BARROSO da FONTE |
Eduardo Cabrita
que pelo seu curriculum mostra apenas ter vivido, da e para a política,
certamente não vislumbrou, como legislador e governante, essa necessidade.
Deixou-se escorregar pelo insulto aos policiais que fotografaram três
cadastrados, logo após a recaptura. Quem deveria penitenciar-se pela
deficiência que a PSP cometeu, ao entregar aqueles três bandidos, à guarda de
um só agente, era o ministro e não os seus funcionários. Não foi só a distração
do único agente, a quem foram confiados esses três malandrins que, desde maio a
outubro espancaram, roubaram e violaram a propriedade alheia, partindo narizes
de gente indefesa do povo anónimo.
Vê-se pelo curriculum desse governante que nasceu e
logo abriu os olhos à vida e ao mundo, entrando nela e nele como se não
houvesse obstáculos. Leu a cartilha dos «copinhos de leite «que entraram na
geringonça da vida teórica, sem conhecerem o drama de quem foi à guerra, depois
de vivenciar a fome, o frio, e a dureza do trabalho. Desde há 44 anos, temos
sido governados por teóricos que ocupam cargos para os quais não estão
vocacionados. A Administração Interna e a Defesa Nacional deveriam ser - sempre
- confiados a quem cumpriu serviço militar. Fossem do quadro, fossem
milicianos. Essa formação cívica deveria ser exigência primacial. A Tropa é a
melhor universidade da vida de cada cidadão. A quem a não cumpriu falta sempre
alguma coisa!
Os governantes têm guarda-costas para todos os serviços, de noite e de dia. Nem são assaltados, nem agredidos. São leigos na hierarquia, nas praxes, nas condutas, nos desfiles.
Quase todos os governantes, têm guardas destacados
para a defesa permanente, deles e das famílias. Se fossem roubados e agredidos,
como o povo tem vindo a ser, gostariam que as autoridades, utilizassem todos os
meios para prender e mostrar os cadastrados e os métodos que usam contra quem
lhes aparecer pela frente.
O povo que viu e ouviu, a voz arrogante de Eduardo
Cabrita, contra os agentes que fotografaram as imagens que as televisões e os
jornais mostraram, pareceu ter ficado mais irritado com as algemas e a nudez do
trio, do que contente pelo sucesso da recaptura. O porta-voz da PSP – e bem –
alegrou-se e felicitou, em conferência de imprensa, a pronta apreensão do trio.
O ministro, ao invés, repreendeu o fotógrafo, deu uma péssima imagem aos
portugueses e alertou os marginais para o direito de poderem agir judicialmente
contra quem fornecem as imagens às redes sociais.
Os agentes da autoridade, PSP e GNR e PJ, têm o
direito de pensar, duas vezes, sobre os direitos e os deveres perante as
instituições. Porque eles -pelos vistos – só têm deveres. E algo está errado!
Alguns governantes zelam mais pelo bem dos
transgressores do que pela vida dos agentes da autoridade. Por hipocrisia
política, interna e externa,
Se não cumprem por falta de meios técnicos e humanos,
a culpa não é dos agentes, mas de quem os acusa. Se, em vez de os estimular, quando
fazem das tripas coração, ainda são reprimidos, alguma coisa está errada. Quem
espezinha os agentes da autoridade, para defender os viciados do crime, não
deve representar o povo. No caso em análise, Eduardo Cabrita excedeu-se e gerou
mal-estar na sociedade Portuguesa. Agradou à esquerda radical que sempre gosta
de exibir estatísticas, mesmo que contrárias à ética das maiorias. Se a
comunidade internacional dos direitos humanos, tem por lá uns quatro ou cinco
por cento que fazem mais barulho do que os restantes noventa e cinco, não vem
mal ao mundo. Mas que seja «pecado mortal» algemar três figurões que nasceram e
vivem à custa do mal dos outros e que, uma vez presos e condenados, reincidem
no crime e haja quem os queira ver aos beijinhos e aos abraços, remando contra
tudo e contra todos, é um disparate público, mesmo que o ministro e outros
políticos nacionais, julguem que os agentes devem ser super-homens.
Estou velho. Mas não senil. Enquanto a minha voz puder
ouvir-se, estarei ao lado daqueles que tanto sofrem para defenderem o Estado de
Direito; e que tanto sofrem por causa daqueles que tão mal agradecidos são.
Concordo em absoluto com as palavras tão sábias deste ilustre transmontano.
ResponderEliminarOs meus parabéns pela análise correctissima da actual situação em Portugal
ResponderEliminarÀ "altura", como sempre o texto do Sr.Doutor. A primeira coisa a fazer seria publicarem as fotos dos cafajestes logo que se invadiram, não fossem fazer mal a mais alguém! O Governo, o Estado ainda acaba por lhes apresentar sentidas desculpas e lamentos…
ResponderEliminarLogo tenho para o sr.Doutor, dado que não tenho o dom da escrita, sou do povo, um caso para o Senhor relatar , que lhe irá agradar, mas ainda não tenho as fotos devidamente reunidas. Fica desde já o meu pedido…
Continue sempre a dar-nos conhecimento do "mundo".
Longa vida de escrita!