domingo, 28 de fevereiro de 2016

"o PSD estará preparado para governar"

HUGO DELGADO/LUSA

Passos dispensa segurança, ganha menos e almoça a trabalhar
O ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho afirmou hoje que "o PSD estará preparado para governar". Recusou, no entanto, "antecipar condições de crise para o país"
e recusou "especular" sobre "qualquer solução que esteja relacionada com alguma crise que seja suscitada pelo facto de os partidos da maioria não se entenderam".
"O PSD estará preparado para governar quando for caso disso. Não vou estar a antecipar condições de crise para o país", afirmou Pedro Passos Coelho, em Viana do Castelo, no final de uma viagem num barco de pesca para conhecer os problemas de assoreamento da barra que afetam os pescadores locais.
"Não pondero nenhuma solução, nesta altura, que esteja relacionada com alguma crise que seja suscitada pelo facto de os partidos da maioria não se entenderam. A obrigação que eles têm é entenderem-se", sublinhou o agora líder da oposição.
"Os partidos que apoiam o Governo têm uma obrigação de criar condições de estabilidade para que o governo dure", acrescentou.
Instado a comentar a entrevista da candidata à liderança do CDS-PP, Assunção Cristas, ao jornal Público, na qual admitiu poder formar um governo PSD/CDS, com o apoio parlamentar do PS, mas sem António Costa, o presidente do PSD rejeitou fazer "qualquer especulação".
"Não faço nenhuma especulação sobre isso. O PS não quis nenhum entendimento connosco e acha que eu agora devo estar a perder tempo a especular sobre entendimentos, sobre quê? O PS não se entendeu connosco para coisa nenhuma, depois de termos pedido várias vezes ao PS para podermos chegar a um entendimento na Segurança Social, para o Orçamento do Estado, o PS nem quis falar no assunto. Portanto agora deve governar", frisou.
Quando questionado sobre se o PSD tem um 'plano B' em caso de crise política, Passos Coelho afirmou que a pergunta tem de ser feita ao PS.
"Qual é o 'plano B' do PS se o Bloco de Esquerda (BE) e o PCP faltarem com o apoio que foi prometido? O nosso plano é conhecido dos portugueses. Nós apresentámos um programa para governar. Não mudámos de programa passados quatro meses porque os problemas não são outros, poderão vir a ser mais graves daqui a uns meses se este Governo continua com esta onda de desfazer o que foi feito", sustentou.
Em Viana do Castelo, e antes da viagem de barco para conhecer as condições da barra com que são confrontados os pescadores, quando vão e vêm da faina, o presidente do PSD manteve uma reunião de trabalho na cooperativa de pescadores Viana Pesca com cerca de 700 empresas de pesca associadas. O encontro realizou-se à porta fechada.
Passos Coelho visitou os novos armazéns de aprestos, na zona portuária, um investimento de 2,2 milhões de euros, recentemente inaugurados pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.
O programa da visita à capital do Alto Minho termina com uma sessão com militantes para apresentação da candidatura à liderança do PSD, igualmente sem a participação da comunicação social.
 Fonte: Diário de Noticias

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