Maria Fernanda Guimarães |
A.J.Andrade
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- Próximo da minha terra natal há uma povoação – Lagoaça – onde as
famílias indicadas por judias são numerosas e formam o grosso da população,
considerando-se, desde tempos imemoriais, separadas de qualquer consanguinidade
ou afinidade com a outra parte, que é especialmente agrícola e mesteiral,
enquanto aquela se dedica ao comércio quase absolutamente e, até há poucos
anos, exclusivamente às recovagens e ao contrabando; afastados completamente da
vida pública, em que nem tentavam intrometer-se, com costumes e usos muito
diferentes dos do resto da população, com a qual porém se confundiam nas
práticas externas do catolicismo.
Estas palavras escreveu, por
1879, o Dr. Bernardo Teixeira Leite Velho, de Mogadouro, em umas notas que
deixou manuscritas e de que o Dr. Casimiro Henriques de Moraes Machado publicou
alguns excertos. [1]
Muitas referências foram também
feitas pelo Abade de Baçal aos criptojudeus de Lagoaça, assim retratados:
- Diz-nos o ilustre abade de Carviçais que o tipo de judeu do sul do
distrito é sardento, olhos penetrantes, nariz adunco e que são chamados
Cházaros em Lagoaça.[2]
No mesmo volume, página LX, das
suas memórias, acrescenta:
- Segundo me informa o erudito abade de Carviçais José Augusto Tavares,
também no sul do distrito de Bragança, principalmente nas povoações de Lagoaça
e Vilarinho dos Galegos, há abafadores, que são conhecidos pelo nome de
encalcadores e ainda massagistas.
Esta informação tem despertado
muita controvérsia, sobretudo depois da publicação do conto de Miguel Torga – O Alma Grande – descrevendo a morte
provocada de um moribundo, por asfixia. A verdade é que, nunca se provou tal
prática e o comportamento das famílias marranas perante os seus moribundos
seria idêntico ao das famílias católicas: prestar-lhes assistência e dar-lhe o
conforto espiritual para bem morrer, na graça de Deus.
Diz uma tradição popular que os
judeus expulsos de Espanha, que atravessaram a fronteira por Miranda do Douro,
seguiram três destinos diferentes: os mais pobres, que vinham a pé, ficaram-se
por Carção e Argoselo, os que eram remediados e vinham de burro, seguiram para
as terras de Mogadouro e Vilarinho dos Galegos, enquanto os mais ricos, donos
de possantes machos e mulas, se foram fixar em Lagoaça. De contrário, refere-se
outra tradição dizendo que a terra de fixação dos judeus ricos era Freixo de
Espada à Cinta e que para Lagoaça foram os judeus pobres.
Certamente que nenhuma das
afirmações encerra toda a verdade, até porque a principal característica da
gente da nação hebreia era exactamente a sua permanente mobilidade e o
estabelecimento de redes comerciais familiares descentralizadas. Estavam onde
podiam estar e aproveitavam todas as oportunidades que lhe eram proporcionadas.
Como quer que seja, são indiscutíveis as tradições judaicas e marranas de
Lagoaça e há um rifão popular que diz:
Morcegos na Adeganha
Em Fornos batateiros;
Judeus na Lagoaça
Em Açoreira pepineiros.
Vamos então a Lagoaça, olhar as
casas e falar com as pessoas, à procura das suas raízes judaicas e da sua
ambiência cultural marrana.
Desde logo, não cremos que ali
tenha existido qualquer judiaria, ou seja, um espaço próprio e delimitado onde
os judeus habitassem. No entanto, o facto de uma das ruas mais antigas e
centrais da povoação ter o nome de Rua Nova, deixa adivinhar que o elemento
hebreu seria predominante neste arruamento. Na verdade, na generalidade das
terras portuguesas, as antigas judiarias foram baptizadas com aquele nome,
depois da promulgação do decreto de expulsão dos judeus pelo rei D. Manuel.
Também na Rua da Costa
predominava a gente da nação, dizendo-se que, até há bem poucos anos, quando se
encontrava um morador daquela na Rua da Argana (esta era dos cristãos), havia
confusão, de certeza.
