segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Jornadas Europeias do Património - O Futuro e a memória - MUSEU DO DOURO - Set/Out

 
 

Jornadas Europeias do Património 29 e 30 de Setembro – "Património Natural e Cultural no Nordeste"

O preço para a totalidade do programa (excluindo pequeno almoço) é de 90€ para adultos e 80€ para crianças até 12 anos de idade.
O programa inicia-se no Pocinho à hora de chegada e partida dos comboios da linha do Douro. Pretende-se que seja um incentivo à utilização desta linha, viagem que é já de si uma experiência memorável de articulação entre o património natural e cultural duriense.
A organização é do ICNF/Parque Natural do Douro Internacional, Direção Regional de Cultura do Norte, Fundação Côa Parque e Associação Territórios do Côa.

Jornadas Europeias do Património 2012, o Futuro da Memória.

O património natural e cultural dos vales do Águeda, Côa e Douro Internacional foi, nos últimos anos, objeto de ações de conservação e valorização que permitem hoje a sua fruição, através de diversos itinerários pelo território.
As várias entidades que tutelam a conservação e a valorização da natureza e do património edificado e arqueológico na região, em articulação com a Territórios do Côa, os municípios e diversas associações de âmbito regional, propõem, nas Jornadas Europeias do Património 2012, um itinerário em que se articula um parque natural e vários monumentos arquitetónicos, um museu de arte, sítios arqueológicos e uma aldeia histórica, procurando trazer as mais antigas memórias dos monumentos, dos sítios e dos parques para o presente e futuro da região, promovendo a sua fruição patrimonial, cultural e turística.

