira espera-se que as televisões públicas, pelo menos, não se esqueçam de dar a este tema o relevo que dão aos desordeiros da ordem pública.

Nesse mesmo dia, e pela mesma causa, chegará à praça pública o livro «O Sal da História» da autoria do Doutor Armando Palavras, também ligado ao Transmontanismo.

Barroso da Fonte

Esta crónica foi enviada para este blogue e para vários jornais, entre eles o Diário de Trás-os-Montes e Alto Douro

https://www.diariodetrasosmontes.com/cronica/o-sal-da-historia

https://tempocaminhado.blogspot.com/2025/01/o-sal-da-historia-livro-assinala-os-31.html

 

Sobre o livro deixamos aqui artigo escrito por Jorge Lage (que esteve presente no evento) no jornal "Notícias de Mirandela":

A Taberna da Tia Questina


JORGE  LAGE

A Taberna da Tia Questina Como me lembro da Taberna da Tia Questina! Ficava no Bairro das Eiras, mesmo em frente à casa dos meus pais, e tinha apenas uma divisão com a lareira e encostado ao canto da parede de frente da porta de entrada e no lado oposto uma cama onde ela dormia. A Guitéria, minha Mãe, e a Questina (Aniceto) eram vizinhas amigas e nunca as ouvi darem, entre si, uma palavra azeda. A Questina era mãe solteira, de estatura média e bem nutrida. Criou as duas filhas, Helena e Amparo. Formou a Amparo e ainda mandou estudar a sobrinha, Isabel, filha da M.ª do Amparo e do Guilherme, amigos de minha casa. Em tempo de míngua, as filhas foram mimadas como poucas. Foi uma «leoa» e ainda comprou uma casa no Carrascal. Agarrava-se a tudo para tirar as filhas do trabalho da aldeia. A Helena casou com o António (da Helena). Um casal amigo, muito respeitado na minha aldeia. O António trabalhava na União e era «doido» pelo F. C. do Porto e jogava no Mirandela. Quando o Clube de Futebol da minha aldeia jogava com outros das redondezas, era certo que alinhavam de Mirandela: o António da Helena, O Machado e o Chico Cabelo. A juventude de Mirandela era lá bem recebida. Bem, mas os jogos de futebol, com a malta dos Eixes, dava quase sempre discussão. Lembro-me de uma vez, ainda eu não andava na escola, os dos Eixes viram jogar no campo de futebol que ficava no «Caminho da Barca», a uns 500 metros da Igreja e do lado direito, quem vai para Mirandela e acho que esse jogo nem chegou a terminar. Os da minha aldeia avisaram os «zaragateiros» dos Eixes que não voltavam a jogar ali. Mas, como eram discussões de garganta, eles diziam que voltavam. Passados dias estava tudo esquecido. A Taberna da Questina, era o centro de encontro da gente da minha aldeia. Um dia, alguém me ofereceu duma cerveja, mas, de amarga que era, nem consegui beber um trago. Lembro-me de alguns frequentadores da Taberna da Questina: - O Acácio da M.ª Rosa, o Arnaldo Falcão, o Carlos da M.ª de Jesus, o Francisco Libana, alguns criados e pastores, o Armindo da Alice, o Bnadito da Penha (os maldosos metiam «r» depois do «P»), o Manuel Grilo, o Maximino e mais um ou outro passante. A Taberna vendia, vinho do pipo, aguardente, cerveja, laranjada, rebuçados e chocolates, latas de sardinhas, sal, petróleo para as candeias, fósforos e pão que cozia e ali jogava-se ao chincalhão. Sempre que faltava pão à Questina a Guitéria emprestava-lhe. Aliás, quando precisou de 100$00, para a filha Amparo ir fazer o «exame de admissão aos liceus» a Bragança, bateu às portas da aldeia e todas se fecharam. Por fim, recorreu à vizinha, Guitéria, que também vivia com dificuldades, mas tinha 100$00 guardados para duas camurcinas para o Manuel e o Eduardo, os filhos mais velhos, e emprestou-lhos. A Questina tinha sempre uma folha de peixe de bacalhau, para tirar umas rachas de emergência, para acompanhar uma caneca e um carolo de pão. Tinha uma caixa onde se furavam umas bolinhas com um pauzinho e saíam sempre guloseimas. Como me lembro de me proteger quando eu fazia alguma traganice e ela livrava-me de algumas tareias da minha Mãe. A Questina partiu, há alguns anos, quase sobre a meta do centenário e pela vizinhança e por tratar o Jorginho com carinho devia-lhe esta memória de um tempo parco mas feliz e solidário

