terça-feira, 15 de outubro de 2019

Morreu Harold Bloom



Morre, aos 89 anos, o crítico literário Harold Bloom

Um dos expoentes máximos da crítica literária da actualidade, Harold Bloom ficou conhecido por defender o cânone ocidental, numa quantidade de livros que correram o mundo.
Nasceu em Nova York, em 1930, filho de imigrantes judeus ortodoxos, deu a sua última aula na quinta-feira passada.


Professor titular de Ciências Humanas, na Universidade de Yale, ganhou prêmios importantes, como o McArthur, da Academia Norte-Americana de Letras e Artes, e a Medalha de Ouro de Crítica e Belles Lettres, conferida pela mesma academia.
Bloom concluiu seu doutoramento em Yale em 1955 e começou a dar aulas no Departamento de Inglês da universidade no mesmo ano. Entre seus poetas preferidos, estavam os românticos dos séculos XVIII e XIX, como Yeats. Distinguiu-se assim  dos críticos da época, que preferiam os modernistas T.S. Eliot e Ezra Pound.
“A angústia da influência: uma teoria da poesia”, é a obra mais famosa de Harold Bloom,  lançada em 1973. Retrata a história da poesia ocidental como uma série de confrontos entre poetas “fortes” e “fracos”. Nela, defende que o autor procede sempre por meio da “desleitura criativa” da obra de seus antecessores.
NO “livro de J”, um best-seller de 1990, Bloom desafiou a maioria dos estudos existentes sobre a Bíblia, sugerindo que mesmo o Deus judaico-cristão era um personagem literário - inventado por uma mulher, que pode ter vivido na corte do rei Salomão e que escreveu seções dos cinco primeiros livros do Antigo Testamento.
Em “Gênio: os 100 autores mais criativos da História da Literatura” de 2002, o crítico americano apresenta uma seleção de autores que, segundo ele, cabem no conceito de gênio, ou seja: criadores que de algum modo lhe expandiram a consciência. Shakespeare, Cervantes, Camões, Homero e Machado de Assis são alguns deles.
"Anjos caídos", é um pequeno volume (ensaio) de 86 páginas, onde Bloom explora a fascinação ocidental pela figura dos anjos no fim do século XX e início do XXI — o que fica evidente pela quantidade de livros e filmes em torno do universo angelical nesse período.

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