|
JORGE LAGE |
Numa recente
deslocação aos municípios de Armamar e de Sabrosa aproveitei para visitar o
Espaço Miguel Torga saído do traço do Arquitecto Souto Moura, em S. Martinho
d’Anta - Sabrosa. Tinha colaborado na minha deslocação o vereador do município
de Sabrosa, Mário Vilela, o técnico florestal Matos e o Presidente da Junta de
Passos/Sobrados, José Pereira. A visita começou no Espaço Miguel Torga, onde
fui recebido por Paulo Gonçalves. Pude visitar a Exposição Permanente sobre o
nosso escritor, duas exposições temporárias e o espaço cultural e comercial,
com venda de livros de autores transmontanos e outros. Quando ia para deixar o
edifício vejo, nas prateleiras expositoras, os meus dois últimos livros sobre a
castanha, o que foi uma agradável surpresa. Afinal, ainda há câmaras, como a de
Sabrosa, que se preocupam em promover os escritores trasmontamos e a nossa
cultura. O Espaço Miguel Torga, em S. Martinho d’Anta, fica a pouco mais de um
tiro de espingarda de Vila Real. São uns escaços minutos por um moderno IC.
Apetece-me dizer: «estrada larga é o Marão» ou «para a frente é que é o
caminho». Assim, quem vai a Vila Real, cruzando a A4, é só entrar na A24 e o nó
de saída para Sabrosa é logo à frente. E quem vai na A24 é só sair. Quem está
em Vila Real é só dirigir-se para Sabrosa por Mateus. Em S. Martinho d’Anta
aproveitei para visitar a Senhora da Azinheira, que rima com altaneira e a
dominar as terras torguianas em redor. Depois, podemos escutar os passos do
Poeta da Montanha e as preces que fazia com o Padre Avelino, companheiro das
caçadas e principal confidente. Registei com agrado o carinho que as gentes de
S. Martinho d’Anta põem nos seculares castanheiros, carvalhos e freixos, junto
à Senhora da Azinheira e estou em crer que por ali tem andado o dedo
dendrológico e protector de Mário Vilela. Todos os trasmontanos e durienses
devem visitar S. Martinho d’Anta (e só se gastam uns minutos), como qualquer
bom e crente português deve ir a Fátima.
Jorge
Lage – jorgelage@portugalmail.com – 15JUL2016
Provérbios
ou ditos:
Em Agosto deve o milho ferver no caroço e
a castanha no ouriço.
Chuva da Assumpção não dá palha nem pão.
Não há bom mosto colhido em Agosto.
Sem comentários:
Enviar um comentário