"Os Galgos do Niassa" na CTMAD - LISBOA

Armando Palavras, Barroso da Fonte, Hirondino Isaías e Carvalho de Moura


 Ontem na Casa de Trás-os Montes e Alto Douro de LISBOA




O conteúdo deste volume é um conjunto de crónicas que o autor escreveu para o jornal Notícias do Barroso, enquanto cumpria o serviço militar obrigatório em Moçambique, como Alferes.

O mesmo fez outro Barrosão, pela mesma altura, para o jornal Notícias de Chaves, Barroso da Fonte.

Ambos têm em comum o facto de não quererem reescrever a História. Limitam-se a descrever os factos que observaram, sem interpretações obscuras.

Carvalho de Moura di-lo com clareza, na sua introdução: “Muito se tem escrito sobre a guerra colonial mas quase sempre a deturpar a verdade”.

“Os apontamentos da minha Guerra Colonial retratam ou procuram retratar o dia a dia dos militares que combateram em África, tão longe dos preconceitos do salazarismo como da onda revolucionária do 25 de Abril de 1974”.

E, de facto, assim é. Na sua primeira crónica descreve a Mobilização e embarque no Vera Cruz, destacando a passagem no Cabo das Tormentas, onde destaca o nome dos heróis da nossa História: “... quando o barco chegou ao Cabo das Tormentas nem vos conto. Nessa altura é que eu dei valor ao nosso Vasco da Gama. Aquilo é mesmo só para aventureiros, loucos e heróis”.

Seguem para o posto de Nacala, no norte de Moçambique. Para trás tinham ficado Luanda e Lourenço Marques. Aí, onde a influência da África do Sul era notória, o Batalhão teve o tempo necessário para descontrair. Episódios como os do Amarante são descritos com crueza.

No Destacamento, em Napurama, a vida era calma, apenas se ouvia o ruído da floresta. Aí comandou o Destacamento, coadjuvado por alguns furriéis. Tinha com eles boas relações, especialmente com o furriel Borges, natural de Vinhais.

A rotina, contudo, levou à inação e à irresponsabilidade de, por vezes, saírem à caça na selva, durante a noite. Além destes momentos do quotidiano, o autor também recorda momentos trágicos: a emboscada no Nicoleze, uma operação de vigilância, pelo meio de picadas que atravessavam a floresta. Por vezes efectuavam operações de maior vulto, onde participavam as Berliets e os Unimógs. Numa dessas operações, para os lados do rio Lugenda, num rebentamento, uma das Berliets foi destruída, cujos estilhaços provocaram, 18 dias depois, a morte do “Mil e um”.

Por vezes chegavam noticias tristes, como a morte do Alferes Fraga de Carvalho que sucumbiu ao veneno de uma flecha atirada por uma velha Maconde. 

As madrinhas de guerra, os aerogramas e o seu conterrâneo Barroso da Fonte, também ele Alferes e veterano da Guerra em Angola, são lembrados nestas memórias pessoais.

Além da impreparação dos militares, mobilizados à pressa, Carvalho de Moura não esquece as condições a que os mesmos estavam sujeitos no mato, ao qual se adaptavam excepcionalmente.

No rol descrito neste volume são mencionadas grandes operações como a dos “Galgos saltam a fogueira” e a dos “Galgos pintam a manta”. Ou ainda a intervenção no Rio Lugenda, apresentando valiosas ilustrações sobre os meios de locomoção (Berliets, Inimógs …), construções de abrigos, grupos de cipaios que davam apoio em Napurama.

Na página 64 descreve a maior tragédia de toda a guerra colonial, ocorrida no Rio Zambeze. Foi a 21 de Junho de 1969. Morreram afogados 101 militares – 1 Alferes e 1 Furriel – 10 Cabos milicianos e 88 soldados; e mais 7 elementos da tripulação do batelão que fazia a travessia entre Chupanga e Mopeia.

