domingo, 16 de fevereiro de 2020

O CASTANHEIRO DE VALES – UM CASO DE AMOR

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 Comunicação de 14-02-2020, em Vales, VP de Aguiar
Proferida por JORGE LAGE


Estamos a celebrar «O Castanheiro de Vales» por ter sido considerada a Árvore do ano em Portugal e porque a família Marques (Srs. Fernando, Fernanda, Ernesto e Duarte) se interessaram por este gigante vegetal e há uns treze anos, aceitei o desafio de o conhecer.

O Castanheiro compreende 12 espécies na região temperada do Hemisfério Norte, sendo as principais: o «Sativa» ou europeu; o «Crenata» que se estende pelo Japão, Coreia e parte oriental Norte da China; o mollisima na China; e o «Dentata» na costa Leste dos EUA. O tamanho da castanha, pela ordem decrescente é a: europeia, japonesa, chinesa e americana.
A área das diferentes espécies de castanheiros no globo, acompanha, de perto, com algumas variações, o paralelo 40 de latitude Norte.
A espécie castanea sativa (Castanheiro Europeu) estende-se da Península Ibérica até ao mar Cáspio e montanhas do Cáucaso e da Europa Central e Norte de África (Tunísia e Argélia).
Segundo o Prof. Jorge Paiva, admite-se que o castanheiro europeu seja uma árvore espontânea na Europa meridional, Ásia Menor, Sul da Pérsia, Cáucaso, Mar Cáspio e Norte de África. Há uma forte convicção de que é originária do Mediterrâneo oriental e que, se expandiu pela zona euroasiática desde o século V (A.C.).
O vocábulo «castanha» virá da palavra latina «castanea» (do grego «kastanon»), deu origem a «castanheiro» e «castanha» (MACHADO, 1977; SÉGUIER, 1976). Castanheiro/Castanha pode ter raízes indo-europeias na palavra kas, que significa picar, dos picos e ouriços.
Seja como for o Prof. Jorge Paiva inclina-se para que Castanha tenha origem em duas cidades do Mar Negro, «Kastanom e Kastana», célebres pelas suas excelentes castanhas.
Com certeza, pode dizer-se que o castanheiro acompanha a História da civilização ocidental e as grandes migrações, desde a época em que o Homem começou a utilizar a madeira, portanto, há mais de 100.000 anos.
O castanheiro foi citado, entre outros, pelo profeta Isaías e por Homero (séc. VIIIa.c.). Por essa altura, os Celtas deslocam-se para ocidente, atingindo a Península Ibérica e os bosques sagrados eran os seus templos. Se não trouxeram o castanheiro, pelo menos desenvolveram-no a par do carvalho e sobreiro e seria venerado como divindade benigna e generosa.
Segundo o fitopalogista galego, ANA-MAGÁN, e outros, a abundância de castanheiros foi o estímulo para a independência de alguns povos, à semelhança do que hoje é motivado pelas grandes reservas de energia fóssil. Assim, no século XIX, dizia-se que para quebrar o ímpeto independentista dos corsos (Córsega) bastava cortar-lhes os castanheiros, base da sua auto-suficiência.
Por sua vez, o rei de França, Luís XV, em 1771, decretou a proibição de se plantarem castanheiros, considerando-os diabólicos e dizia: “Constitui o alimento dos preguiçosos, porque o seu fruto dá de comer a multidões, sem que tenham de fazer qualquer esforço”.
Segundo o Prof. Jorge Paiva, era aceite, por outros investigadores, que o castanheiro foi introduzido em Portugal pelos romanos, mas hoje, as análises de pólen fossilizado, efectuadas nas turfeiras da Serra da Estrela, a 1600 m de altitude, por Van Der Brink e Janssen, concluíram que no Neolítico, cerca de 3300 A.C., já havia castanheiros em Portugal, e referenciados há 8.000 anos, no Paleolítico, como árvore autôctone.
Em período recuado, na floresta do Nordeste de Portugal, era predominante o carvalho e o castanheiro e foi pela mão do homem que este se libertou da concorrência de outras espécies. A vivência entre o homem e o castanheiro era tão próxima, que este rodeava os povoados, como acontece com o Castanheiro de Vales, dando-lhe a certeza do alimento de que precisava.
O c. prefere zonas de pluviosidade média, uma altitude entre os 400 e 1000 m.
Devido à doença da tinta, Vieira Natividade elaborou, em 1944, «um Plano de Valorização e Defesa do Castanheiro” que visava o repovoamento e tratamento do castanheiro, pretendendo aumentar a área de castanheiro para 100.000 ha.
Segundo o Prof. Carlos Abreu, por volta da década de cinquenta, do séc. XX, ocupava uma área próxima dos 60.000 a 75.000 ha.
A mancha de castanheiros, em Trás-os-Montes e Alto Douro e na Beira Interior, sofreu um decréscimo de 77.000 ha, em 1908, para cerca de 62.000 ha, em 1995. Destes uns 5.000 hectares eram para a talhadia e madeira.
As duas doenças princiais, «doença da tinta» e «cancro do castanheiro», têm dizimado o souto.
O fungo da tinta penetrando nas raízes, bloqueia a seiva no tronco, provocando a sua morte. Como provoca uma escorrência parecida com tinta, daí chamar-se «doença da tinta» ou «gangrena húmida da raíz».
A «doença da tinta» (1838), que alastrou assustadoramente nas últimas quatro décadas da primeira metade do século XX, dizimando o souto lusitano, levando o agricultor a desinteressar-se pela sua plantação.
Ainda não se tinha dominado a «doença da tinta» e entre 1904 e 1950 o cancro do castanheiro dizimava quatro milhões de castanheiros americanos distribuídos por 800.000 ha.
Em 1910 manifesta-se na Itália e em 1990 manifesta-se em Ponte de Lima e Carrazedo Montenegro (Galiza 1938 e + 1970).
Mais perto de nós surge a «Vespa das galhas do Castanheiro», referenciada primeiramente por alguns agricultores (Manuel «Passarolo» e o Pinto), em Vilar de Perdizes - Montalegre, em 2010, na zona nascente da aldeia.
Na doença do cancro o fungo penetra pelos ramos ou tronco fendido, já existindo um antídoto.
Na Galiza a razia nos soutos provocou a emigração em massa, recordo aqui a grande poetisa galega, Rosalía de Castro:

