Sabia-o homem de teatro,
mas com franqueza desconhecia globalmente o arcabouço cultural e artístico
deste leiriense que foi Miguel Franco. E não fora ser alertado por sua filha a
conhecida pintora Maria João Franco continuava a ser para mim um vulgar artista
que com tantos passam pelos palcos. Mas não é assim, Miguel Franco além de
homem de teatro foi também pai exemplar e deixou semente boa, daquela que
certamente jamais seria a favor da eutanásia que os políticos que temos nesta
2ª-feira, 29 de Maio de 2018 se preparam para oficializar o direito de matar os
indefesos, os que já só faz despesa e não podem manifestar-se na rua. E só pelo
pavor dos cuidados paliativos que são caros, a gastar com esses doentes
terminais representam uma ameaça para as escandalosas mordomias de que parte
dessa “deputagem” goza à custa do zé pagode. Por termo à vida destes seres
humanos é mais fácil. Pena por ser os mesmos que condenam os touros de morte
nas touradas e o abate de lobos e outros animais selvagens como eles. Bem andou
o bispo do Porto, D. Manuel Linda, quando em entrevista que concedeu à Radio
Renascença louvou a coerência do PCP que não sendo de índole católica se mostrou
contra a eutanásia. Vai merecidamente ganhar votos nas próximas eleições em
prejuízo dos adversários da morte serena e não provocada.
Nunca pensei que o 25 de
Abril fosse feito para feitos desta natureza, nem ver que um partido como o PSD
e o PS alguma vez tivessem tal ousadia de ter à sua frente peças deste quilate.
E muito menos ouvir de António Costa dizer que é em nome da liberdade que o PS
quer a eutanásia aprovada. Não devem ter todos os socialistas pelos ajustes,
mas é o seu chefe. No PSD também o Rio caminha para o mesmo charco, daí só o
PCP ser o ganhador. Por outras razões deixo de fora o CDS. Bem, o certo é que
em Leiria está a decorrer o centenário do nascimento do notável actor,
encenador e dramaturgo Miguel Franco, e teve início no dia 14 de Abril. Um
documentário biográfico foi exibido e no qual além da filha esteve presente
Raul Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria; marcado para o dia 12 de
Junho, está “0 Cerco”. Para 03 de Julho, “A Fuga”; a 10 de Julho, “O Rei das Berlengas”; no dia 17 de Julho, “ A Culpa”; no dia 24,
“Manhã Submersa” e no dia 28 “Vidas”. Aqui deixo o cardápio deste centenário
para louvar os leirienses notáveis e tantas vezes ignorados porque já deixaram
de fazer falta. Hei-de voltar ao tema lá mais para início ou fins de Agosto. O
Teatro José Lúcio da Silva é onde se desenrola toda a meia parte das
celebrações, mas depois outros espaços se vão abrir ao centenário.
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