São abordadas as causas do acidente, os relatos dos sobreviventes, recolhidos por Fernando Madaíl, do Correio da Manhã, e é dado o devido relevo aos irmãos Campira que salvaram cerca de 1/3 dos sobreviventes.

A título de epílogo desta tragédia militar, o autor transcreve um trabalho de João Soares Tavares, publicado no Notícias do Barroso a 3 de Outubro de 2020.

Este livro não é um volume de ideologia. É, tão só, um “manual” que descreve factos.

 

Armando Palavras

Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de LISBOA

23-04- XXV

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Dois autores barrosões na CTMAD de LISBOA

Armando Palavras, Barroso da Fonte, Hirondino Isaías e Carvalho de Moura

Hoje, foram apresentados dois livros na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa: "Os Galgos do Niassa" e "O Sal da História". 



Carvalho de Moura interveio com esta exposição:

Ex.nos senhores

Presidente da direcção da CTMAD, Dr Hirondino Isaias

Capitão João Andrade da Silva

Caros amigos barrosões

Caros amigos transmontanos e altodurienses

É com subida honra que me apresento, hoje, nesta sala da CTMAD para vos falar sobre a guerra colonial nas vésperas do histórico Dia 25 de Abril.

Honra que é oportunidade para se recordar a triste guerra sem sentido, mas guerra onde os nossos militares de então se bateram com coragem inaudita para salvaguardar a glória da nossa querida pátria.

Honra que sinto pela oportunidade que nos é dada por esta nobre instituição de tranasmontanos valorosos que, desde a sua fundação, tem sido um farol a levar longe as virtualidades das terras transmontanas e dos transmontanos.

Aproveito para felicitar a CTMAD, todos os seus dirigentes, do passado e do presente, que, com dedicação extrema, devoção ímpar e trabalho exemplar, têm mantido a vida desta nobre Casa na capital do país. Na capital a Casa mais antiga e a mais prestigiada de todas as Casas Regionais, sempre disponível, de portas abertas para as autarquias e para os transmontanos e altodurienses e outros, é obra de gente transmontana dos quatro costados.

Repito que nunca é demais relevar o trabalho insano de todos os que a fundaram e dos que, durante tantos longos anos lhe têm dado continuidade com vida associativa prestigiada e publicamente reconhecida.

E, reconhecendo a minha parte de cumplicidade, é justo, no que à nobre Casa diz respeito, que se diga aqui, claramente, que quase tudo se deve à participação dos transmontanos do nordeste que, salvo raras excepções, têm liderado a vida associativa da CTMAD. A meu ver, existe uma diferença comportamental entre os nordestinos e os transmontanos do distrito de Vila Real. Aqueles são mais dados ao associativismo enquanto os transmontanos do noroeste são mais comunitaristas. Quando do trabalho colectivo resultar proveito próprio aí, sim, temos os transmontanos do noroeste a trabalhar com todas as ganas, se o trabalho é de voluntariado sem contrapartidas, no puro sentido do associativismo, só se pode contar com os transmontanos do nordeste e altodurienses, verdadeiros mestres da solidariedade e do brio transmontano.

Este carisma colectivo associado a um forte bairrismo transmontano tem tido resultados sociais, económicos e até culturais de grande relevância. Basta ver a realidade que palpita entre os dois distritos para se validar o que antes acaba de ser votado.



Mudando de assunto, da minha história conto três anos em Lisboa, por sinal os piores anos da minha vida porque, depois de concluir o curso de Teologia no Seminário de Vila Real, decidi não avançar para a carreira eclesiástica e, então, já sem o apoio familiar, instalei-me na capital com emprego no INE e a estudar no Conservatório Nacional. Tempos difíceis que passei em Lisboa sem tempo para os amigos, para as borgas, para ir ao cinema, nada. Mas, na altura, não sei sob que pretexto, deu para conhecer a CTMAD sita então na Rua da Misericórdia e dela fiquei com uma imagem dum edifício velho e mal mobilado mas talvez assim porque já se falava em novas instalações.

Depois, quando na presidência da Câmara, e sempre à boleia dos amigos Manuel Largo e Medeiros Amaro, conheci um pouco melhor a Casa em visitas fugases que mal recordo nos dias de hoje.