Estes partem, aqueles partem
e todos, todos se vão.
Galícia ficas sem homens
Para segar o teu pão!...

Aquilino Ribeiro, escritor afeiçoado ao castanheiro, refere, em “O Homem da Nave”: “Mata-o um fungo capcioso, filtrante como os ultravírus”.
O ditado popular aconselha: “planta o souto, quando cai a folha a outro”. Assim, o melhor mês para a plantação de árvores é Outubro (Outubro, pega tudo) ou Novembro (o mais tardar em Fevereiro) e não em Março como, paradoxalmente, teimam em promover alguns serviços oficiais ligados à floresta e autarquias e escolas. Março deve ser mais de reflexão, de promoção e de festa da floresta e da vida arbórea.
A selecção da espécie, ao longo de séculos e milénios, passou pela escolha das árvores que davam maiores frutos monospermas. Hoje a maioria da castanha europeia provém de soutos enxertados com 160 anos de idade.
A poda deve abrir a jovem árvore a partir de 1,5 a 2 metros do solo e nos castanheiros de produção mista (castanha e madeira) o fuste deve ter sete metros. Nos primeiros anos a poda deve ser muito ligeira, correndo toda a copa. A copa deve ser rejuvenescida entre os 15 e 30 anos, dando melhores frutos, mas tem de haver muito cuidado a desinfectar e isolar as zonas de corte, para que o cancro não penetre. As podas severas ou impiedosas só devem ser feitas quando absolutamente necessárias, havendo sempre o cuidado de desinfectar o serrote.
A enxertia deve ser feita em Maio quando a árvore está na máxima força, conseguindo-se a cicatrização em cerca de oito dias. As partes fendidas do cavalo e cavaleiro devem ser desinfectadas.
Na vizinha Galiza, os soutos estendem-se por 65 ayuntamientos (concelhos), com 143 variedades de castanhas (em 2004, no III Congresso Internacional do Castanheiro foram referidas 165 variedades), indo do nível do mar e aos 1.200 metros (FERNANDEZ e PEREIRA, 1993).
Cada souto galego pode ter de duas até dez variedades de castanhas, mas, em alguns casos, as diferentes denominações correspondem à mesma variedade, que toma nomes diferentes, consoante a localidade em que está cultivada.
As variedades de castanha diferem, um pouco, de região para região, pelo menos no nome. A cor, o formato, o tamanho, o tempo de maturação e a localidade em que abundam ou se cultivam.
Por exemplo a nossa riqueza vocabular em torno do mundo castanhícola ou castanícola é tal que para dizermos «castanhas chochas» registámos nos dois livros (MMC e MCOM) sobre a memória imaterial do castanheiro/ castanha uns 40 nomes diferentes.
A título de exemplo: se um ouriço tem apenas uma castanha, no seu interior diz-se que é uma c. solteira e toma os seguintes nomes diferentes: «beirós» (Folgosinho – Gouveia), «boi» (Vilar de Perdizes – Montalegre), «cordeirinha» (Macieira – Terras de Sul), «fanchona» (Anceriz – Arganil), «mona» (Tras-os-Montes), «c. da azia» (Valpaços, Boticas e Lousã) e «c. mendinha» (Bragança).
As variedades principais são: Martaínha - a melhor castanha portuguesa se tivermos em conta a procura, o tamanho e o preço a que se vende. Apelidamo-la de castanha rainha e o epíteto já foi adoptado até pelo meio académico. É seguida de perto pela Judia dos soutos da Padrela/C. de Montenegro. A Côta castanha muito apreciada em Terras de Jales é a das mais doces que conheço. Excelente para os magustos e rende muito. Rendem mais num magusto três quilos de Côta do que quatro de Judia ou Martainha. Depois, é difícil resistir à sua doçura.
Entre os castanheiros gigantes vivos, o C. de Vales é o terceiro e o C. da Guerra o quarto maiores de sempre, tendo em conta o seu PAP.
