Por: Costa Pereira
O pouco tempo que me demorei em
Maputo não deu para fixar o nome de muitos sítios que visitei e me mereceram
apreço ou curiosidade. Dos que consegui trazer imagens me sirvo agora para
reviver aqueles momentos ávidos que um primeiro contacto visual com tudo quanto
é novidade nos provoca. O Jardim dos
Cronistas foi como noutro artigo já relatei aqui um dos sítios da cidade
que mais mexeu com a minha sensibilidade por no mural dos patrocinadores
deparar com a construtora Soares da
Costa entre os mais destacados. São assim os portugueses: quando fora da
sua terra, mais testemunho dão da sua raça e origem!
Ali cheguei, partindo da Rua Luís
Pasteur (Igreja de Sto. António da Polana) pelas Av. Armando Tivane, Rua. João
de Barros, Rua António Bocarro e Rua Daniel Napatima para chegado à Rua Rui de
Pina entrar no dito espaço de lazer. Como em muitos outros lugares públicos da
cidade também ali me desagradou ver a falta de zelo e asseio que rouba ao local
a dignidade merecida e contraria o sentido com que esses espaços foram criados.
O que foi um lago com água limpa e
encanto de crianças e adultos é hoje depósito de lixo e logro para os miúdos
cair ou os mais velhos tropeçar nas bordas. Apostar no embelezamento dos
espaços públicos é uma das formas melhores de agradar ao eleitor, mas de
maneira especial a quem em turismo visita esses locais. Tanto lá, como cá.
Feita a visita ao Jardim dos
Cronistas, outro espaço convidativo de Maputo estava no roteiro para esse dia;
de modo que agora, em sentido inverso, deixando a Rua Rui de Pina voltamos pela
Rua Daniel Napatina, Rua Azurara, Rua João de Barros e Av. Armando Tivane para
aqui dar entrada no recinto da Feira do
Artesanato. Um espaço relativamente melhor cuidado e zelado, certamente com
a colaboração dos expositores e concessionários do ramo de restauração ali
patentes.
No tronco desta arvore tombado do
lado oposto a uma das fileiras de bancadas onde se vende, e muitos artesãos
fazem, peças do artesanato tradicional, aproveitei eu para me sentar enquanto
aguardava a hora de jantar, pois que nesse dia calhou num restaurante da feira.
Além do ambiente acolhedor e do
contacto com a arte empírica do povo moçambicano também o labor das espécies
inferiores ali me despertou uma certa
curiosidade e gosto em observar; tudo derivado a uma pequena lagartixa
que, com outras, no cepo carcomido vi uma mosca tragar; o que me levou a tirar,
de mais próximo, uma foto ao pequeno reptil. E do trabalho que as formigas africanas
fazem, tirar esta conclusão: são o oposto em relação a muito boa gente que por
esse mundo fora governa as sociedades, minam, minam, mas não se vê obra.
Ora vejam se não é verdade, e se não
parece obra das toupeiras europeias, que minam por tudo quanto seja coisa
fértil. Também desconfio da escolha feita por estas lagartixas para se resguardarem. Não será que
na falta de moscas são as formigas que servem de petisco? Cabe aos biólogos
esclarecer
O momento de abancar à mesa de um
restaurante da Feira do Artesanato chegou, mas antes disso subi a este
reservado - a leitura e atividades culturais - para tirar uma foto de
recordação da minha visita a um dos sítios de interesse turístico que aconselho
a quem visitar Maputo.
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