segunda-feira, 30 de abril de 2012

Marranos de Lagoaça no Tribunal da Inquisição



Maria Fernanda Guimarães
A.J.Andrade
- Próximo da minha terra natal há uma povoação – Lagoaça – onde as famílias indicadas por judias são numerosas e formam o grosso da população, considerando-se, desde tempos imemoriais, separadas de qualquer consanguinidade ou afinidade com a outra parte, que é especialmente agrícola e mesteiral, enquanto aquela se dedica ao comércio quase absolutamente e, até há poucos anos, exclusivamente às recovagens e ao contrabando; afastados completamente da vida pública, em que nem tentavam intrometer-se, com costumes e usos muito diferentes dos do resto da população, com a qual porém se confundiam nas práticas externas do catolicismo.
Estas palavras escreveu, por 1879, o Dr. Bernardo Teixeira Leite Velho, de Mogadouro, em umas notas que deixou manuscritas e de que o Dr. Casimiro Henriques de Moraes Machado publicou alguns excertos. [1]
Muitas referências foram também feitas pelo Abade de Baçal aos criptojudeus de Lagoaça, assim retratados:
- Diz-nos o ilustre abade de Carviçais que o tipo de judeu do sul do distrito é sardento, olhos penetrantes, nariz adunco e que são chamados Cházaros em Lagoaça.[2]
No mesmo volume, página LX, das suas memórias, acrescenta:
- Segundo me informa o erudito abade de Carviçais José Augusto Tavares, também no sul do distrito de Bragança, principalmente nas povoações de Lagoaça e Vilarinho dos Galegos, há abafadores, que são conhecidos pelo nome de encalcadores e ainda massagistas.
Esta informação tem despertado muita controvérsia, sobretudo depois da publicação do conto de Miguel Torga – O Alma Grande – descrevendo a morte provocada de um moribundo, por asfixia. A verdade é que, nunca se provou tal prática e o comportamento das famílias marranas perante os seus moribundos seria idêntico ao das famílias católicas: prestar-lhes assistência e dar-lhe o conforto espiritual para bem morrer, na graça de Deus.
Diz uma tradição popular que os judeus expulsos de Espanha, que atravessaram a fronteira por Miranda do Douro, seguiram três destinos diferentes: os mais pobres, que vinham a pé, ficaram-se por Carção e Argoselo, os que eram remediados e vinham de burro, seguiram para as terras de Mogadouro e Vilarinho dos Galegos, enquanto os mais ricos, donos de possantes machos e mulas, se foram fixar em Lagoaça. De contrário, refere-se outra tradição dizendo que a terra de fixação dos judeus ricos era Freixo de Espada à Cinta e que para Lagoaça foram os judeus pobres.
Certamente que nenhuma das afirmações encerra toda a verdade, até porque a principal característica da gente da nação hebreia era exactamente a sua permanente mobilidade e o estabelecimento de redes comerciais familiares descentralizadas. Estavam onde podiam estar e aproveitavam todas as oportunidades que lhe eram proporcionadas. Como quer que seja, são indiscutíveis as tradições judaicas e marranas de Lagoaça e há um rifão popular que diz:

Morcegos na Adeganha
Em Fornos batateiros;
Judeus na Lagoaça
Em Açoreira pepineiros.

