domingo, 19 de janeiro de 2020

Investigação internacional lança dados sobre a fortuna de Isabel Dosovna Kukaeva



As notícias que hoje vieram a público sobre Isabel dos Santos (denominadas Luanda Leaks), perdão, sobre a senhora Isabel Dosovna Kukaeva, só podem deixar os cidadãos decentes preocupados.
Não é que se não soubesse da coisa. Toda a gente sabia, mas agora com a insistência do actual presidente João Lourenço (que também pertenceu ao sistema – por sobrevivência), um Homem com intenções louváveis, surge esta investigação realizada desde há oito meses por uma equipa de jornalistas a nível mundial, que passou a ser publicada este Domingo.
A notícia saiu em todos os jornais europeus, como por exemplo o Le Monde.
O que mais se estranha na senhora Dosovna Kukaeva, não é a defesa dos factos. É a sua estupidez!
Dos factos nada diz na sua página no Twitter. A preocupação da senhora, não é a preocupação de uma pessoa séria, mas sim daquelas que fazem a vida através de golpes obscuros. Diz: "As notícias do ICIJ [Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação] baseiam-se em muitos documentos falsos e falsa informação, é um ataque político coordenado em coordenação com o 'Governo Angolano' (sic). 715 mil documentos lidos? Quem acredita nisso?", sublinhando "#icij #mentiras".
E acrescenta: "Os 'leaks' são autênticos? Quem sabe? Ninguém... estranho mesmo é ver a PGR [Procuradoria-Geral da República] de Angola a dar entrevistas à SIC-Expresso. Procurador Geral de Angola a Angola a dar entrevistas... a canais portugueses!",
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Ana Gomes acusou-a de lavar dinheiro em Portugal. A senhora Dosovna Kukaeva levou-a a tribunal. A deputada europeia foi ilibada e hoje disse que Dosovna Kukaeva era uma ladra do POVO ANGOLANO.
Mas diz mais: "Consórcio ICIJ recebeu fuga de informação das 'autoridades angolanas'??!! Interessante ver o estado angolano a fazer 'leaks' [fugas] jornalistas e para a SIC-Expresso e depois vir dizer que isto não é um ataque político?".
Mas logo a seguir vem a cereja no bolo: "o povo de Portugal é amigo do povo de Angola e não podemos deixar que 'alguns' interesses isolados 'agitem' a amizade e respeito que conseguimos conquistar e construir juntos".
Para rematar com a estupidez de quem não tem mais nada para dizer,  afirma que a sua "fortuna" nasceu com o seu "caráter, inteligência, educação, capacidade de trabalho e perseverança" e acusa a SIC e o Expresso de "racismo" e "preconceito", "fazendo recordar a era das 'colónias' em que nenhum africano pode valer o mesmo que um 'europeu”.
Ora este remate é que é comentável, porque se as baboseiras anteriores nada dizem, associar esta investigação ao "racismo" e "preconceito", para neles associar a época da Antiga África Portuguesa, é agarrar-se à tábua de salvação que ainda lhe pode dar algum folgo.
Aqui não há racismo nenhum, senhora Dosovna Kukaeva. Aqui há investigação pura. E tomara a senhora ter conhecido verdadeiramente os laços de amizade que existiram na antiga África Portuguesa, entre portugueses e africanos. Essa conversa fiada que usa (e todos usaram nestes 45 anos) é que levou à roubalheira e aos maus tratos da população. A senhora é muito mais colona do que foram os antigos portugueses da Antiga África portuguesa.
A 26 de Novembro (2019) publicou-se neste espaço um vídeo (de 2016) sobre a situação dramática de Angola – um país rico com 20 milhões de pobres.
É óbvio que o título do vídeo contém algum exagero, porque 20 milhões será o número actual de angolanos, e como todos sabemos nem todos são pobres. Desde logo porque existe uma lista de corruptos (publicada aqui) que vivem “à grande e à francesa” enquanto o cidadão comum vive na miséria.
Só nos musseques de Luanda vivem cerca de oito milhões de pobres! Basta observar alguns vídeos para perceber isso. Que tal este sobre o bairro do Bita (2016)?  E que tal este da Samba, a que chamam vala do lixo (2017) difundido pelo blogue Maka Angola, ou este da Terra Nova (2013), ou o do Cazenga (2013).
Convém sublinhar que o Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ), que integra vários órgãos de comunicação social, entre os quais o Expresso e a SIC, analisou, ao longo de vários meses, 356 gigabytes de dados relativos aos negócios de Isabel dos Santos entre 1980 e 2018, que ajudam a reconstruir o caminho que levou esta senhora, filha do ex-Presidente angolano (José Eduardo dos Santos) a tornar-se a mulher mais rica de África.
A ladroagem, a roubalheira ao POVO ANGOLANO foi enorme nestes 45 anos!

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