sábado, 10 de novembro de 2012

Visitar Maputo



     Por: Costa Pereira




          O pouco tempo que me demorei em Maputo não deu para fixar o nome de muitos sítios que visitei e me mereceram apreço ou curiosidade. Dos que consegui trazer imagens me sirvo agora para reviver aqueles momentos ávidos que um primeiro contacto visual com tudo quanto é novidade nos provoca. O Jardim dos Cronistas foi como noutro artigo já relatei aqui um dos sítios da cidade que mais mexeu com a minha sensibilidade por no mural dos patrocinadores deparar com a construtora Soares da Costa entre os mais destacados. São assim os portugueses: quando fora da sua terra, mais testemunho dão da sua raça e origem!



          Ali cheguei, partindo da Rua Luís Pasteur (Igreja de Sto. António da Polana) pelas Av. Armando Tivane, Rua. João de Barros, Rua António Bocarro e Rua Daniel Napatima para chegado à Rua Rui de Pina entrar no dito espaço de lazer. Como em muitos outros lugares públicos da cidade também ali me desagradou ver a falta de zelo e asseio que rouba ao local a dignidade merecida e contraria o sentido com que esses espaços foram criados.



         O que foi um lago com água limpa e encanto de crianças e adultos é hoje depósito de lixo e logro para os miúdos cair ou os mais velhos tropeçar nas bordas. Apostar no embelezamento dos espaços públicos é uma das formas melhores de agradar ao eleitor, mas de maneira especial a quem em turismo visita esses locais. Tanto lá, como cá.



          Feita a visita ao Jardim dos Cronistas, outro espaço convidativo de Maputo estava no roteiro para esse dia; de modo que agora, em sentido inverso, deixando a Rua Rui de Pina voltamos pela Rua Daniel Napatina, Rua Azurara, Rua João de Barros e Av. Armando Tivane para aqui dar entrada no recinto da Feira do Artesanato. Um espaço relativamente melhor cuidado e zelado, certamente com a colaboração dos expositores e concessionários do ramo de restauração ali patentes.



          No tronco desta arvore tombado do lado oposto a uma das fileiras de bancadas onde se vende, e muitos artesãos fazem, peças do artesanato tradicional, aproveitei eu para me sentar enquanto aguardava a hora de jantar, pois que nesse dia calhou num restaurante da feira.



          Além do ambiente acolhedor e do contacto com a arte empírica do povo moçambicano também o labor das espécies inferiores ali me despertou uma certa  curiosidade e gosto em observar; tudo derivado a uma pequena lagartixa que, com outras, no cepo carcomido vi uma mosca tragar; o que me levou a tirar, de mais próximo, uma foto ao pequeno reptil. E do trabalho que as formigas africanas fazem, tirar esta conclusão: são o oposto em relação a muito boa gente que por esse mundo fora governa as sociedades, minam, minam, mas não se vê obra.




          Ora vejam se não é verdade, e se não parece obra das toupeiras europeias, que minam por tudo quanto seja coisa fértil. Também desconfio da escolha feita por estas  lagartixas para se resguardarem. Não será que na falta de moscas são as formigas que servem de petisco? Cabe aos biólogos esclarecer



          O momento de abancar à mesa de um restaurante da Feira do Artesanato chegou, mas antes disso subi a este reservado - a leitura e atividades culturais - para tirar uma foto de recordação da minha visita a um dos sítios de interesse turístico que aconselho a  quem visitar Maputo.
 
 
 
 

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