Vamos então a Lagoaça, olhar as casas e falar com as pessoas, à procura das suas raízes judaicas e da sua ambiência cultural marrana.
Desde logo, não cremos que ali tenha existido qualquer judiaria, ou seja, um espaço próprio e delimitado onde os judeus habitassem. No entanto, o facto de uma das ruas mais antigas e centrais da povoação ter o nome de Rua Nova, deixa adivinhar que o elemento hebreu seria predominante neste arruamento. Na verdade, na generalidade das terras portuguesas, as antigas judiarias foram baptizadas com aquele nome, depois da promulgação do decreto de expulsão dos judeus pelo rei D. Manuel.
Também na Rua da Costa predominava a gente da nação, dizendo-se que, até há bem poucos anos, quando se encontrava um morador daquela na Rua da Argana (esta era dos cristãos), havia confusão, de certeza.
Infelizmente são poucos entre nós os estudos de arqueologia judaica e nenhum especialista se terá debruçado sobre Lagoaça.[3]  No entanto, até mesmo para leigos, é fácil descobrir ali marcas de cristianização, que o mesmo é dizer, sinais de afirmação marrana, em casas da Rua da Costa (nº 2 e nº 27, por exemplo) com ombreiras e padieiras de portas e janelas decoradas com cruzes. O mesmo na Rua Nova e na Rua da Quintinha. E em plena Praça se apresenta a porta principal da casa nº 7 com a padieira bem iluminada por uma rosa / cruz - um símbolo judeu e cabalístico. [4]
Mas se o património arqueológico marrano surpreende em Lagoaça, mais significativo é o seu património imaterial: usos e costumes, crenças e orações judaicas. Não vamos aqui falar deste património, pois isso nos faria alongar demasiado o texto e desviaria do objectivo que nos impusemos. Remetemos, no entanto, os interessados para as obras já citadas do Abade de Baçal, de Casimiro Machado e muito especialmente de Amílcar Paulo. [5]
E se nos impressiona o facto de, por mais de 400 anos se terem mantido no seio de algumas famílias de Lagoaça semelhantes tradições, cerimónias e rezas da religião mosaica, mais impressionante será o reconhecimento da indómita vontade de tal gente em perseverar na mesma crença, por séculos afora, apesar de todas as perseguições e esforços de extermínio por parte dos poderes constituídos, da Inquisição à Igreja Católica e ao Estado Novo. E assim, quando em Portugal foi concedida alguma liberdade religiosa e em Lisboa se construiu a primeira sinagoga dos tempos modernos, houve gente de Lagoaça presente no acto da sua inauguração, em 1904. E depois, por 1932, quando no Porto renasceu das cinzas a comunidade israelita, com a Obra do Resgate, logo apareceram mancebos de Lagoaça que se fizeram circuncidar, publicando-se até em letra de jornal os nomes de alguns:
* Adriano Augusto Lopes, que tomou o nome de Abraham.
* Manuel Lapo, que recebeu o nome de David.
* António Ferreira, que passou a chamar-se Arão
* Armando Augusto Horta…[6]
Desse período ficou também o registo da celebração da festa do Hanucah – em 30 do Kislev de 5693 (29 de Dezembro de 1932, na era cristã), - no Porto, com récitas feitas pelos talmidim (alunos do seminário judaico), entre os quais se contou a de Judah Lopes, de Lagoaça, com o título de “Rocha”, como noticiava o jornal Ha-Lapid nº 51.
E apareceu também Amílcar Paulo integrando a mesma comunidade marrana do Porto, também ele vizinho de Lagoaça. E apareceu mais gente a dar a cara pela crença de seus antepassados, como foi o caso da família de Albino José de Castro cuja fotografia foi publicada na revista Douro Litoral, ilustrando o texto de Amílcar Paulo sobre “Os Marranos de Trás-os-Montes”, em 1956, fotografia que aqui reproduzimos. [7]
