Já aqui me manifestei contra a
invenção saloia de enchidos, a que, também, chamam alheiras e nada têm a ver
com estas. Acho um atentado à comida saudável, andarem, por exemplo, a fazer
umas bolas ou almôndegas com a massa das alheiras ou recheando pastéis folhados
com a alheira. É um atentado à comida saudável (à saúde) fazerem estes
disparates. Já basta quando as fritam e as acompanham com reles batatas fritas,
sendo uma bomba calórica. Quanto mais essas modernices de alguns chefes com
tiques saloios. Uma boa alheira deve ter um mínimo, dos mínimos, de carne gorda
e gordura. Há pouco num espaço comercial de Braga, estava um comerciante do
concelho de Vimioso a vender vários produtos e comprei-lhe umas alheiras com
bom aspecto exterior, mas, não passavam de péssimos enchidos cheios de carne
gorda e azedas. Também, a minha esposa comprou em Mirandela uns chouriços
azedos… Onde vai a qualidade dos enchidos dos antigos donos da empresa? Nem o
pão estava desfeito e resumia-se a pão mal apaladado. Um desrespeito para com
os bons comerciantes. O Celestino Reis tinha-me avisado da péssima qualidade,
dos enchidos da empresa há mais anos instalada na zona comercial. Eu não quis
contrariar a minha mulher e deitamos aquela bodegada fora. Bons enchidos azedos
serão produzidos, entre outros, pela marca Angelina. Das alheiras mais
equilibradas e apaladadas, com pouquíssima gordura, que tenho comido são da
Eurofumeiro. Não pode valer tudo porque a indústria de enchidos de Mirandela
pode definhar. A nossa alheira merecia ter um ex-libris no Alto do Canal, para
uma maior visibilidade e promoção. Ao promover a alheira damos mais
visibilidade a Mirandela. O criativo Artur (Praia) Ferreira há muito o sugeriu.
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