"A
Universidade Católica angolana estima que a taxa de pobreza em Angola ronda os
42%, enquanto a da pobreza extrema se situa nos 20%
O
Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de
Angola (UCAN) estima que quatro em cada dez angolanos são pobres".
Comentário:
A Universidade
Católica é uma universidade de referência. Gostaríamos de saber quais os
critérios utilizados para medir o nível de pobreza, sobretudo o da pobreza
extrema.
A 26
de Novembro (2019) publicou-se neste espaço um vídeo (de 2016) sobre a situação
dramática de Angola – um país rico com
20 milhões de pobres.
É
óbvio que o título do vídeo contém algum exagero, porque 20 milhões será o
número actual de angolanos, e como todos sabemos nem todos são pobres. Desde
logo porque existe uma lista de corruptos (publicada aqui) que vivem “à grande e à francesa” enquanto o
cidadão comum vive na miséria.
Só
nos musseques de Luanda vivem cerca de oito milhões de pobres! Ou será que a
Universidade Católica considera que aqueles indivíduos vivem com dignidade?
Basta observar alguns vídeos para perceber o contrário. Que tal este sobre o bairro do Bita (2016)? E que tal
este da Samba, a que chamam vala do lixo (2017) difundido pelo blogue Maka Angola, ou
este da Terra Nova (2013),
ou o do Cazenga
(2013)?
E dos
outros 12 milhões espalhados pelo país, quantos viverão com alguma dignidade?
1/5? Já não era mau!
As
nossas contas são outras. Cerca de 50.000 famílias de corruptos vivem (como
sempre viveram) à fartazana e 2 milhões com alguma dignidade, porque subsistem
cultivando os seus terrenos e alguns com os seus negócios daqui e dali, ou de serviços do Estado. O resto
vive na miséria e na pobreza extrema.
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