Mas se a herança judaica e marrana foi guardada em segredo no seio das famílias, a grande fonte para o seu estudo são os processos da Inquisição os quais se conservam no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. A sua consulta é obrigatória e imprescindível. E aqui surge a primeira desilusão: efectivamente são muito poucos os processos que ali existem referentes a pessoas de Lagoaça!
Com explicar que uma terra de tantas memórias e tradições marranas apresente um historial de perseguições inquisitoriais assim reduzido? Pensamos que o fenómeno se explicará pelo facto de ser uma terra fronteiriça, um ponto de passagem entre os dois países ibéricos, em zona inóspita, de íngremes ladeiras e desabitada, de um lado e outro da raia. A fuga era sempre muito fácil! Aliás, também por aquele ponto do rio Douro (sítio da Barca de Vilvestre) passavam os contrabandistas e davam o salto os emigrantes modernos.
Por outro lado, sendo uma terra pequena, de passagem constante, sem um poder político instalado e nele incluindo Familiares da Inquisição, esta não teria quem espiasse e “bufasse” informações. Aliás, do ponto de vista político e administrativo Lagoaça viveu sempre alguma instabilidade, sendo concelho autónomo em algum tempo, integrando-se em Mogadouro noutras épocas e finalmente no de Freixo, sendo que sempre o seu relacionamento económico e comercial sempre terá sido mais com Torre de Moncorvo.
Poderá até acontecer que, sendo maioritária a população marrana em Lagoaça, eles impunham as regras e ordenavam o viver colectivo. Assim se compreenderá que, até os poucos processos inquisitoriais que foram instruídos a gente de Lagoaça tivessem todos início em informações vindas de outras terras vizinhas, nomeadamente de Chacim.
Vamos então para a Torre do Tombo ver os processos da Inquisição. Os registos apresentam uma dezena deles e, na quase totalidade, referentes a uma única família – a de Luís Garcia e Catarina Lopes. Vamos apresentá-los.
A família Garcia era originária de Quintela de Lampaças, termo de Bragança. Ali viveria, pelos anos de 1630, um Francisco Garcia, casado com Ana Rodrigues. E ali terá nascido, pelo menos, uma sua filha: Clara Lopes.
Por 1638, o casal estava residindo em Sahagún, povoação da zona de Tierra de Campos, província de León. E ali, naquele ano, nasceria um outro filho do casal – Manuel Garcia, de quem voltaremos a falar.
Por agora, refira-se que Quintela de Lampaças era então uma terra fortemente povoada de marranos. E estes sentiam-se tanto à vontade que decidiram celebrar em comunidade alargada o dia grande do Kipur em 2 de Outubro de 1634, promovendo-se a realização de uma “Missa Judaica” em casa de um deles.[8]
Um cerimonial daquela natureza deu nas vistas e um dos participantes deu com a língua nos dentes. O caso começou logo a ser comentado pelas feiras e nas terras em redor, acabando por ser denunciado à Inquisição de Coimbra e, em consequência, foi ordenada a prisão de 19 dos 23 participantes. Apenas puderam prender-se 10, pois que os outros 9 tinham antecipadamente fugido, constando-se que houve uma fuga de informação entre o tribunal de Coimbra e o comissário da Inquisição de Bragança encarregado de dirigir as operações. Pelo meio, além dos referidos 23 participantes da “missa”, chegou a Coimbra a lista de outros 41 marranos de Quintela denunciados como judaizantes e que haviam fugido. [9]
Não nos foi possível averiguar em concreto a ocasião e os motivos da fuga da família de Francisco Garcia. Sabemos é que, para além de Sahagún, residiram em Tapiolles e Fuente Encallada, pois nessas terras lhe nasceram filhos.
