sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Marcelino da Mata, um herói português

Os Homens também são feitos pelas suas circunstâncias. Ou, como um dia disse Karl Popper, pelas conjecturas.

Marcelino da Mata com os seus
antigos camaradas,

barbaramente assassinados
depois do 25 de Abril.

O Estado Português,
se tivesse alguma vergonha,

já teria indemnizado 
as famílias desses

 heróis comandos que lutaram
pela Pátria Portuguesa!


O recentemente falecido Tenente-coronel Marcelino da Mata, também foi um Homem de circunstâncias. Estas levaram-no a optar por um país – Portugal. Era preto, mas preferiu Portugal, ao país onde nascera, a Guiné. “Não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo.”, disse Plutarco, numa frase atribuída a Sócrates. E ao optar por Portugal, numa guerra circunstancial, praticou actos de bravura, de lealdade para com o seu país, de generosidade para com os seus camaradas, de respeito para com a hierarquia e a bandeira, entre outros que caracterizam o verdadeiro Herói!

A História portuguesa, quando aqueles que o conheceram já estiverem junto do Eterno, vai coloca-lo num pedestal como colocou Afonso de Albuquerque, Afonso Henriques entre uma miríade de heróis que lutaram pela Pátria e pelo seu Povo.

Podem dizer o que disserem, mas vai ser assim.

Que haja alguém que nele veja outras características é salutar, mas que essa gente trate outros com outras visões de fascistas, isso é que não.

Marcelino da Mata para Portugal é um herói. Para o poder actual da Guiné pode ser outra coisa, mas ninguém tem o direito de, em Portugal, tratar mal um herói português, e as pessoas que assim o consideram.


Parlamento aprova voto de pesar pela morte de Marcelino da Mata

 

Daqui retirou-se isto:

 

Voto de pesar pela morte do tenente-coronel dividiu a bancada socialista. BE, PCP, Verdes, PAN e Joacine Katar Moreira votaram contra

A Assembleia da República aprovou esta quinta-feira um voto de pesar pela morte do tenente-coronel Marcelino da Mata, o militar mais condecorado de sempre, que foi vítima da covid-19.

O voto de pesar – apresentado pela comissão parlamentar de Defesa – contou com os votos a favor do PS (maioria dos deputados), PSD, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal e os votos contra do BE, PCP, Verdes, PAN, da deputada não-inscrita Joacine Katar Moreira e de três deputados do PS (Ascenso Simões, Paulo Pisco e Eduardo Barroco de Melo). Já a deputada não-inscrita Cristina Rodrigues e os deputados do PS Porfírio Silva, Miguel Matos, Maria Begonha, Cláudia Santos, Joana Sá Pereira, Tiago Barbosa Ribeiro e Bruno Aragão abstiveram-se.

Ficou evidente a discordância de alguns deputados socialistas que anunciaram a apresentação de declarações de voto. Quando foi a vez de Joacine Katar Moreira anunciar uma declaração de voto, a ex-deputada do Livre aproveitou também para manifestar a sua "solidariedade na luta antirracista" de Mamadou Ba, depois de mais de 15 mil pessoas terem assinado uma petição a exigir a deportação do ativista na sequência de críticas a Marcelino da Mata.

O texto do voto de pesar refere que o Parlamento manifesta o seu "profundo pesar" pelo falecimento do tenente-coronel Marcelino da Mata" e apresenta "as suas sinceras condolências" à sua família, ao Regimento de Comandos.

"Marcelino da Mata destacou-se pela sua coragem e bravura individual, sem se ter ferido alguma vez com gravidade. Ao longo do seu percurso, obteve um elevado número de louvores e diversas condecorações", sublinha.

Incorporado acidentalmente no lugar do irmão no serviço militar, Marcelino da Mata foi um dos fundadores da Tropa de Operações Especiais durante a Guerra Colonial, na Guiné. Esteve envolvido em mais de duas mil operações, como a "Tridente" "Mar Verde” e “Ametista Real", acabando por se tornar no militar mais condecorado de sempre.

Após o 25 de Abril, chegou a ser torturado pelo MRPP e esteve exilado em Espanha. Marcelino da Mata esteve longe de ser uma figura consensual, foi apelidado de herói e acusado de ter sido um "criminoso de guerra"

O funeral, que se realizou na segunda-feira, contou com a presença do Presidente da República e dos Chefes do Estado Maior das Forças Armadas e do Exército, mas não teve honras militares. Os centristas defendiam, contudo, um funeral de Estado, considerando que o país lhe devia uma "homenagem que em vida nunca lhe prestou".

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  Jorge Lage, Noticias de Mirandela