Seguindo um método semelhante aos investigadores galegos, as variedades de castanhas que arrolámos, em Portugal, rondam as 200, entre bravas e enxertas.
O Castanheiro é um espelho da alma transmontana, com imponência altaneira quando é preciso puxar dos “pergaminhos” ou capa de honras e melancólico quando a natureza é adversa e o futuro incerto. Mas, generoso, oferece tudo o que tem ao homem, oxigénio que purificar o ar, estrume para fertilizar os campos, madeira para casas e alfaias, lenha para a lareira, sombra romântica, compacta e sonhadora na canícula e o fruto dos frutos como dádiva providencial, que os deuses abençoam, quando os demais frutos já minguam na Natureza.
Com a entrada generalizada do milho e da batata na alimentação dos portugueses, após os Descobrimentos, até quase ao final do século XX, a castanha destinava-se quase para a exportação e consumo em fresco e sazonal. Hoje, está a fazer-se um percurso lento, mas progressivo, na aposta da castanha na gastronomia, restauração e lares.
A castanha é um fruto seco rico em hidratos de carbono, sais minerais e vitaminas.
Foi em 1994 que a empresa alimentar, Pingo Doce, a promoveu como produto da semana, por desafio da Sortegel e daí em diante foi aumentando o consumo da castanha congelada na restauração e nos lares.
O livro, «A Castanha Saberes e Sabores», que algumas escolas superiores ou outras elegeram para alguns cursos, ajudou à entrada da castanha na restauração.
De igual modo, nas festas da castanha, a promoção de concursos gastronómicos com castanhas foi mais uma alavanca promocional na restauração e nos lares. Ainda recordo, depois de oferecer um exemplar do livro ao Município de Penafiel, ser convidado por aquele município durante a grande feira do S. Martinho (estende-se por três semanas). Ali, para minha surpresa, sou convidado para um jantar com castanhas (caldo, prato e sobremesa).
São vários os municipios em que hoje a gastronomia castanícol é marcante: Bragança, Sernancelhe, Penedono, Trancoso, Guarda, entre outros, estando a ensaiar-se Sever do Vouga (Cedrim).
O meu objectivo é conseguir-se um consumo interno de 30% da Castanha nacional para a venda da produção não ficar tão dependente do mercado externo.
Hoje, uma castanheira das grandes cidades vende cada castanha assada a cerca de 25 cêntimos (quando nos calha uma ou duas bichadas o preço sobe).
A criação das quatro áreas DOP da castanha e a produção de castanha biológica classificada são um bom caminho para a valorização do souto e gerador de mais-valias deste fruto. A transformação da castanha em congelada e outros produtos animam, também, esta fileira. É pena que em Portugal não se produza marron glacé ou castanha caramelizada.
MIGUEL TORGA (1944) refere-se aos castanheiros seculares, para reforçar a sua longevidade, como tendo “da idade do mundo”.
O escritor do Carregal e das Terras do Demo, Aquilino Ribeiro, refere que os Castanheiros “plantados ali hoje, (…) pequeninos como espargos, daqui a três ou quatro séculos, seriam gigantes, e falariam de nós melhor que poemas épicos ou monumentos de bronze”.
Aparecem belos exemplares de castanheiros com mais de 500 anos. Como diz o povo: 300 anos a crescer, 300 anos a ser e 300 anos a morrer.
Há mais de uma dúzia de castanheiros classificados e vivos e um pouco mais os que estão mortos ou desapareceram.
Há muito tempo que o monumental castanheiro contempla os movimentos das gentes de Vales, as datas marcantes e sabe que os antigos habitantes lhe agradeciam a sua generosidade.