Já nestas instalações, ainda há bem pouco tempo, com o meu velho e inesquecível amigo, Carneiro Chaves, trouxe aqui uma palestra sobre a vida e obra do barrosão João Rodrigues Cabrilho onde pontuou o beirão João Soares Tavares, um dos biógrafos do navegador.

Do livro que se apresenta “Os Galgos do Niassa” e do qual vamos já ter oportunidade de ouvir dele falar o Dr Armando Palavras que lhe agradeço do fundo do coração a disponibilidade desta sua preciosa colaboração. Agradecimento que decorre da curiosidade de somente hoje nos conhecermos pessoalmente mas que eu já admiro há vários anos através do seu blogue “Tempo caminhado” cujas peças de mais interesse me faziam chegar os meus muito amigos, entre eles essoutro grande e ilustre transmontano, Dr Jorge Laje e o Dr Barroso da Fonte.

O livro, em si, penso não merecer loas especiais. Trata-se da compilação de cenas passadas na guerra colonial, em terras do Niassa, onde o IN, na defensiva, atacava as nossas tropas através de minas e emboscadas. Três dos soldados do meu pelotão por lá ficaram e ainda hoje penso neles e nas suas famílias. Penso também que eu estou aqui devido aos três responsos a Santo António que a minha santa e virtuosa mãe rezava a Deus, diariamente, para eu andar livre de todos os perigos.

A meio ano da data do embarque com que sonhávamos todos os dias, vi-me envolvido numa missão que me marcou para toda avida. A missão vinda do comando do Sector em Marrupa de identificar e enterrar os corpos dos soldados afogados no rio Zambeze. Dos 101, encontrámos 84 ou 85, os restantes corpos não apareceram. Eu que era rapaz alegre e de muita vivacidade, daí em diante passei a ser outra pessoa, mais calma, pensativa e menos ousada.

Regressei à nossa terra com stress acentuado ao ponto de, nos primeiros tempos, nem falar aos meus pais e, se havia diálogo, mostrava-me quase sempre agressivo. Consegui vencer o stress talvez devido às muitas actividades em que sempre andei envolvido. Mas, atençao, não há um único dia que não veja os corpos daqueles jovens mortos, jovens de 20 e 21 anos… e tantos foram eles enterrados no cemitério improvisado de Mopeia… E pior que tudo, ainda hoje me pesa a consciência de ver os corpos dos jovens inanimados e dos meus comportamentos impróprios e inadmissíveis para com a família.

“Os Galgos do Niassa” tem dois grandes objectivos, um relembrar a maior tragédia de toda a guerra colonial, outro enaltecer a coragem, a ousadia e a determinação dos militares desta guerra sem sentido mas no cumprimento da defesa e glória da nossa pátria, de Portugal.

Não termino sem ter uma palavra muito especial para o Correio da Manhã e o seu grande jornalista Fernando Madail que, quando se completaram 50 anos desta grande tragédia, em 21 de Junho de 2019, foi o único orgão da grande imprensa a dar a notícia do naufrágio no rio Zambeze. Um caderno, com chamada de primeira página, falou sobre o desastre com opiniões colhidas junto de alguns sobreviventes. Se assim não fora, muito provavelmente esta centena de jovens poderia vir a cair no baú do esquecimento para todo o sempre. E seria inaceitável, intolerável, inadmissível que Portugal não evocasse a memória destes jovens que tão ingloriamente morreram pela nossa pátria.

Grato ao sr. Presidente da direcção da CTMAD

Grato ao Dr. Armando Palavras!

Grato ao Dr Barroso da Fonte!

Grato a todos os presentes!

                                                                                                                        Carvalho de Moura

                                                                                                                      CTMAD, 23/04/2025

Praça do Campo Pequeno, n.º 50, 3.º esquerdo,

1000-088 Lisboa, Lisbon, Portugal

Tel: 21 793 9311

E-mail: geral@ctmad.pt

 




Barroso da Fonte interveio, sobretudo para evocar  o período da Guerra Colonial e para fazer uma sítese do "Sal da História".