Infelizmente são poucos entre nós
os estudos de arqueologia judaica e nenhum especialista se terá debruçado sobre
Lagoaça.[3] No entanto, até mesmo para leigos, é fácil
descobrir ali marcas de cristianização, que o mesmo é dizer, sinais de
afirmação marrana, em casas da Rua da Costa (nº 2 e nº 27, por exemplo) com
ombreiras e padieiras de portas e janelas decoradas com cruzes. O mesmo na Rua
Nova e na Rua da Quintinha. E em plena Praça se apresenta a porta principal da
casa nº 7 com a padieira bem iluminada por uma rosa / cruz - um símbolo judeu e
cabalístico. [4]
Mas se o património arqueológico
marrano surpreende em Lagoaça, mais significativo é o seu património imaterial:
usos e costumes, crenças e orações judaicas. Não vamos aqui falar deste
património, pois isso nos faria alongar demasiado o texto e desviaria do
objectivo que nos impusemos. Remetemos, no entanto, os interessados para as
obras já citadas do Abade de Baçal, de Casimiro Machado e muito especialmente
de Amílcar Paulo. [5]
E se nos impressiona o facto de,
por mais de 400 anos se terem mantido no seio de algumas famílias de Lagoaça
semelhantes tradições, cerimónias e rezas da religião mosaica, mais
impressionante será o reconhecimento da indómita vontade de tal gente em
perseverar na mesma crença, por séculos afora, apesar de todas as perseguições
e esforços de extermínio por parte dos poderes constituídos, da Inquisição à
Igreja Católica e ao Estado Novo. E assim, quando em Portugal foi concedida
alguma liberdade religiosa e em Lisboa se construiu a primeira sinagoga dos
tempos modernos, houve gente de Lagoaça presente no acto da sua inauguração, em
1904. E depois, por 1932, quando no Porto renasceu das cinzas a comunidade
israelita, com a Obra do Resgate, logo apareceram mancebos de Lagoaça que se
fizeram circuncidar, publicando-se até em letra de jornal os nomes de alguns:
* Adriano Augusto Lopes, que
tomou o nome de Abraham.
* Manuel Lapo, que recebeu o nome
de David.
* António Ferreira, que passou a
chamar-se Arão
* Armando Augusto Horta…[6]
Desse período ficou também o
registo da celebração da festa do Hanucah
– em 30 do Kislev de 5693 (29 de
Dezembro de 1932, na era cristã), - no Porto, com récitas feitas pelos talmidim (alunos do seminário judaico),
entre os quais se contou a de Judah Lopes, de Lagoaça, com o título de “Rocha”,
como noticiava o jornal Ha-Lapid nº
51.
E apareceu também Amílcar Paulo
integrando a mesma comunidade marrana do Porto, também ele vizinho de Lagoaça.
E apareceu mais gente a dar a cara pela crença de seus antepassados, como foi o
caso da família de Albino José de Castro cuja fotografia foi publicada na
revista Douro Litoral, ilustrando o texto de Amílcar Paulo sobre “Os Marranos
de Trás-os-Montes”, em 1956, fotografia que aqui reproduzimos. [7]
Mas se a herança judaica e
marrana foi guardada em segredo no seio das famílias, a grande fonte para o seu
estudo são os processos da Inquisição os quais se conservam no Arquivo Nacional
da Torre do Tombo. A sua consulta é obrigatória e imprescindível. E aqui surge
a primeira desilusão: efectivamente são muito poucos os processos que ali
existem referentes a pessoas de Lagoaça!
Com explicar que uma terra de
tantas memórias e tradições marranas apresente um historial de perseguições
inquisitoriais assim reduzido? Pensamos que o fenómeno se explicará pelo facto
de ser uma terra fronteiriça, um ponto de passagem entre os dois países
ibéricos, em zona inóspita, de íngremes ladeiras e desabitada, de um lado e
outro da raia. A fuga era sempre muito fácil! Aliás, também por aquele ponto do
rio Douro (sítio da Barca de Vilvestre) passavam os contrabandistas e davam o
salto os emigrantes modernos.
