terça-feira, 25 de agosto de 2020

Os gajos cobardes




Este recente episódio do dr. Costa dos " gajos cobardes" é de bradar aos céus! Com que se preocupou o Expresso depois da coisa acontecer? Desculpar o chefe e ameaçar aqueles que tivessem a coragem de publicar os sete segundos do vídeo. Claro que houve Homens livres que se cagaram (perdão, que se estiveram nas tintas - é preciso primar pela pureza da linguagem) para essas ameaças.
Os 90% dos comentadores (o regime a funcionar) reforçaram a defesa do chefe. Hoje os próprios representantes dos médicos, depois da reunião com o manhoso socialista, se estiveram nas tintas para a humilhação que os seus colegas sofreram. E o jornalista de Alijó veio no jornal que dirige (como se fosse o dono do mesmo) dizer alarvidades do tamanho da Serra da Estrela!
Enfim, é o país que temos. Um país onde o fascismo governamental  (e da esquerda que o sustenta) passa pela poeira dos dias. Neste momento, o país precisa que partidos como o Chega cresçam. Porquê? Para que esta esquerda medíocre deixe de mamar na teta que atira o país e os Portugueses para o abismo.
Num país decente, como a Inglaterra, por exemplo (não é por acaso que é a maior - e a mais antiga -  democracia moderna da Europa), o senhor Costa tinha sido obrigado pelo Parlamento (incluindo os da sua bancada) a pedir a demissão. Mas neste país latino, das sardinhas assadas, do pão com manteiga, dos banhos de sol (das brocas e das bebedeiras), além de se dar ao luxo de humilhar uma classe como a dos médicos, ainda sai reforçado da reunião pelos próprios representantes dos humilhados - que não são médicos, são "politicos".
A este propósito deixamos estes dois testemunhos:
do Portadaloja e do delito de opinião.




O Público de hoje decidiu defender o PM Costa. O director da publicação defende o indefensável em termos jornalísticos para tal: descarta qualquer interesse jornalístico em conversas privadas off reco se não se cingirem a assuntos que ameacem " a vida, a segurança ou a coexistência democrática"...
Assim, esta sórdida defesa de interesses ideológicos, sempre na linha da frente deste jornalismo de causas:

E o subsequente controlo de danos, despudorado e jornalisticamente comprometido com o poder político em detrimento do interesse dos cidadãos:


Este Manuel Carvalho é um indivíduo que já não tem emenda e de carácter esquerdista típico, cujos princípios se subordinam a valores ideológicos. Veicula uma "verdade a que temos direito", sem dúvida.
Defender que uma conversa é privada quando versa sobre assuntos públicos, no âmbito de uma entrevista com um primeiro-ministro, mediaticamente agendada e com intuitos de propaganda política é no mínimo uma enormidade aleivosa e de sofisma em riste.
O off record deve respeitar-se mas se eventualmente "vazar" por este ou aquele motivo, hélas!, a responsabilidade é de quem disse o que não deveria ter dito.
É assim que o jornalismo tratou em tempos recentes o que se passou com Sérgio Moro e as conversas, essas sim, verdadeiramente privadas e que foram exploradas pelo Público até ao tutano da indignação ideológica.
A objectividade jornalística para este director de jornal, com o exemplo apontado,  é uma anedota.


                                                           ***


Costa: «Os gajos são cobardes»

por Pedro Correia, em 25.08.20
António-Costa_Governo.jpg
Foto: António Pedro Santos / Lusa
Em Abril de 2016, o primeiro-ministro exonerou o titular da pasta da Cultura, lançando-lhe um solene aviso: os membros do Executivo «nem à mesa do café podem deixar de se lembrar que são membros do Governo». Isto porque João Soares, em escrita ligeira de Facebook, prometera umas "bofetadas" (retóricas) em dois comentadores que o haviam criticado.
«Costa põe João Soares na ordem e obriga-o a pedir desculpa», apressou-se a titular o Diário de Notícias.
Quatro anos depois, ignorando as suas próprias advertências, Costa comporta-se com uma leviandade que, em comparação, remete a do ex-ministro da Cultura à gaveta das traquinices infantis.
Perante pelo menos três jornalistas do Expresso, em frase à margem de uma entrevista mas que ficou registada numa gravação remetida (por dolo, irresponsabilidade ou negligência profissional) por aquele semanário a dois canais televisivos, o chefe do Governo disse esta frase, aludindo aos médicos que prestaram serviço em Reguengos de Monsaraz: «É que o presidente da ARS mandou para lá os médicos fazerem o que lhes competia. E os gajos, cobardes, não fizeram.»
Foram palavras proferidas off the record, mas não deixam de ser indignas de um primeiro-ministro - sobretudo de um primeiro-ministro que já tinha sido profundamente infeliz em Junho, quando afirmou que a escolha de Lisboa como palco da Liga dos Campeões era «um  prémio para os profissionais da saúde» que há seis meses combatem o Covid-19 em Portugal. Como se a pandemia tivesse alguma coisa a ver com o futebol.
O Costa de 2020 devia seguir o conselho do Costa de 2016: um primeiro-ministro nem à mesa do café deve deixar de se lembrar que é membro do Governo.
Eu, se fosse o João Soares, lembrava-lhe isto agora.

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