Os chineses se não têm dados objectivos para dizerem que esta
ou aquela árvore ou planta é originária da China acabam sempre por apresentar
uma prova. O caso do coronavírus foi a China que divulgou o primeiro infectado
e se diz, por evidência, que veio de lá esperneiam e barafustam. Há vinte anos
atrás não teriam uma reacção tão enérgica, ao nível da diplomacia e «media»,
resultando do grande poderio económico e bélico. As opinões com que não
concordamos combatem-se com contra-opiniões e não com ameaças prepotentes. Seja
como for, estamos atulhados de literatura sobre esta pandemia ao ponto de se
tornar uma moléstia que nos tira qualidade de vida pelo que vou falar-lhes da
minha vivência. Depois de três estadias no Canadá, que me fizeram prender mais
a Portugal, um dos hábitos que alterei foi não andar em casa com o calçado que
levo para a rua. Até a empregada (dispensada do trabalho, durante a pandemia),
quando chega a casa descalça-se à entrada. Nas solas ou borrachas do calçado
traz-se imensa porcaria (restos de dejectos de caninos e de escarros, entre
outros) para dentro de casa e o modo de se evitar é termos calçado só para
dentro de casa e outro para andar na rua.
Hoje, este hábito dá-me conforto de
não trazer o vírus para casa no calçado. Se saio, só para o que é necessário,
quando entro fico com a sensação que possa não ter feito a prevenção a 100% e
por mais que lave e desinfecte as mãos posso não estar seguro. Já perdi o gosto
de ir à rua. Falo com os amigos só pelo telemóvel ou por mensagem. Em caso,
chego a perder a lucidez e momentaneamente o céu desaba sobre mim. O que trago
da rua deixo-o ficar um dia sem lhe deitar a mão, numa varanda soalheira e a
roupa fica ao sol vinte e quatro horas. Até o cartão de crédito e as cadernetas
fazem a quarentena. Com os filhos e netos a milhares de quilómetros, a angústia
é ainda maior. O ser credenciado em segurança faz-me ver a situação mais
crítico. Quando tive responsabilidades trabalhei sempre na antecipação, com a
divisa «Mais vale prevenir do que remediar». Algumas das chefias
«assustavam-se» e pediam-me para trabalhar menos. No meio desta tragédia que
nos cerca só me dá alguma segurança a Fé e o leitor não facilite, isole-se e
proteja-se porque o inimigo é invisível e aliado da gadanha.
Conclave do PC chinês (11 a 17 de Janeiro passado). |
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