Por outro lado, sendo uma terra
pequena, de passagem constante, sem um poder político instalado e nele
incluindo Familiares da Inquisição, esta não teria quem espiasse e “bufasse”
informações. Aliás, do ponto de vista político e administrativo Lagoaça viveu
sempre alguma instabilidade, sendo concelho autónomo em algum tempo,
integrando-se em Mogadouro noutras épocas e finalmente no de Freixo, sendo que
sempre o seu relacionamento económico e comercial sempre terá sido mais com
Torre de Moncorvo.
Poderá até acontecer que, sendo
maioritária a população marrana em Lagoaça, eles impunham as regras e ordenavam
o viver colectivo. Assim se compreenderá que, até os poucos processos inquisitoriais
que foram instruídos a gente de Lagoaça tivessem todos início em informações
vindas de outras terras vizinhas, nomeadamente de Chacim.
Vamos então para a Torre do Tombo
ver os processos da Inquisição. Os registos apresentam uma dezena deles e, na
quase totalidade, referentes a uma única família – a de Luís Garcia e Catarina
Lopes. Vamos apresentá-los.
A família Garcia era originária
de Quintela de Lampaças, termo de Bragança. Ali viveria, pelos anos de 1630, um
Francisco Garcia, casado com Ana Rodrigues. E ali terá nascido, pelo menos, uma
sua filha: Clara Lopes.
Por 1638, o casal estava
residindo em Sahagún, povoação da zona de Tierra de Campos, província de León.
E ali, naquele ano, nasceria um outro filho do casal – Manuel Garcia, de quem voltaremos
a falar.
Por agora, refira-se que Quintela
de Lampaças era então uma terra fortemente povoada de marranos. E estes
sentiam-se tanto à vontade que decidiram celebrar em comunidade alargada o dia
grande do Kipur em 2 de Outubro de 1634, promovendo-se a realização de uma
“Missa Judaica” em casa de um deles.[8]
Um cerimonial daquela natureza
deu nas vistas e um dos participantes deu com a língua nos dentes. O caso
começou logo a ser comentado pelas feiras e nas terras em redor, acabando por
ser denunciado à Inquisição de Coimbra e, em consequência, foi ordenada a
prisão de 19 dos 23 participantes. Apenas puderam prender-se 10, pois que os
outros 9 tinham antecipadamente fugido, constando-se que houve uma fuga de
informação entre o tribunal de Coimbra e o comissário da Inquisição de Bragança
encarregado de dirigir as operações. Pelo meio, além dos referidos 23
participantes da “missa”, chegou a Coimbra a lista de outros 41 marranos de
Quintela denunciados como judaizantes e que haviam fugido. [9]
Não nos foi possível averiguar em
concreto a ocasião e os motivos da fuga da família de Francisco Garcia. Sabemos
é que, para além de Sahagún, residiram em Tapiolles e Fuente Encallada, pois
nessas terras lhe nasceram filhos.
E se fugiram de Quintela de
Lampaças por causa da Inquisição portuguesa, a verdade é que também ali não
tiveram paz. Francisco foi parar às cadeias da Inquisição de Valladolid. E
também ali, ou em Lerena, foram encarcerados 10 de seus filhos e netos.
Voltemos agora a Manuel Garcia, o
qual terá nascido por 1638, em Sahagún. Veio a casar com Maria do Vale, nascida
em Mogadouro, por 1637, filha de Luís Fernandes e Isabel do Vale, originários
também de Quintela de Lampaças. Também ela terá sido levada ainda pequena pelos
pais, em fuga para Castela, pois que, sendo baptizada em Mogadouro, foi
crismada no país vizinho. [10]
Foi uma vida de verdadeiros
andarilhos a estadia de Manuel e Maria por terras de Castela, tendo morado em
Tapiolles, Fuente Encallada, Ávila, Mieza… Sabemos que o
primogénito do casal, a quem deram o nome de Domingos Garcia nascera em Fuente Encallada e que viria a casar com Francisca Fernandes e
a estabelecer morada em Freixo de Espada à Cinta, mudando-se depois para a
vizinha povoação espanhola de Mieza[11]
No ano das pazes (1668) entre os
dois reinos ibéricos já o casal tinha regressado a Trás-os-Montes, fixando
residência em Mogadouro. Ali terão nascido mais dois filhos. De um deles (Luís
Garcia), falaremos adiante. Do outro diremos que se chamou Francisco Garcia e
casou em Chacim com Catarina Lopes Garcia, indo morar para cidade de Bragança e
dali passando mais tarde a Castela.