Ao visitar o c. de Vales, em Abril de 2006, apercebi-me da sua importância. Classificá-lo como «árvore de interesse público» era o melhor caminho para a sua preservação. Porém, o rendeiro que explorava a terra e o C. de Vales não estava interessado e o Senhor Fernando Marques, para o classificar, avançou para a compra da propriedade.
Quando a compra se concretizou, a sua satisfação era enorme, sendo uma autêntica história de amor e de encantamento e diz-me: senhor doutor, já podemos classificar o castanheiro.
Em contacto com o Eng. Andrada da então DGF, inicia-se o processo de «Classificação do Castanheiro de Vales de interesse Público», concluído, com sucesso, pelo «Aviso n.º 6, de 07-03-2008».
A minha investigação de mais de 20 anos sobre esta árvore mágica e providencial levam-me a afirmar, sem sombra de dúvidas, que o Castanheiro de Vales é o terceiro castanheiro maior de sempre que houve ou há em Portugal, se tivermos em conta a medida do seu PAP (perímetro medido à altura do peito – de um homem).
O primeiro foi o mítico «Castanheiro do Fundão» ou «Castanheiro da Serra da Gardunha» ou, ainda, «Taloca das Almas» (em Alcongosta), em 1903, tinha 18 metros de PAP; o segundo foi o «Castanheiro de Aldarete» ou «Castanheiro da Toca Grande», em Aldarete, freguesia de Sedielos, Peso da Régua, com 15,60 m de PAP; e o terceiro é o «Castanheiro de Vales», que em 2008 tinha 14,20 m de PAP; o quarto maior de sempre é «Castanheiro da Guerra», com 14 m de PAP, em Antas, concelho de Penedono, e a classificação também foi despoletada por mim em 2005. Infelizmente os dois primeiros desapareceram em meados do século XX.
Perto de Viena de Áustria há um castanheiro com 14,10 m e os austríacos pensam que é o maior da Europa. Mas, não é, o Castanheiro de Vales com 14,20 m (em 2008) bate-o por uma unha negra (10cm).
Mas, o «Castanheiro de Vales» foi o vencedor do concurso de «árvore do ano em Portugal» e que é motivo de orgulho para os que estimamos as árvores amigas e generosas, indispensáveis à vida na Terra.
Vila Pouca de Aguiar é um concelho do Alto Tâmega, riquíssimo em Arqueologia, História e paisagens fantásticas, as famosas águas gasosas naturais «Pedras Salgadas»; as Minas de Ouro Romanas, de Tresminas e o Complexo Mineiro Aurífero de Jales. É famosa a anual feira das Cebolas; a Feira do Mel;  e a Feira dos Cogumelos, Cabrito e Castanha.
 A partir de hoje e com o «Castanheiro de Vales de Árvore do Ano» têm um motivo acrescido de visitar as Terras de Aguiar e de Jales, porque poderão contemplar e admirar o maior castanheiro vivo de Portugal, com muitos séculos de vida, como uma dádiva divina. Sem castanhas e castanheiros Portugal e o mundo de hoje seriam diferentes.
Admirem mais esta dádiva que os nossos antepassados veneraram e preservaram.
Nunca cortem um castanheiro ou outra árvore sem haver um bom motivo justificativo. Promovam podas humanizadas das árvores em espaços urbanos, com gente certificada e nunca se façam na nossa região podas bárbaras e contra-natura.
A minha vida tem mais de vinte anos a motivar, em trabalho voluntário com a Universidade de Coimbra, Professores e Alunos para verem nas árvores e na floresta uma grande fonte de vida.
Obrigado aos presentes por me ouvirem.
Parabéns à família Marques (Fernando, Fernanda, Ernesto e Duarte) por serem a chave do sucesso.
A bela história de amor ao monumental «Castanheiro de Vales» e o desafio europeu ainda está em marcha e todos devemos participar, votando para ser o vencedor de «Árvore europeia do ano». A votação encerra no final de Fevereiro de 2020. Por isso, amigo leitor vote em: https://www.treeoftheyear.org/vote. Vote. A vitória será muito renhida! Mobilize os amigos/as. Obrigado!
14-02-2020.
Jorge Lage