(+ 351) 279768260
 


Museu do Douro
Programação | Setembro – Outubro 2012





programa de exposições
Exposição de Fotografia «O Douro» de Georges Dussaud»
7 Setembro – 7 Outubro | Museu Diocesano de Lamego
Organizada pelo Museu do Douro em parceria com a Liga dos Amigos Douro Património Mundial, no âmbito do 10º aniversário da classificação do Douro pela UNESCO, a exposição reúne 63 fotografias a preto e branco, da autoria do fotógrafo francês Georges Dussaud.
Este trabalho fotográfico, iniciado em abril de 1985, capta não só o Douro das «paisagens vertiginosas» mas os rostos de quem a trabalha, de quem deixou a sua marca nas palavras ou no vinho, como é o caso de Miguel Torga ou José António Rosas.
A exposição estará patente até ao dia 7 de outubro, aberta ao público de Terça-feira a Domingo, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00.
Exposição «Viagem ao Douro por Joaquim Lopes -os painéis da Casa do Douro»
7 – 30 Setembro | Teatro Ribeiro Conceição, Lamego
Exposição estruturada em torno dos painéis decorativos da Casa do Douro que constituem uma viagem pelo rio Douro e o ciclo do vinho do Porto, desde o douro vinhateiro até aos entrepostos de Porto e Gaia. Esta viagem foi proposta por Joaquim Lopes para o pavilhão da CD na I Exposição Colonial Portuguesa, de 1934.
Estes painéis foram alvo de uma intervenção profunda de restauro, levada a cabo pelos Serviços de Museologia do Museu do Douro em 2009, que permitiu uma nova leitura das cores e das formas, que muito valoriza este conjunto, raro por se tratar de uma arte efémera de grande qualidade.
A exposição estará patente até ao dia 30 de setembro, aberta ao público de Terça-feira a Domingo, das 13h00 às 19h00.
Exposição de Armanda Passos «Obra Gráfica»
22 Setembro – 31 Dezembro | Sala de exposições temporárias -Museu do Douro; Peso da Régua
Exposição organizada em 2011 no âmbito do centenário da Universidade do Porto, onde se reuniu a totalidade da obra de impressão gráfica sobre papel realizada por Armanda Passos desde os tempos de estudante na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP), até à década de 90. Esta mostra foi já apresentada no Núcleo de Arte Contemporânea do Museu Municipal João de Castilho, em Tomar.
A sua exibição no Museu do Douro reveste-se de um grande carácter simbólico uma vez que se trata da terra natal da Artista. Aqui serão apresentadas matrizes e serigrafias que permitirão conhecer a criatividade do processo serigráfico, executado pela própria artista, que desenvolveu «um processo de trabalho muito pessoal perfeitamente adequado ao seu temperamento, à grande margem de improviso em que evolui e ao resultado final de superfícies muito ricas de texturas e matizes preciosos», como descreve Nuno Barreto, que foi seu professor, num depoimento escrito em 1980.
A obra apresentada, como refere a Prof. Leonor Soares, exibe o«universo simbólico particular de Armanda Passos» que «exige ao observador uma redefinição, inevitavelmente perturbadora, de intimidade. Recusando os encadeamentos de uma lógica comum, as imagens vêm o observador reconhecer-se em imprevistas codificações. O alargamento do campo percetivo pulveriza convicções, desmantela normas e multiplica as possibilidades de interpretação e compreensão de si mesmo.»
Nascida em Peso da Régua em 1944, Armanda Passos licenciou-se em Artes Plásticas pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto, onde foi monitora de Gravura entre 1977 e 1979.
Expõe desde 1976. Vive e trabalha no Porto, sendo agraciada pela sua obra, nomeadamente pelo Presidente da República com a Comenda da Ordem de Mérito em 2012. Tem participado em inúmeras exposições nacionais e internacionais e vários dos seus trabalhos integram coleções de prestigiadas instituições públicas como a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Oriente, a Fundação de Serralves, a Fundação Champalimaud, a Fundação Casa de Mateus, o Ministério da Cultura, o Museu da FBAUP ou a Reitoria da U. Porto e relevantes coleções privadas.
VI Bienal Internacional de Gravura do Douro – Exposição/Homenagem a David de Almeida
Até 30 Setembro | Galeria Ramos Pinto – Museu do Douro, Peso da Régua
Em parceria com a Bienal da Gravura do Douro, o Museu do Douro promove no seu espaço uma exposição de homenagem ao artista conceituado David de Almeida. Esta exposição com cerca de 30 peças deste mestre da arte contemporânea apresenta uma linguagem depurada e simples, evocativa da pureza e contemplação das formas e materiais.
