terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Estudo da Universidade Católica sobre Angola será correcto?



"A Universidade Católica angolana estima que a taxa de pobreza em Angola ronda os 42%, enquanto a da pobreza extrema se situa nos 20%
O Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola (UCAN) estima que quatro em cada dez angolanos são pobres".

Estes resultados referem-se ao ano de 2018. Foram retirados daqui. E foram publicados a 27/11/2019.

Comentário:
A Universidade Católica é uma universidade de referência. Gostaríamos de saber quais os critérios utilizados para medir o nível de pobreza, sobretudo o da pobreza extrema.
A 26 de Novembro (2019) publicou-se neste espaço um vídeo (de 2016) sobre a situação dramática de Angola – um país rico com 20 milhões de pobres.
É óbvio que o título do vídeo contém algum exagero, porque 20 milhões será o número actual de angolanos, e como todos sabemos nem todos são pobres. Desde logo porque existe uma lista de corruptos (publicada aqui) que vivem “à grande e à francesa” enquanto o cidadão comum vive na miséria.
Só nos musseques de Luanda vivem cerca de oito milhões de pobres! Ou será que a Universidade Católica considera que aqueles indivíduos vivem com dignidade? Basta observar alguns vídeos para perceber o contrário. Que tal este sobre o bairro do Bita (2016)?  E que tal este da Samba, a que chamam vala do lixo (2017) difundido pelo blogue Maka Angola, ou este da Terra Nova (2013), ou o do Cazenga (2013)?
E dos outros 12 milhões espalhados pelo país, quantos viverão com alguma dignidade? 1/5? Já não era mau!
As nossas contas são outras. Cerca de 50.000 famílias de corruptos vivem (como sempre viveram) à fartazana e 2 milhões com alguma dignidade, porque subsistem cultivando os seus terrenos e alguns com os seus negócios daqui e dali, ou de serviços do Estado. O resto vive na miséria e na pobreza extrema.

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