Ao vetar o diploma sobre os professores
o Presidente da República fez o que tinha que fazer. Ou seja, nada! Ou quase
nada. Uma coisa fez: obrigou quem governa a portar-se com alguma decência. A
negociar segundo regras democráticas. De resto, mais nada.
Na verdade, no decreto vetado pelo
Presidente, determina-se que a tal contabilização (a dos 2 anos, 9 meses e 18
dias) só se faria (e fará) após uma futura progressão. Ora à excepção do 5º
escalão, todos os outros escalões têm 4 anos. Sendo assim, só residualmente algumas
migalhas de professores poderiam beneficiar alguma coisa a partir de 1 de
Janeiro. Todos os que haviam progredido em 2018 só daqui a 4/5 anos iriam
beneficiar desse tempo. Os professores do 9º escalão, assim como os do 8º já
perto da reforma, nunca beneficiarão da medida.
De aldrabice em aldrabice quem exerce
funções governativas, lá vai “cantando e rindo” (pior do que no tempo da Marcha
da Mocidade). Paulo
Guinote explica isto muito bem em escrito no jornal Público de 28 de Dezembro. Como explica e bem
que a “erosão da carreira docente e a proletarização
da classe não é uma imposição orçamental como se quer fazer acreditar”.
É fruto de um projecto político (ele não
o diz, mas nós dizemos) FASCISTA, totalitário orquestrado antes da crise das
contas públicas, iniciado em 2005 por José Sócrates, mas delineado por Maria de
Lurdes Rodrigues! Um projecto que procurou domesticar uma classe esclarecida,
promovendo a inveja, a mediocridade e a distribuição de uns grãos de miséria
como é próprio das mentes desse calibre, promovendo a CORRUPÇÃO do Sistema (Já
neste espaço dissemos isto vezes sem conta), ao tirarem a autoridade e a
autonomia ao docente. E o Presidente sabe disso.
Não foi por acaso que ao tomarem conta do
poder de forma manhosa através de manobra parlamentar, esta gente (70% do tempo de José Sócrates) deu mais
poder às direcções dos Agrupamentos Escolares, como nem no tempo da Marcha da mocidade se havia dado aos
reitores. Para quê? Para que a corrupção continue a inundar a Administração Pública,
uma das mais corruptas da Europa.
Apetece cantar a Marcha da Mocidade. Aqui
vai:
Marcha da
Mocidade Portuguesa
Cale-se a voz que, turbada,
Já de si mesma se espanta;
Cesse dos ventos a insânia;
Ante a clara madrugada,
Em nossas almas nascida:
E, por nós, oh Lusitânia,
-Corpo de Amor, terra santa
Pátria! serás celebrada;
E por nós serás erguida,
Erguida ao alto da Vida!
- Nau de Epopeia, a varar,
Ao longe, na praia absorta,
De novo, faze-te ao Mar!
Acesa de ébria alegria,
Soberba de Galhardia,
De novo, faze-te ao Mar,
Que o teu rumo é o verdadeiro!
Se a Morte espreita, - que importa?
«Morrer é partir primeiro»,
Como Camões anuncia!
Querer é a nossa divisa;
Querer, - palavra que vem
Das mais profundas raízes:
Deslumbra a sombra indecisa,
Transcende as nuvens de além
Querer, - palavra da Graça,
Grito das almas felizes!
Querer! Querer! E lá vamos!
- Tronco em flor, estende os ramos
À Mocidade que passa!
Lá vamos, cantando e rindo,
Levados, levados, sim,
Pela voz de som tremendo
Das tubas,- clangor sem fim . . .
Lá vamos, (que o sonho é lindo!)
Torres e torres erguendo,
Rasgões, clareiras abrindo!
-Alva da Luz imortal,
Roxas névoas despedaça,
Doira o céu de Portugal!
Querer! Querer! E lá vamos!
- Tronco em flor, estende os ramos
À Mocidade que passa!
Já de si mesma se espanta;
Cesse dos ventos a insânia;
Ante a clara madrugada,
Em nossas almas nascida:
E, por nós, oh Lusitânia,
-Corpo de Amor, terra santa
Pátria! serás celebrada;
E por nós serás erguida,
Erguida ao alto da Vida!
- Nau de Epopeia, a varar,
Ao longe, na praia absorta,
De novo, faze-te ao Mar!
Acesa de ébria alegria,
Soberba de Galhardia,
De novo, faze-te ao Mar,
Que o teu rumo é o verdadeiro!
Se a Morte espreita, - que importa?
«Morrer é partir primeiro»,
Como Camões anuncia!
Querer é a nossa divisa;
Querer, - palavra que vem
Das mais profundas raízes:
Deslumbra a sombra indecisa,
Transcende as nuvens de além
Querer, - palavra da Graça,
Grito das almas felizes!
Querer! Querer! E lá vamos!
- Tronco em flor, estende os ramos
À Mocidade que passa!
Lá vamos, cantando e rindo,
Levados, levados, sim,
Pela voz de som tremendo
Das tubas,- clangor sem fim . . .
Lá vamos, (que o sonho é lindo!)
Torres e torres erguendo,
Rasgões, clareiras abrindo!
-Alva da Luz imortal,
Roxas névoas despedaça,
Doira o céu de Portugal!
Querer! Querer! E lá vamos!
- Tronco em flor, estende os ramos
À Mocidade que passa!
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