sábado, 19 de janeiro de 2013

A serigaita Maria de Lurdes Rodrigues


 

Ouvi-la nos tempos de antena que lhe são proporcionados e concedidos, não deixa, a quem acompanhou as suas decisões, nos dois mandatos jacobinos dos “socialistas” comandados por José Sócrates, de causar algum asco.
Com aquela vozinha melosa, a arrastar, e estridentes risinhos de rapariguinha, debita sentenças do alto da cátedra como comentadora, olvidando os tempos de ministra.
Num dos seus últimos comentários, apropriava-se da palavra de outro para sentenciar três pontos: 1- No Relatório do FMI foi mobilizada informação que interessava; 2 – Existe uma grande percentagem de alunos a abandonar o ensino secundário (se a memória não nos falha, apontava para 20%); 3 – Existe um grande mal-estar entre os mais qualificados (se não estamos em erro, referia-se aos que estão a emigrar. É que o asco de a ouvir é tanto que não prestámos a devida atenção). E poderíamos ir por aí fora, apontado dezenas de situações a que a senhora agora se presta a criticar, mas que foi ela que as patrocinou.
No período patife em que esta senhora foi governante (ministra da educação) as situações de injustiça foram tantas, que só a História as poderá julgar. E para ela não ficarão impunes.
Se hoje os alunos do ensino secundário se estão “marimbando” para os estudos, isso deve-se exclusivamente à política que esta senhora implementou enquanto ministra da educação (apoiada, ao contrário do que uma grande maioria julga, por determinado sindicato). O rol é enorme para aqui ser abordado. Mas há essências que se podem sintetizar. Foi esta senhora e a política dos governos a que pertenceu que levaram a isto. Não se lembra esta senhora do sistema escabroso que tentou implementar com os denominados professores titulares? Onde os mais qualificados foram preteridos pelos seus contrários? Como é que os alunos poderiam olhar para o estudo com seriedade se verificavam que as qualificações de nada lhes serviam?
Não se lembra esta senhora da entrevista que deu ao Jornal de Noticias onde afirmava que os professores (referindo-se aos dos ensinos básico e secundário) eram uns privilegiados? Como é que os alunos poderiam olhar de bom grado os seus mestres?
Não se lembra esta senhora que foi no seu mandato que se congelaram os vencimentos dos mais qualificados? Como é que os alunos poderiam almejar a profissão dos mestres?E Porque aborda agora, esta serigaita, a questão das progressões automáticas?
Não se lembra esta senhora de ter promovido uma “lei”, promulgada pela sua sucessora em 2010, onde, na avaliação docente, os mais qualificados são tratados como lixo?
Não sendo a promotora original, não se lembra esta senhora de ter contribuído para a inflação das classificações dos alunos?
Como é que agora esta serigaita tem a coragem de criticar as politicas sufragadas pelo governo actual? Porque não tem vergonha alguma. Se tivesse, fazia o que faz a sua sucessora – calava-se. Mas nós sabemos porque se não cala. Esperemos que o tempo abrande. Nessa altura dir-lhe-emos que se cale.
Quanto à questão do Relatório do FMI nem vamos perder tempo com gente que teve como secretário de estado alguém que afirmou algo como isto: “ … aqueles que se não adaptarem serão trucidados”. Mais terrorismo do que isto (numa sociedade que se pretende democrática), não conhecemos. Quanto ao outro, um tal de Walter, nem é bom falar. Há-de vir o tempo …
Viveu-se, como se diz n’O Leopardo de Lampedusa, uma realidade movediça a que os mais qualificados se tentavam adaptar (sem condições) “tal como as algas se vergam sob os empurrões do mar” (36). Ou seja, um período medíocre, onde não se tinha em conta a honestidade, a decência e a educação (por isso fomos lançados na bancarrota por esse tipo de gente).
Hoje estão os mais qualificados a pagar a política execrável promovida por esta senhora e pelo cavalheiro José Sócrates. Que o actual governo não corrige porque não pode, ou não tem coragem (porque não tem dinheiro) por causa dos sindicatos, ou não quer.

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