Passos dispensa segurança, ganha menos e almoça a
trabalhar
O ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho afirmou
hoje que "o PSD estará preparado para governar". Recusou, no entanto,
"antecipar condições de crise para o país"
e
recusou "especular" sobre "qualquer solução que esteja
relacionada com alguma crise que seja suscitada pelo facto de os partidos da
maioria não se entenderam".
"O
PSD estará preparado para governar quando for caso disso. Não vou estar a
antecipar condições de crise para o país", afirmou Pedro Passos Coelho, em
Viana do Castelo, no final de uma viagem num barco de pesca para conhecer os
problemas de assoreamento da barra que afetam os pescadores locais.
"Não
pondero nenhuma solução, nesta altura, que esteja relacionada com alguma crise
que seja suscitada pelo facto de os partidos da maioria não se entenderam. A
obrigação que eles têm é entenderem-se", sublinhou o agora líder da
oposição.
"Os
partidos que apoiam o Governo têm uma obrigação de criar condições de
estabilidade para que o governo dure", acrescentou.
Instado
a comentar a entrevista da candidata à liderança do CDS-PP, Assunção Cristas,
ao jornal Público, na qual admitiu poder formar um governo PSD/CDS, com o apoio
parlamentar do PS, mas sem António Costa, o presidente do PSD rejeitou fazer
"qualquer especulação".
"Não
faço nenhuma especulação sobre isso. O PS não quis nenhum entendimento connosco
e acha que eu agora devo estar a perder tempo a especular sobre entendimentos,
sobre quê? O PS não se entendeu connosco para coisa nenhuma, depois de termos
pedido várias vezes ao PS para podermos chegar a um entendimento na Segurança
Social, para o Orçamento do Estado, o PS nem quis falar no assunto. Portanto
agora deve governar", frisou.
Quando
questionado sobre se o PSD tem um 'plano B' em caso de crise política, Passos
Coelho afirmou que a pergunta tem de ser feita ao PS.
"Qual
é o 'plano B' do PS se o Bloco de Esquerda (BE) e o PCP faltarem com o apoio
que foi prometido? O nosso plano é conhecido dos portugueses. Nós apresentámos
um programa para governar. Não mudámos de programa passados quatro meses porque
os problemas não são outros, poderão vir a ser mais graves daqui a uns meses se
este Governo continua com esta onda de desfazer o que foi feito",
sustentou.
Em
Viana do Castelo, e antes da viagem de barco para conhecer as condições da
barra com que são confrontados os pescadores, quando vão e vêm da faina, o
presidente do PSD manteve uma reunião de trabalho na cooperativa de pescadores
Viana Pesca com cerca de 700 empresas de pesca associadas. O encontro
realizou-se à porta fechada.
Passos
Coelho visitou os novos armazéns de aprestos, na zona portuária, um
investimento de 2,2 milhões de euros, recentemente inaugurados pela ministra do
Mar, Ana Paula Vitorino.
O
programa da visita à capital do Alto Minho termina com uma sessão com
militantes para apresentação da candidatura à liderança do PSD, igualmente sem
a participação da comunicação social.
Fonte: Diário de Noticias
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