Tempos depois, Manuel Garcia e
Maria do Vale assentaram definitivamente em Lagoaça, exercendo ele as
profissões de curtidor de peles e de sapateiro. Não sabemos em que rua moravam,
mas sabemos que tinham uma horta ao fundo da aldeia, à margem de um ribeiro que
ali corre. Na horta, para além do terreno de cultivo, com videiras e outras
árvores, haveria uma construção, tipo armazém (e também moradia?) que no processo
é designada como a “casa de curtume”. E haveria uma tinaria constituída por 5
pelames e um enoque, confrontando com complexos semelhantes de preparação de
couros pertencentes a outros moradores da aldeia, um dos quais ao cirurgião
Diogo Currales que era irmão de Maria do Vale.[12]
O valor da propriedade e tinaria
era bastante elevado – 80 mil réis. E do mobiliário industrial da casa de
curtume de Manuel Garcia, destaque para a “caldeira da fornalha”, feita de
“cobre castelhano” e que custou 4 mil réis, para dois outros caldeiros, mais
pequenos, também de cobre e para uns 5 cutelos, objectos também indispensáveis
na indústria dos curtumes.
Em preparação e curtimento nos
pelames e enoque tinha 7 couros que valiam 14 mil réis. E tinha em stock 3
cargas (uns 250 litros) de sal, que valiam 3 mil réis. Isto quando o prenderam.
No que respeita ao seu ofício de
sapateiro, diremos que Manuel Garcia estava bem abastecido de formas: uma
colecção de 88 pares, a que foi arbitrado o valor de 2 mil réis.
Do inventário de seus bens,
consta ainda um sedeiro (instrumento usado na preparação da seda) e umas
quantas pedras de linho, bem como uma espada, dois burros e dois porcos.
Escusado será dizer que Manuel
Garcia e Maria do Vale acabaram por ser presos pela Inquisição de Coimbra, em 7
de Novembro de 1701 e com eles os dois filhos mais novos: Diogo e António
Garcia, ambos solteiros, E antes deles, havia sido encarcerado
pelo mesmo tribunal o outro filho – Luís Garcia – e a sua mulher – Catarina
Lopes, também – o casal de que ao início colocamos no centro da nossa
investigação e de quem falaremos a seguir.[13]
E se o filho Francisco não foi
também preso é porque antes abalara com a mulher (também chamada Catarina Lopes
Garcia) para lá da fronteira, encontrando-se a residir bem longe, na Andaluzia.
O mesmo se passou ainda com o filho mais velho, de quem já falámos, que estava
casado em Freixo de Espada à Cinta e morava em Mieza.
in: Trás-os-Montes e Alto douro, mosaico de Ciência e cultura (2011)
(continua)
[1] CASIMIRO HENRIQUES DE MORAES MACHADO, Mogadouro um
olhar sobre o passado, edição de Herdeiros de C. H. M. M., pg. 98, Mogadouro,
1998.
[2] FRANCISCO MANUEL ALVES, Memórias Arqueológico
Históricas do Distrito de Bragança, vol. V, pg. LIV, Bragança, 2000.
[3] Sobre este tema
consultar “Arqueologia Judaica do
Concelho de Moncorvo ( Novos Elementos) - Carmen Ballesteros , Universidade de
Évora – CIDEHUS – Dra. Carla Santos.
Caderno de Estudos Sefarditas n.º 4 de 2004.
