A 26
de Novembro publicámos neste espaço um vídeo sobre Angola com o título “Angola, um
destino inacreditável”. A 3
de Dezembro publicou-se chamada de atenção para estudo da
Universidade Católica de Angola,
publicado a 27/11/2019, na Plataforma, pela Lusa, onde tecemos um breve
comentário, apresentando as provas daquilo que discordávamos sobre o mesmo.
Fosse o acaso ou não, ontem ao
vasculharmos a mesma Plataforma (online), deparámos com o que se segue,
publicado também a 27 de Novembro, com o
título “Sessenta e cinco municípios de Angola com
pobreza multidimensional “,agora
sob a chancela do jornal de Angola:
“A pobreza: nove em dez pessoas em mais de 50% dos municípios angolanos/ o
País.
Sessenta
e cinco dos 164 municípios que compõem as 18 províncias de Angola apresentam
uma incidência de pobreza multidimensional na ordem dos 90 por cento,
segundo dados de um estudo apresentado terça-feira em Ondjiva, no Cunene.
Durante
o acto de apresentação do relatório, a representante do Instituto Nacional de
Estatística (INE), Eliana Quintas, disse que o estudo identificou 65 municípios
do país, mais pobres no domínio dos serviços de saúde, saneamento básico,
registo civil, acesso à educação e água potável. Segundo afirmou, o estudo
mostra que o agravamento da pobreza em Angola tem a ver ainda com a elevada
taxa de desemprego nos jovens e adultos, bem como a dependência e a qualidade
habitacional.
Na sua
óptica, o relatório que quatro dimensões chave da pobreza na perspectiva
multidimensional com 11 indicadores, baseados em resultados definitivos do
Recenseamento Geral da População e Habitação realizado em 2014, indica que nove
em cada dez pessoas nestes municípios são pobres”.
Em
que ficamos? Nos dados da Universidade Católica de Angola, ou nos dados deste
estudo do INE?
Na
verdade, para tomarmos posição crítica, teríamos de conhecer os critérios da
Universidade Católica Angolana, para os níveis de pobreza, assim como os 11
indicadores deste estudo. Mas não conhecemos. Por essa razão ficamo-nos pelo
nosso comentário escrito a 3 de Dezembro.
Segundo
o estudo do INE mais de 1/3 dos municípios angolanos (+ 11) apresentam uma
incidência de pobreza na ordem dos 90%!
Qual
será a percentagem dos restantes? Não andará longe dos 70%. Ou seja, segundo as
nossas contas, a pobreza em Angola rondará os 75 a 80%!
Que
andarão os Sábios do Mundo a fazer?
É uma pena numa terra tão rica! Mas, meteram-se com os chinocas que não dão nada a ninguém, melhor dizendo, esfolam os que precisam, sem dó nem piedade. O que fizeram aos Caminhos de Ferro Angolanos é de bradar aos céus. Em vez de meterem uma bitola universal aplicaram-lhe a bitola chinesa, para toda a assistência técnica e mão-de-obra ser dada por eles. Se adjudicassem a uma empresa europeia, a maioria do custo em dinheiro (mão-de-obra) ficava em Angola. Com amigos chinocas, Angola não precisa de ter inimigos. É o que eu penso e o que penso ainda o posso dizer. O Presidente de Angola, que me parece bem intencionado, deve fazer essas contas. É melhor adjudicar caro aos que deixam muito em Angola, do que barato a quem lhes suga tudo, até o sangue se puder.
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