Já com 880 mortos
contabilizados, nem por isso deixou de se festejar o 25 de Abril, somos assim
os portugueses. Para festanças não à pai. Até parece que são todos
bajouquenses, neste aspeto. Mas vamos ao cerne da questão pois é o que desejo
relatar. Todos muito bem-falantes, não fora isso também não tinham lugar no
Parlamente, ali só falam os bem-falantes, quem for gago…. Nem direito tem de
poder assistir. Ao meu lado tenho, o padre Gonçalo Portocarrero de Almada,
brilhante jornalista e sacerdote, que descobri a pensar como eu no que estes
progressistas de andar por casa fazem e o exemplo que dão aos seus concidadãos.
É triste, mas é verdade, esta afirmação. Não vi, nem assisti à palhaçada. Tinha
em mão algo, bem mais importante que fazer, e só por isso não vi. Mas já ouvi
comentários a dizer que tanto o Presidente da República, como o da Assembleia
falaram na e com a ponta da língua. Faço, ideia, visto de onde vieram os
comentários. Mas pronto, são opiniões e contra isso, batatas. Importa agora é
descrever o que muito bem destaca aquele em que me baseei para sustentar o meu
raciocínio:
“Com
certeza que o 25 de Abril é uma data importante no calendário nacional,
nomeadamente para aqueles que mais sofreram o anterior regime e mais lutaram
pela reconquista da liberdade. Como outras datas históricas – recorde-se que o
5 de Outubro de 1910 significou um retrocesso na liberdade religiosa e de voto
– também o 25 de Abril é passível de interpretações menos positivas, se se
tiver em conta o PREC e a desastrosa descolonização, que deixou várias
ex-colónias portuguesas mergulhadas em sangrentas guerras civis. Não obstante,
evocar o 25 de Abril é salutar, não só para celebrar a liberdade, mas também
para recordar as experiências negativas do ‘fascismo’ e do ‘social-fascismo’,
que o antecederam e sucederam, respectivamente.
Que a AR entenda comemorar uma
data, certamente relevante na história de Portugal, é justo e necessário, mas
não o deveria fazer quando o país está de luto e vive as horas mais dramáticas
dos últimos quarenta anos da sua História”. E acrescenta,
mais: “Seria disparatado supor que todos
os que preferiam uma solução diferente da que foi adotada, são ‘fascistas’ e
inimigos da democracia e da liberdade, como também não se pode afirmar que
todos os que são a favor da sessão parlamentar são ‘sociais-fascistas’ e
antipatriotas. São discursos destes que revelam, precisamente, uma mentalidade autoritária
e intolerante, ou seja, antidemocrática. Certamente, há democratas e patriotas
de ambos os lados e também há quem esteja presente por exigências
institucionais (representantes dos órgãos de soberania e de confissões
religiosas, embaixadores, etc.”.
Actualização de Tempocaminhado: Hoje, 27 de Abril, já fazem companhia ao Eterno 928 almas!
Actualização de Tempocaminhado: Hoje, 27 de Abril, já fazem companhia ao Eterno 928 almas!
Sem comentários:
Enviar um comentário