terça-feira, 19 de novembro de 2019

Entrevista com A.M.Pires Cabral - ALAGAMAR

Ontem, ao vasculharmos na internete assunto transmontano, deparámos com esta entrevista de A. M. Pires Cabral ao blogue Alagamar. Teria sido concedida no ano de 2011. Só ontem a lemos e continua actual. Por essa razão a revisitámos.


P-Você é um conhecido escritor e agente cultural. Como vai o país no campo da Cultura? Quais as patologias e virtudes da vida cultural portuguesa por estes dias?
R- ‘Cultura’ é uma das tais palavras que pode significar mil e uma coisas. Mas, no seu sentido mais habitual (interesse pela criação artística e pelos desenvolvimentos da ciência), diria que não vai bem nem mal, antes pelo contrário… Noto ainda assim que vai havendo um interesse crescente pelos fenómenos culturais e também uma crescente difusão dos mesmos, muito em resultado da acção das associações, mais do que das instâncias oficiais. Em resumo: não diagnostico nenhuma patologia inquietante nem particulares virtudes. Temos a cultura a que qualquer país periférico da Europa pode aspirar.
P-Como definiria a sua obra? Acha que se veio afastando dum registo inicial ou tem um timbre a que entende fixar-se?
R- Ela é tão vária que dificilmente suportará ser definida. Mas creio poder reconhecer nela dois pontos salientes: a sua dependência da cultura popular, por um lado, e, por outro, a busca incessante de um sentido para a vida. Isto desde o início, desde o primeiro livro (Algures a Nordeste, 1974) — o que responde à segunda parte da pergunta.

Pode continuar a leitura AQUI.

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