E se fugiram de Quintela de Lampaças por causa da Inquisição portuguesa, a verdade é que também ali não tiveram paz. Francisco foi parar às cadeias da Inquisição de Valladolid. E também ali, ou em Lerena, foram encarcerados 10 de seus filhos e netos.
Voltemos agora a Manuel Garcia, o qual terá nascido por 1638, em Sahagún. Veio a casar com Maria do Vale, nascida em Mogadouro, por 1637, filha de Luís Fernandes e Isabel do Vale, originários também de Quintela de Lampaças. Também ela terá sido levada ainda pequena pelos pais, em fuga para Castela, pois que, sendo baptizada em Mogadouro, foi crismada no país vizinho. [10]
Foi uma vida de verdadeiros andarilhos a estadia de Manuel e Maria por terras de Castela, tendo morado em Tapiolles, Fuente Encallada, Ávila, Mieza… Sabemos  que   o primogénito do casal, a quem deram o nome de Domingos Garcia nascera em Fuente Encallada  e que viria a casar com Francisca Fernandes e a estabelecer morada em Freixo de Espada à Cinta, mudando-se depois para a vizinha povoação espanhola de Mieza[11]
No ano das pazes (1668) entre os dois reinos ibéricos já o casal tinha regressado a Trás-os-Montes, fixando residência em Mogadouro. Ali terão nascido mais dois filhos. De um deles (Luís Garcia), falaremos adiante. Do outro diremos que se chamou Francisco Garcia e casou em Chacim com Catarina Lopes Garcia, indo morar para cidade de Bragança e dali passando mais tarde a Castela.
Tempos depois, Manuel Garcia e Maria do Vale assentaram definitivamente em Lagoaça, exercendo ele as profissões de curtidor de peles e de sapateiro. Não sabemos em que rua moravam, mas sabemos que tinham uma horta ao fundo da aldeia, à margem de um ribeiro que ali corre. Na horta, para além do terreno de cultivo, com videiras e outras árvores, haveria uma construção, tipo armazém (e também moradia?) que no processo é designada como a “casa de curtume”. E haveria uma tinaria constituída por 5 pelames e um enoque, confrontando com complexos semelhantes de preparação de couros pertencentes a outros moradores da aldeia, um dos quais ao cirurgião Diogo Currales que era irmão de Maria do Vale.[12]
O valor da propriedade e tinaria era bastante elevado – 80 mil réis. E do mobiliário industrial da casa de curtume de Manuel Garcia, destaque para a “caldeira da fornalha”, feita de “cobre castelhano” e que custou 4 mil réis, para dois outros caldeiros, mais pequenos, também de cobre e para uns 5 cutelos, objectos também indispensáveis na indústria dos curtumes.
Em preparação e curtimento nos pelames e enoque tinha 7 couros que valiam 14 mil réis. E tinha em stock 3 cargas (uns 250 litros) de sal, que valiam 3 mil réis. Isto quando o prenderam.
No que respeita ao seu ofício de sapateiro, diremos que Manuel Garcia estava bem abastecido de formas: uma colecção de 88 pares, a que foi arbitrado o valor de 2 mil réis.
Do inventário de seus bens, consta ainda um sedeiro (instrumento usado na preparação da seda) e umas quantas pedras de linho, bem como uma espada, dois burros e dois porcos.
Escusado será dizer que Manuel Garcia e Maria do Vale acabaram por ser presos pela Inquisição de Coimbra, em 7 de Novembro de 1701 e com eles os dois filhos mais novos: Diogo e António Garcia, ambos solteiros,  E antes deles, havia sido encarcerado pelo mesmo tribunal o outro filho – Luís Garcia – e a sua mulher – Catarina Lopes, também – o casal de que ao início colocamos no centro da nossa investigação e de quem falaremos a seguir.[13]
E se o filho Francisco não foi também preso é porque antes abalara com a mulher (também chamada Catarina Lopes Garcia) para lá da fronteira, encontrando-se a residir bem longe, na Andaluzia. O mesmo se passou ainda com o filho mais velho, de quem já falámos, que estava casado em Freixo de Espada à Cinta e morava em Mieza.