David de Almeida é o mais importante artista gravador português vivo e tem recebido os mais prestigiados prémios. Com um percurso longo, aquém e além- fronteiras, é com paixão que, para além da pintura e escultura, continua a investir o seu talento na arte ancestral da gravura. Consciente da história das técnicas que emprega e da história da humanidade, integra na sua obra traços ancestrais e míticos.
Exposição de Desenhos de Álvaro Siza «Esquissos do Douro» - Desenha´12
6 Outubro – 4 Novembro | Galeria Ramos Pinto –Museu do Douro, Peso da Régua
Esta mostra insere-se na Trienal Movimento Desenho 2012 e conta com o apoio da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, a qual cede os esquissos sobre o Douro do conceituado Arq. Álvaro Siza Vieira. A exposição, que recebe o nome de Esquissos do Douro, resulta do trabalho desenvolvido no decurso de uma viagem que o mais internacional e conhecido arquiteto português fez pelo Douro, em contacto com as famosas encostas alcantiladas edificadas por três séculos de paixão e preenchidas de vinha, que deslizam para as águas do rio Douro.
Exposição «Dona Antónia, uma vida singular»
Até 14 Outubro | Museu do Douro, Peso da Régua
D. Antónia Adelaide Ferreira é ainda hoje um símbolo da iniciativa, da perseverança e da luta individual em defesa de um bem coletivo, o Douro e a Região Vinhateira. O amor que tão devotamente dedicou à terra manifesta-se em toda a sua obra, que perdura até aos nossos dias.
A exposição «Dona Antónia, uma vida singular» evoca o percurso de vida e obra de Dona Antónia, mulher singular no seu tempo, porque única e independente, as relações entre a família e a empresa no contexto da viticultura duriense e do comércio do vinho do Porto. A sua ação centrou-se essencialmente no campo da prática económica, aparentemente pouco interessada em deter qualquer protagonismo político. Proprietária, gestora de várias quintas que herdou e comprou, atenta a todas às iniciativas económicas que pudessem sustentar a empresa - Companhia Agrícola e Comercial dos Vinhos do Porto -, Dona Antónia procurou acima de tudo impor a qualidade do vinho do Porto – um vinho generoso ao paladar e cheio de espírito-, e foi esse um dos grandes objetivos da sua vida.
A sua vida como mulher pautou-se pelo desejo de ser e esforço de existir como ser humano, como filha, como mulher, como mãe, como empresária. O seu percurso rompeu com o mito do «eterno feminino», entendido como ligado à beleza, ao erotismo e sensualidade, frágil e dependente do sexo oposto, transformando-se ela própria no mito e símbolo da força do Douro, na forma como viveu no seu tempo, numa época de profunda crise e de mudanças decisivas..
Símbolo do empreendorismo, mas também do altruísmo e da generosidade. Ao destacarmos a faceta filantrópica e humanitária de Dona Antónia, não podemos deixar de referenciar uma frase interessante dita pela própria: «cada um na sua terra deve fazer tudo que seja para bem da humanidade»(1855). A sua ação não se limitou apenas à solidariedade social, foi mais longe. Dona Antónia contribuiu para o reforço económico da empresa que dirigiu e consequentemente para a riqueza do País, da Região onde viveu e onde criou oportunidades, para si, para a sua família, mas também para todos aqueles que com ela trabalharam.
A Região Vinhateira e aqueles que a fizeram, que partilharam da mesma afeição intensa pela vinha, que fizeram do Douro o grande amor e talvez a maior paixão das suas vidas, são dignos deste gesto e de muito mais. Assim saibamos honrar quem traz na voz e na alma a terra e o rio, Douro - sem dúvida, uma das mais belas lições de vida com que qualquer pessoa se pode confrontar.
A exposição ficará patente ao público até 14 de outubro de 2012.
Exposição «Imagens do vinho do Porto: Rótulos e Cartazes»
Até 26 Outubro | Reitoria da Universidade do Porto
Numa época em que o marketing e a comunicação reforçam a sua importância na consolidação de complexas estratégias institucionais, empresariais ou sociais, o Museu do Douro aproveita a sua relação particular com o sector empresarial dos vinhos do Douro e Porto para, através de uma revisitação de diversos rótulos de vinho do Porto, difundir múltiplas formas e conteúdos criativos produzidos.
A exposição, que agora está patente na Reitoria da Universidade do Porto, pretende elucidar o visitante sobre a importância da embalagem, marca e cartaz do vinho do Porto, contextualizando emocionalmente o consumo, mas também despertá-lo para a necessidade de uma linha que caracterize a imagem genérica do vinho do Porto e lhe dê identidade enquanto produto, facilitando assim a sua comunicação.
A exposição está aberta ao público de Terça-feira a Sexta-feira.
Exposição «Coleção de Retratos da Santa Casa da Misericórdia da Régua»
Dezembro | Sala de exposições temporárias - Museu do Douro; Peso da Régua