2 comentários:

  1. Eu permito-me aqui acrescentar um comentário e um agradecimento especial muito ao Dr Jorge Lage, pois foi um dos maiores incentivadores da minha produção literária, a qual eu tinha guardada no meu Baú de lembranças e de lá já saíram alguns livros meus com destaque para CURRIÇAS DE CARAVELAS - um ensaio autobiográfico da Aldeia típica de Tras Os Montes.
    Além dos seus livros sobre "castanhas" e da sua dedicação às coisas da nossa Terra eu lhe parabenizo por mais este trabalho maravilhoso porque como dizia Eça de Queiros; só um livro é capaz de fazer a eternidade de um povo!
    Os meus parabéns são extensivos também ao Excelso Amigo Dr Armando Palavras pela sua dedicação a Tras Os Montes e Alto Douro e à Lusofonia como um todo. Bem Hajam!!!
    Silvino Potêncio - Emigrante Transmontano em Natal/Brasil

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  2. Fantástica a obra do Dr e escritor Jorge Lages! Só lendo os seus livros se compreende a grandeza do seu sonho - sobre a castanha e o castanheiro- e a sua dimensão humana.
    Deve ser muito reconfortante para o autor saber que há quem o reconheça nos vários cantos do mundo.Parabéns.
    Júlia Serra

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AHMED AL-AHMAD, impede maior número de mortes em comunidade judaica australiana.

Hoje, na Austrália, só não houve mais mortos numa comunidade judaica, porque um cidadão australiano muçulmano, praticou um acto heróico. Os ...

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