Virgilio Gomes |
Praia de Pedrógão
Quinta, 30 Agosto 2012
16:08
Há surpresas que sabem bem.
Desafiado, pelo meu Amigo Gonçalo dos Reis Torgal, para almoçar e comer uma
cabeça de peixe, eis-me ao volante a caminho da Praia de Pedrógão, local que
não me lembro de alguma vez ter visitado. Saído de Lisboa até à Marinha Grande,
depois Vieira de Leiria mais uns quilómetros e estamos na Praia de Pedrógão.
Como tenho o hábito de chegar antes da hora marcada, tive tempo de ir à praia e
ver a arrumação e reparação das redes de pesca, e facilmente perceber que
aquele local terá sido inicialmente um bairro piscatório e desde meados do
século passado, transformado num local de veraneantes e mesmo um local de
residências secundárias. Há registos de centro piscatório desde o século XIX.
Aquilino Ribeiro notabiliza este local no seu livro, que iniciou a escrever em
1922, “A Batalha sem Fim”. Como o dia estava ventoso, e bandeira vermelha,
fez-me lembrar as primeiras praias que conheci, Leça da Palmeira e Póvoa de
Varzim. E o dia estava parecido como muitos daquelas praias para as quais se
levava sempre um agasalho pois quando não havia nortada de manhã, decerto que
havia à tarde
Para saber mais:
Quinta, 16 Agosto 2012
16:37
Todos nós iniciámos a nossa
relação com o chocolate de forma emocional. O chocolate significaria um
presente, um doce, um prémio, um aconchego, ou até uma solução para contrariar
a tristeza.
O chocolate, enquanto
produto que hoje consumimos, passou por uma evolução muito grande. Há registos,
recentemente descobertos, que indiciam a sua utilização há mais de três mil
anos. Supõe-se que a sua utilização remonta às civilizações pré-colombianas da
América Central e, basicamente, resulta da amêndoa do cacau depois de
fermentada e torrada. Apesar de se popularizar, os primitivos utilizavam o
chocolate como uma bebida amarga e quente. Era, no entanto, reservado inicialmente
à nobreza e, posteriormente, às camadas superiores daquelas civilizações. Era
também objeto de oferenda aos deuses. Notícias da civilização maia, sabemos que
era uma bebida amarga chamada de xocoatl, que terá dado o nome de chocolate que
os espanhóis divulgaram. Os maias já lhe juntavam baunilha e pimenta, e
atribuíam-lhe qualidades de estimulante ou revigorante, e funcionava como
afrodisíaco. A sua função continuava a ser especialmente para fins cerimoniais
de dedicação aos deuses e também, pelo seu elitismo, funcionava como moeda de
referência para trocas, até para aquisição de escravos.
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