No seguimento da incorporação no Museu do Douro, a título de depósito, de uma parte da coleção de pintura da Santa Casa da Misericórdia de Peso da Régua (SCMPR), e da parceria feita com a instituição para a sua recuperação foi feito um estudo historiográfico e artístico da mesma e uma intervenção de conservação e restauro. A coleção é composta por onze retratos a óleo sobre tela de benfeitores da SCMPR, datados de finais do século XIX e das duas primeiras décadas do século XX, da autoria de Afonso Soares, Marques de Oliveira e Francisco Resende.
Exposição «As Pontes do Rio Douro»
Dezembro | Ordem dos Engenheiros, Porto
A relevância técnica, patrimonial e humana deste conjunto de obras de arte, construídas ao longo de dois séculos e projetadas, na sua maioria, por prestigiados engenheiros portugueses, é referida nesta exposição, ao mesmo tempo que procura chamar a atenção para o desafio que hoje se coloca sobre a proteção e a gestão do património numa época de marcada globalização económica e cultural, de profundas transformações sociais e de mudança de paradigmas.
Na nota introdutória de Fernando Seara, Diretor do Museu do Douro, pode ler-se:
“Quando o homem, ao ver um tronco que flutuava no rio, um dia se lembrou de com ele fazer uma ponte, talvez a ideia primordial fosse a da aproximação ao outro, a exploração do espaço vizinho, ou talvez quem sabe, apenas a vontade de conhecer e conquistar, tão cateterístico do ser humano. Foi contudo uma ideia brilhante, pois já continha nela a transposição de obstáculos à comunicação.
Esta exposição para além de nos dar a conhecer as pontes, que unem as margens do Rio Douro é uma mostra de obras de arte e uma estreita ligação do Museu do Douro à Ordem dos Engenheiros.
Hoje, mas com um olhar no futuro, é fundamental construir pontes que liguem e unam as pessoas, as instituições, os lugares e os países e fundamentalmente que nos aproximem ao outro.”
Na continuidade da sua afirmação como uma ponte entre passado e futuro, com uma nova valorização e vivificação da génese da intervenção humana sobre os lugares de um território e a aproximação e conhecimento do outro, em que o rio Douro transforma-se numa presença e experiência estética, num recurso de produção do imaginário onde navegam os barcos e onde se reflete a paisagem dos socalcos, Carlos Matias Ramos, Bastonário da Ordem dos Engenheiros acrescenta o seguinte:
“A Ordem dos Engenheiros e a Fundação Museu do Douro encontraram nas pontes que ao longo dos tempos foram sendo projetadas e erguidas pelo rio Douro um motivo de encontro para, em parceria, darem vida à exposição Pontes do Rio Douro.
São dezoito obras de arte que incorporam este trabalho, com texto e coordenação do Eng. António Vasconcelos, autor do livro As Pontes dos Rios Douro e Tejo, editado pela Ordem e fonte de inspiração para este projeto.
No ano em que a Ordem dos Engenheiros comemora 75 anos ao serviço da Engenharia e do País, esta é também uma expressão de reconhecimento pela qualidade técnica superlativa dos muitos Engenheiros Portugueses que têm, através do seu saber, ultrapassado as barreiras físicas impostas pela natureza com vista à criação de condições mais ajustáveis às necessidades e dimensão do Homem.
A presente exposição exalta o domínio da técnica por parte do homem, mas igualmente a beleza e a imponência de um Rio que este Museu nunca se cansará de evidenciar.”
Exposição Permanente«Memória da Terra do Vinho»
Área de Exposições (Antigo Armazém 43) | Museu do Douro, Peso da Régua
A poucos metros, do edifício sede do Museu do Douro, encontra-se outro lugar de «Memória da Terra do Vinho», que dá nome à exposição permanente do Museu do Douro e que está instalada no Armazém 43, antigo armazém da Quinta da Ameixoeira, antiga propriedade de D. Antónia Adelaide Ferreira, na cidade de Peso da Régua. Esta mostra assume-se como um espaço de representação da Região Demarcada do Douro e da cultura da Vinha e do Vinho, elemento essencial da sua identidade. Através de vários núcleos – o território, o rio, a vinha, o vinho, do Douro para o mundo e as instituições, a exposição mostra as condições principais que definiram a região: a atividade vinícola, a construção da paisagem, o percurso da produção de vinhos de excelência, o relevo, a fauna e flora, os rabelos, as quintas seculares, o património histórico, a tradição da vindima, os utensílios, e as imagens das grandes marcas de vinho do Porto. Aconselhamos a não perder também, os documentários “Viagem ao Coração do Douro”, de João Botelho, e o “Ciclo da Vinha”, de Vítor Bilhete.
De "Jornal do Norte" para "Tempo Caminhado"

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