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O meu amigo, General BS, enviou-me o agradável texto para se ler em Rebatente pausa.
Abraço,
Jorge.
A propósito de desinfectante (produto muito em voga por mor do vírus),
aí vai uma pequena e inofensiva estória:
Na minha terminologia farrística pós-almoço petisqueiro com os amigos,
chegada a hora dos digestivos, soia eu dizer. "..e agora saia um
"Desinfectante", para obviamente ser servido de um belo digestivo
(normalmente aguardente velha Vínica ou um whisky velho). Os companheiros acham
(ou fazem que acham) piada...Porém, eu não me sentia muito feliz com o termo, e
com a ajuda da Providência, veio tal designação a sofrer uma evolução
semântica, que tomo por favorável. E foi assim:
Na sequência do curso CSCD (Curso Superior de Comando e Direcção),
fiquei Cor. Tirocinado e fui colocado nos Açores como 2º CMDT da ZMA. Aí o
CMDT, então Brig. A. Albuquerque, deu-me
algumas áreas de responsabilidade directa, como (que me lembre) a gestão das
provas obrigatórias de Ed. Física, a das
Comunicações e Informática e da BIBLIOTECA.
E é esta última responsabilidade que vem agora à baila. Chamei o Sargento
responsável pela Biblioteca, acertámos umas quantas metodologias e pedi-lhe o
Livro de Registo do Acervo (livros
existentes). Pelos títulos mais apelativos à minha sensibilidade de leitor
compulsivo, ia requisitando, lendo e devolvendo os mais variados livros que me
proporcionaram momentos de verdadeiro prazer. Apanhei alguns livros que, embora
antigos, se apresentavam virgens com o preço no canto superior direito da 1ª
pág. Em muitos deles tinha que usar uma faca-papel para abrir as folhas... Um
livrinho, de que me estou a lembrar, era sobre as viagens pelas cortes da
Europa, do insigne Infante D. Pedro (filho de D. João I). Era maravilhoso, e
tinha custado 1$20 escudos.
Mas voltando ao tema, encontrei então um livro, cujo título não recordo,
mas falava dum açoriano duma zona interior da ilha de S. Miguel que tinha ido
estudar para Coimbra (onde eu fiz o Liceu). Quando esse estudante veio, numas férias grandes, à sua terra natal,
andou em grandes petisqueiras e jantaradas. Numa dessas festanças em casa de
seu padrinho (que homenageava o futuro doutor de leis), e chegada a altura dos
digestivos, diz o anfitrião (depois dum panegírico ao afilhado): "...e
agora sai o REBATENTE"... e foi servida a aguardente especial dos dias de
festa!
Na bondosa expectativa que destarte se tenha feito luz aos meus leitores
(se ainda os houver, nesta adiantada fase da estória) terão, de imediato,
concluído que encontrei ali a terminologia ideal para substituir o termo (pouco
feliz) que eu usava de "Desinfectante" e passei a deixar cunhado no
meu dicionário pessoal o termo
REBATENTE... (pois ajuda a rebater, de facto, as comezainas de que por
vezes abusamos).
Um abraço
BS
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