Ontem a Fenprof anunciou uma lista
de 350 escolas atacadas pela Covid 19. Mário Nogueira, secretário-geral,
anunciou mesmo que nesta última semana o número havia triplicado.
A tutela, contudo, com aquela falta
de transparência “xuxa”, com aquela cultura socrática e lurdesca, manteve a coisa
no maior segredo. Obrigou a directora da DGS a mentir: havia apenas 28 surtos! E a dizer: é nas familias que as crianças são infectadas, não é nas escolas. Mesmo que assim seja, suponha-se o João que vai infectado para a escola. Infecta 20 colegas da turma, e estes 20 colegas da turma infectam 200 ao fim do dia escolar. Onde foram infectados os 180 alunos? nas famílias ou na escola?
O problema foi ideológico, nada
humanista. Havia que abrir a todo o custo as escolas ( ao contrário da França que apenas as vai abrir esta semana mas com o devido cálculo, e como todos os países civilizados - que não pertencem ao Corno de África!). E abri-las como se estivéssemos
a 10 de Março passado. Obrigando os professores a comparecerem a todo o custo,
e obrigados a dar aulas como se estivessem em 2018 – “Tudo
ao molho e fé em Deus!”. Quando a coisa poderia ter sido resolvida com alguma
decência e sensatez.
Lista atualizada às 17 horas de 21 de outubro com 361 estabelecimentos (FONTE: FENPROF) |
A coisa complicou-se e a tragédia
está aí.
O matemático Carlos Antunes indica hoje a verdadeira razão desta subida: o
contacto social que coincidiu com a abertura das escolas. Estas abriram a 16 de
Setembro e
a subida dos números verifica-se a partir de 23 de Setembro.
Como a tutela, à moda soviética, nada apresentou, segundo os dados da Fenprof (Lista atualizada às 18 horas de 20 de outubro com 350 estabelecimentos), elaborámos este mapa (manhoso como o dr. Costa) relativo aos dados de ontem:
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