[4] ANTONIO LULIO ANDRADE, Lagoaça notas de arqueologia
judaica, in: Jornal Terra Quente, de 1 de Outubro de 2004.
[5] AMILCAR PAULO, Os marranos em Trás-os-Montes, in:
Douro Litoral, boletim da Comissão de Etnografia e História, sétima série, V-VI
e VII-VIII, Porto, 1956. Deste trabalho, páginas 531 – 532, extractamos:
- Em Lagoaça e em Vilarinho dos Galegos
vigora o costume de se não comer, na Semana Santa, pão fermentado, mas sim
bolos cozidos entre duas telhas (…) Quando morre alguém é uso iluminar a câmara
mortuária com muitas luzes durante 9 dias; a família enlutada manda fazer a
cama e espalhar farinha em volta da mesa, sobre a qual coloca alguns alimentos,
como se o defunto estivesse vivo e, em seguida, vestem um indigente com a roupa
dele para que ocupe à mesa o seu lugar, ao mesmo tempo que dão esmolas aos
pobres e colocam sob o leito todo o pão cozido que houver em casa, dizendo: -
“Pega leão; deixa a alma deste defunto enquanto passa o rio Jordão”. Todas as
noites, durante nove dias, os familiares vão ao quarto que pertenceu ao defunto
e dizem: - “Boa noite te dê Deus / Tu já foste como nós / E nós seremos como
vós”.
[6] Jornal HA-LAPID, nº 45 e seguintes.
[7] Seria interessante juntar as orações recolhidas em
Lagoaça nos tempos modernos, por Amílcar Paulo e outros investigadores e
comparar com as que são apresentadas nos processos da Inquisição. A título de
exemplo, vejam esta, recolhida por A. Paulo e publicada na página 539 do
trabalho citado: - Adonay comigo / e eu
com Ele / Ele adiante / e eu atrás dele. E ainda esta, publicada na página
551:
- Bendito tu
Adonay, nosso Deus,
Rei do mundo
que nos santificaste
nas santas
encomendanças,
benditas e
santas, santas e benditas,
nos
recomendaste pelos teus profetas
para
distinguir o teu santo dia
e nele
repousar, e escolheste
em terras de
Israel. Amén.
[8] Sobre o assunto escreveram os autores um trabalho (“
Uma Missa Judaica em Quintela de Lampaças”) cuja publicação está sendo
promovida.
[9] ANTONIO JULIO ANDRADE e MARIA FERNANDA GUIMARÃES,
Jorge Lopes Henriques, de Carção, e alguns familiares processados pela
Inquisição, in: Almocreve, um retrato das gentes de Carção, pg. 65 - 72,
Carção, 2009. Este homem de Carção é que foi acusado de ter avisado os de
Lampaças para fugirem. Por isso foi preso pela Inquisição de Coimbra – Proc.
3271.
[10] IANTT, Inquisição de Coimbra, Proc. 8343, de Manuel Garcia; Proc. 8816, de Maria do Vale.
[11] IANTT, Inquisição de Coimbra, Proc. 7217 de Domingos Garcia;
[12] Também a família do Dr. Diogo Currales foi perseguida
pela Inquisição, que prendeu a sua 2ª mulher, Ana Henriques, filha de Francisco
Simões e Maria Henriques, de Ventuzelo, Mogadouro, e as suas filhas: Maria de
Campos Currales (pº 62), natural e moradora em Freixo de Espada à Cinta; Leonor
de Campos Currales (pº 86), natural de Castelo Branco, bispado de Portalegre e
moradora em Freixo de Espada à Cinta ou Carrazeda de Ansiães; Mariana de Campos
Currales (pº 173), natural de Torre de Moncorvo e moradora em Freixo de Espada
à Cinta; e Violante de Campos Currales (pº 6529), natural de Torre de Moncorvo
e moradora em Freixo de Espada à Cinta.
[13] IANTT, Inquisição de Coimbra, Proc. 7571 de Diogo
Garcia
O meu falecido avô contou-me muitas vezes como se passavam esses episódios entre judeus e os outros na rua do Argana ou rua da escolha em Lagoaça
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