in: Trás-os-Montes e Alto douro, mosaico de Ciência e cultura (2011)

(continua)



[1] CASIMIRO HENRIQUES DE MORAES MACHADO, Mogadouro um olhar sobre o passado, edição de Herdeiros de C. H. M. M., pg. 98, Mogadouro, 1998.
[2] FRANCISCO MANUEL ALVES, Memórias Arqueológico Históricas do Distrito de Bragança, vol. V, pg. LIV, Bragança, 2000.
[3] Sobre este tema consultar  “Arqueologia Judaica do Concelho de Moncorvo ( Novos Elementos) - Carmen Ballesteros , Universidade de Évora – CIDEHUS – Dra. Carla Santos.
Caderno de Estudos Sefarditas n.º 4 de 2004.
[4] ANTONIO LULIO ANDRADE, Lagoaça notas de arqueologia judaica, in: Jornal Terra Quente, de 1 de Outubro de 2004.
[5] AMILCAR PAULO, Os marranos em Trás-os-Montes, in: Douro Litoral, boletim da Comissão de Etnografia e História, sétima série, V-VI e VII-VIII, Porto, 1956. Deste trabalho, páginas 531 – 532, extractamos:
- Em Lagoaça e em Vilarinho dos Galegos vigora o costume de se não comer, na Semana Santa, pão fermentado, mas sim bolos cozidos entre duas telhas (…) Quando morre alguém é uso iluminar a câmara mortuária com muitas luzes durante 9 dias; a família enlutada manda fazer a cama e espalhar farinha em volta da mesa, sobre a qual coloca alguns alimentos, como se o defunto estivesse vivo e, em seguida, vestem um indigente com a roupa dele para que ocupe à mesa o seu lugar, ao mesmo tempo que dão esmolas aos pobres e colocam sob o leito todo o pão cozido que houver em casa, dizendo: - “Pega leão; deixa a alma deste defunto enquanto passa o rio Jordão”. Todas as noites, durante nove dias, os familiares vão ao quarto que pertenceu ao defunto e dizem: - “Boa noite te dê Deus / Tu já foste como nós / E nós seremos como vós”.
[6] Jornal HA-LAPID, nº 45 e seguintes.
[7] Seria interessante juntar as orações recolhidas em Lagoaça nos tempos modernos, por Amílcar Paulo e outros investigadores e comparar com as que são apresentadas nos processos da Inquisição. A título de exemplo, vejam esta, recolhida por A. Paulo e publicada na página 539 do trabalho citado: - Adonay comigo / e eu com Ele / Ele adiante / e eu atrás dele. E ainda esta, publicada na página 551:

- Bendito tu Adonay, nosso Deus,
Rei do mundo que nos santificaste
nas santas encomendanças,
benditas e santas, santas e benditas,
nos recomendaste pelos teus profetas
para distinguir o teu santo dia
e nele repousar, e escolheste
em terras de Israel. Amén.

[8] Sobre o assunto escreveram os autores um trabalho (“ Uma Missa Judaica em Quintela de Lampaças”) cuja publicação está sendo promovida.
[9] ANTONIO JULIO ANDRADE e MARIA FERNANDA GUIMARÃES, Jorge Lopes Henriques, de Carção, e alguns familiares processados pela Inquisição, in: Almocreve, um retrato das gentes de Carção, pg. 65 - 72, Carção, 2009. Este homem de Carção é que foi acusado de ter avisado os de Lampaças para fugirem. Por isso foi preso pela Inquisição de Coimbra –  Proc.  3271.
[10] IANTT, Inquisição de Coimbra, Proc.  8343, de Manuel Garcia; Proc.  8816, de Maria do Vale.
[11] IANTT, Inquisição de Coimbra, Proc.  7217 de Domingos  Garcia;
[12] Também a família do Dr. Diogo Currales foi perseguida pela Inquisição, que prendeu a sua 2ª mulher, Ana Henriques, filha de Francisco Simões e Maria Henriques, de Ventuzelo, Mogadouro, e as suas filhas: Maria de Campos Currales (pº 62), natural e moradora em Freixo de Espada à Cinta; Leonor de Campos Currales (pº 86), natural de Castelo Branco, bispado de Portalegre e moradora em Freixo de Espada à Cinta ou Carrazeda de Ansiães; Mariana de Campos Currales (pº 173), natural de Torre de Moncorvo e moradora em Freixo de Espada à Cinta; e Violante de Campos Currales (pº 6529), natural de Torre de Moncorvo e moradora em Freixo de Espada à Cinta.
[13] IANTT, Inquisição de Coimbra, Proc. 7571 de Diogo Garcia

1 comentário:

  1. O meu falecido avô contou-me muitas vezes como se passavam esses episódios entre judeus e os outros na rua do Argana ou rua da escolha em Lagoaça

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