sábado, 10 de novembro de 2012

Cantinas sociais financiadas pelo Governo - As declarações de Isabel Jonet - Revista do Público sobre a China


 

 
 
 
Observar o quadro ao lado, publicado pelo jornal Público (5-11-XII), é pensar num país atingido por um grande cataclismo, ou a braços com uma guerra de alta destruição. Foi a isto que nos trouxe a bancarrota. A um conjunto de cantinas sociais que o actual Governo financia para os mais necessitados.
Contratos acordados com instituições sociais como as Misericórdias, permitem que ao custo de 2,5 euros a refeição, o Governo consiga manter mais de 500 refeitórios de instituições de solidariedade social e misericórdias, por todo o território nacional. Prevendo-se que até Dezembro, entrarão nesta rede mais 100 cantinas.

 
 
 
 
 
 





Isabel Jonet cuja participação no Banco Alimentar ao longo de vinte anos é notável e meritória, pertence a uma elite que consentiu que o país fosse conduzido ao desastre a que chegou. E as suas desastrosas declarações na SIC Noticias assim o confirmam. Isabel optou por uma narrativa perigosa que incide na responsabilidade individual das pessoas, omitindo todas as outras – as fundamentais. Colocando sobre os ombros do cidadão comum a culpa que pertence a outros; à elite a que ela pertence. Porque não foi o cidadão comum que negociou as PPP, que nacionalizou o BPN (vai custar ao contribuinte cerca de 7 mil milhões!); que incentivou o crédito, que mentiu sobre as formações, etc.
 

 
CHINA - A Grande muralha

 
A Revista d’O jornal Público do último fim-de-semana, traz transcrita uma reportagem extensa sobre a China, assinada por Paulo Moura. Foi do melhor que lemos sobre o assunto. Relata a revolta dos camponeses em 1993, liderada por Wang Xiangdong, que alerta o partido comunista chinês para a enorme corrupção local. Tema aflorado no livro de Chen Guidi e Wu Chintao, A Vida dos Camponeses da China (2003), que vendeu 7 milhões de exemplares.


Wang Xiangdong
Com clareza transcreve passagens extraordinárias sobre as viagens em autocarro pelas vias que ligam as principais cidades. Humanamente degradantes. São ainda abordados magistralmente, temas sobre as grandes cidades, as mais populosas (e ricas) do mundo (30 milhões de habitantes), os empregos, os suicídios (para chamar a atenção), as grandes empresas (as maiores do mundo), e sobre a maior migração da Humanidade concretizada nestes últimos vinte anos (250 milhões de pessoas), como o fazem as personagens de Terra Bendita (Terra Abençoada em algumas traduções) da prémio Nobel americana Pearl S. Buck, um livro que deslumbra.
 

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