terça-feira, 10 de junho de 2025

Memórias de Guerra em livro, «Os Galgos do Niassa», em Lisboa

JORGE  LAGE 


Memórias de Guerra em livro, «Os Galgos do Niassa», em LisboaÉ um livro de Carvalho de Moura e a chancela da editora «Cidade Berço», de Guimarães e que tem dado voz a muitos que não têm voz. A capa tem a fotografia do autor com o uniforme de alferes, na década de sessenta, do século passado e como título: «Os Galgos do Niassa». O subtítulo reza: «Apontamentos da minha Comissão na guerra colonial», «Out/1967 – Dez/1969». As crónicas desta obra escreveu-as Carvalho de Moura, como combatente e alferes miliciano, para o jornal Notícias do Barroso. 

Têm como tema central a maior tragédia lusa numa década de guerra e ocorreu em Moçambique, por excesso de carga, no rio Zambeze, quando o batelão, fazia a travessia de Chupanga (Marromeu – Sofala) para Mopeia (Zambézia), a 21 de Junho de 1969, onde morreram afogados 101 militares e alguma tripulação. Os irmãos Campira resgataram das águas um terço dos náufragos com vida. Quantos lhe terão agradecido? E a Nação agradeceu-lhe? Mas. a mesa de honra da apresentação, desta obra, foi composta por Armando Palavras (apresentador), Barroso da Fonte, Hirondino Isaías (Presidente da Casa Regional) e Carvalho de Moura. O autor do livro, «Os Galgos do Niassa», agradeceu à Direcção, manifestando o regozijo de estar a apresentar a obra na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa (CTMADL), tanto mais por o evento ser próximo do 25 de Abril (23/04/2025). Agradeceu ao Presidente Hirondino Isaías e a Armando Palavras a disponibilidade para apresentar a obra. Recordou os seus três soldados mortos em combate e o ele ter regressado vivo agradeceu-o ao facto de a sua Mãe rezar todos os dias três responsos a Santo António para que voltasse são e salvo. Por ter tido a missão de retirar do rio os cadáveres dos militares mortos, marcou-o para sempre, com grandes repercussões psicológicas. Deixou de ser uma pessoa alegre, isolou-se até dos pais. «Não há um único dia que não veja os corpos daqueles jovens mortos». Este livro lavrou-o com dois objectivos: «relembrar a maior tragédia de toda a guerra colonial», e «enaltecer a coragem, a ousadia e a determinação dos militares desta guerra». O Correio da Manhã, fez uma grande reportagem, em 21 de Julho de 2019, quando se completaram 50 anos sobre a tragédia. A seguir interveio o apresentador, Armando Palavras, tecendo palavras de apreço ao livro «Os Galgos do Niassa» e agradecendo ao autor por mais esta memória da Guerra do Ultramar. O Presidente da Casa Transmontana e Duriense, agradeceu aos que se empenharam neste acto cultural e aos associados presentes, havendo no final um singular e animado convívio. Sendo oferecido, pelo autor, uma merenda de «pão e presunto d’honra» (excelente pão escuro de Pitões de Júnias e divinal presunto barrosão), de Montalegre, com um maduro tinto transmontano, gerando-se boa cavaqueira, sobressaíam os barrosões de fibra. O livro pode ser pedido ao autor: NIB: 003505010000165690048 (preço: 10€), 914 521 740 ou carvalhodemoura2017@gmail.com .

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