BARROSO da FONTE |
Neste pequeno-grande livro reúne 21
poemas que o mesmo recensor entende «refletirem essa dupla dolorosa provação».
Eu não diria melhor nem tão bem desta «dádiva e da partilha» por parte de quem
muito amou e muito sofreu, entre 1988 e 2014. «Soube sublimar o sofrimento e a
saudade através da poesia».
E conseguiu harmonizar o AMOR a
três, em outros tantos tempos: o antes, o durante e o Depois.
Um verdadeiro arranjo floral que conjuga o verbo amar, em todos os tempos e modos.
Um verdadeiro arranjo floral que conjuga o verbo amar, em todos os tempos e modos.
Manuela Morais nasceu em Murça,
licenciou-se em Literatura Comparada e fundou e dirige a Tartaruga Editora. Com
o intuito de promover a língua e a cultura portuguesas, difundido os autores
contemporâneos, instituiu e promove, anualmente, o Prémio Nacional de Poesia
«Fernão de Magalhães Gonçalves».
Pedro Teixeira da Mota, na primeira
badana da capa, escreve que «estes poemas belos e profundos de Manuela Morais,
testemunham a sua travessia dos píncaros e abismos do amor e da dor, que
constituem, em grande medida, a vida humana regida por ciclos e marés e que nos
cabe atravessar com amor e estoicismo, simplicidade e criatividade, consciência
e esperança. Não foi em vão que a autora partilhou anos de vida com duas almas
culturas da beleza e da arte e que no amor souberam realizar epifânias perenes
e substanciais e que nos comovem, nos encantam e nos impulsionam a sabermos
perseverar na tradição tão portuguesa dos Fiéis do Amor»
Não menos simbólico é o testemunho
da prefaciadora Ana Paula Fortuna que depois de recordar que o amor é o
sentimento mais belo que o ser humano pode experimentar. Contudo, nunca é fácil
defini-lo. E invoca um soneto de Vasco Graça Moura para concluir que «Depois do
Amor, ainda há vida». E cita dois versos sugestivos: «Ao deixar de bater-me o
coração// fique por nós o teu inda a bater».
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