(Adriano Moreira)
É um livro de memórias. Sereno e
culto. Das imagens da infância na sua aldeia natal de Trás-os-Montes, Adriano
Moreira passa pela sua mocidade, pelos anos da sua formação e da Academia.
Rememora os tempos de África com a lucidez que se lhe reconhece, descrevendo
episódios e facetas. E como todas as biografias, encaminha-se para o Outono da
vida num repente.
A trama genialmente urdida nesta
história, desenvolve-se em torno do destino do seu protagonista.
Entregue ainda de peito, por sua
mãe que definhava da doença, a uma sua tia, Silvestre passa na pequena aldeia
da Peneda, localizada entre o Marão e o Alvão, uma infância de brutal pobreza.
As condições de miséria da
família, descritas de forma sublimada nos primeiros dois capítulos, forçam os
tios, passados oito anos, a entregá-lo, depois de uma despedida confrangedora,
a um casal de Lamego (o sr. Xando e a D. Guida), na condição de o tratarem como
se fosse filho.
O pequeno Silvestre, depois de um
período requintado, passa por novas adversidades até que, finalmente, acaba por
se fixar em Chaves. Não foram rosas a sua vida em Chaves, mas foi onde
encontrou a felicidade.
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