Zé Manuel (Faragata) |
Cinzelados pelos ventos cieiros,
Com traços firmes e vincados,
São em um, as pedras e os rostos
carcereiros
Que conferem na pele as agruras dos
tempos.
É nessas cartas gravadas,
Que ziguezagueiam rotas dilatadas,
Onde fervilham as vidas da enxada e do
arado,
A par com o sabor da água do mar
salgado.
Rasgados por pés gastos e gretados
como a terra,
Fustigados por ondas de quimeras em
espuma,
Que uma a uma, num vai e vem, como
quem serra,
Se desfazem em sonhos de coisa
nenhuma.
J.F.
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