JORGE LAGE
Memórias de Guerra em
livro, «Os Galgos do Niassa», em Lisboa – É um livro de Carvalho de Moura e a chancela da
editora «Cidade Berço», de Guimarães e que tem dado voz a muitos que não têm
voz. A capa tem a fotografia do autor com o uniforme de alferes, na década de
sessenta, do século passado e como título: «Os Galgos do Niassa». O subtítulo
reza: «Apontamentos da minha Comissão na guerra colonial», «Out/1967 –
Dez/1969». As crónicas desta obra escreveu-as Carvalho de Moura, como
combatente e alferes miliciano, para o jornal Notícias do Barroso.

Têm como
tema central a maior tragédia lusa numa década de guerra e ocorreu em
Moçambique, por excesso de carga, no rio Zambeze, quando o batelão, fazia a
travessia de Chupanga (Marromeu – Sofala) para Mopeia (Zambézia), a 21 de Junho
de 1969, onde morreram afogados 101 militares e alguma tripulação. Os irmãos Campira
resgataram das águas um terço dos náufragos com vida. Quantos lhe terão
agradecido? E a Nação agradeceu-lhe? Mas. a mesa de honra da apresentação,
desta obra, foi composta por Armando Palavras (apresentador), Barroso da Fonte,
Hirondino Isaías (Presidente da Casa Regional) e Carvalho de Moura. O autor do
livro, «Os Galgos do Niassa», agradeceu à Direcção, manifestando o regozijo de estar
a apresentar a obra na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa (CTMADL),
tanto mais por o evento ser próximo do 25 de Abril (23/04/2025). Agradeceu ao
Presidente Hirondino Isaías e a Armando Palavras a disponibilidade para
apresentar a obra. Recordou os seus três soldados mortos em combate e o ele ter
regressado vivo agradeceu-o ao facto de a sua Mãe rezar todos os dias três
responsos a Santo António para que voltasse são e salvo. Por ter tido a missão
de retirar do rio os cadáveres dos militares mortos, marcou-o para sempre, com
grandes repercussões psicológicas. Deixou de ser uma pessoa alegre, isolou-se
até dos pais.
«Não há um único dia que não veja os corpos
daqueles jovens mortos». Este livro lavrou-o com dois objectivos: «relembrar a
maior tragédia de toda a guerra colonial», e «enaltecer a coragem, a ousadia e
a determinação dos militares desta guerra». O Correio da Manhã, fez uma grande
reportagem, em 21 de Julho de 2019, quando se completaram 50 anos sobre a
tragédia. A seguir interveio o apresentador, Armando Palavras, tecendo palavras
de apreço ao livro «Os Galgos do Niassa» e agradecendo ao autor por mais esta
memória da Guerra do Ultramar. O Presidente da Casa Transmontana e Duriense,
agradeceu aos que se empenharam neste acto cultural e aos associados presentes,
havendo no final um singular e animado convívio. Sendo oferecido, pelo autor, uma
merenda de «pão e presunto d’honra» (excelente pão escuro de Pitões de Júnias e
divinal presunto barrosão), de Montalegre, com um maduro tinto transmontano,
gerando-se boa cavaqueira, sobressaíam os barrosões de fibra. O livro pode ser
pedido ao autor: NIB: 003505010000165690048 (preço: 10€), 914 521 740
ou carvalhodemoura2017@gmail.com
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Consultar este site: https://tempocaminhado.blogspot.com/2025/06/notas-da-minha-agenda.html
É importante rememorar tão trágico acontecimento
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