No final houve confraternização com lanche oferecido por Carvalho de Moura e Barroso da Fonte.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Transmontanos reunem-se na apresentação do livro "Os Galgos do Niassa" na CTMAD - LISBOA


APRESENTAÇÃO LIVRO


Estimada(o) Consócia(o),
 

A Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, vem por este meio enviar o convite para a apresentação do livro "OS GALGOS DO NIASSA", do escritor José Carvalho de Moura,  apresentado pelo Dr Armando Palavras,  Autor do blogue "Tempo Caminhado" no dia 23.04.25 (Quarta-Feira) às 18h na sede da CTMAD em Lisboa ,  sito no Campo Pequeno Nº 50 - 3º Esquerdo.
Ver Capa Livro
Ver Foto Autor


Contamos consigo!

Saudações Transmontanas e Alto Durienses,

                  A Direção da CTMAD,

Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro
Tel: 217939311 Tlm: 916824293
Campo Pequeno, 50 - 3º Esq.
1000-081 Lisboa
http://ctmad.pt/


JORGE   LAGE

Bom dia!

Não sei se o Doutor Barroso da Fonte, barrosão, poeta, escritor, jornalista (deve ser o mais antigo vivo, começou a escrever aos 13 anos), transmontano, duro combatente (ranger), acompanha o escritor/autor, Professor Carvalho de Moura (ex-Presidente da CM de Montalegre), na apresentação do seu livro, na Casa de Trás-os-Montes de Lisboa e cujo livro, «Os Galgos do Niassa», sobre a maior de todas as tragédias no rio Zambeze, será apresentado pelo Doutor Armando Palavras (Freixo de Espada-à-Cinta), pelas 18H00, de 23/04/2025 (Quarta-Feira), na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro em Lisboa no Campo Pequeno.

Meu caro amigo/a, se puder não falte e divulgue pelos seus contactos.

Lá estarei, se Deus quiser.

Grato,

Jorge Lage.


Faleceu, hoje de manhã, o Papa Francisco

 

Notícia da morte surge um dia depois do Papa Francisco ter aparecido na varanda da Basílica de São Pedro, no Vaticano, para dar a tradicional bênção "Urbi et Orbi".


“Esta manhã, às 07:35 (06:35 em Lisboa), o bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja”, anunciou o cardeal Kevin Farrell num comunicado divulgado pelo Vaticano.



Francisco lançou amor na Terra. Foi na Basílica de São José das Flores, em Buenos Aires, a cidade de Jorge Luís Borges, que Francisco sentiu o chamamento para o sacerdócio. Francisco deu aulas de Literatura, e muitos dos seus alunos estudaram Borges nas suas aulas.


O  discurso que foi lido ontem (dia 19) no retiro pelo Papa.
Independentemente da religião, veja-se como o Papa Francisco escreveu lindamente sobre a família.


FAMÍLIA, LUGAR DE PERDÃO...,

 

Não existe família perfeita.
Não temos pais perfeitos,
não somos perfeitos,
não casamos com uma pessoa perfeita nem temos filhos perfeitos.
Temos reclamações uns dos outros.
Continuamos nos decepcionando.
Portanto, não existe casamento saudável ou família saudável sem o exercício do perdão.
O perdão é vital para nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão, a família torna-se uma arena de       conflito e uma fortaleza do mal.
Sem perdão, a família fica doente.
O perdão é sepse da alma, purificação da mente e libertação do coração.
Quem não perdoa não tem paz na alma nem comunhão com Deus.
O mal é um veneno que intoxica e mata.
Segurar a mágoa no coração é um gesto autodestrutivo. É autofagia.
Quem não perdoa está fisicamente, emocionalmente e espiritualmente doente.
Por isso a família deve ser lugar de vida e não lugar de morte;
um lugar de paraíso e não um lugar de inferno;
um Território de cura e não de doença;
um curso de perdão e não de culpa.
O perdão traz alegria onde a dor trouxe tristeza; de Cura onde a tristeza causou doença.

Papa Francisco

Livros de Barrosões vão ser apresentados na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de LISBOA

 

Tradição Pascal do "lanço da cruz" une comunidades de Cristelo Côvo e Tomiño

 

"O Sal da da História" na CTMAD - LISBOA

Armando Palavras, Barroso da Fonte, Hirondino Isaías e Carvalho de Moura Ontem na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, Barroso da Fonte sint...