domingo, 27 de outubro de 2019

E que tal se parassemos e reflectíssemos?


Mário Adão Magalhães

E que tal parar mesmo para reflectirmos? Todos. Sociedade e não só a política, porque essa vai gizando e passando por entre os pingos de chuva para chegar a onde vale tudo: tudo vale.

Há uns dias escrevia eu que estamos muito mal quando de modo mais ou menos velado, mais que por esta ou aquela estratégia – económica ou política, sobretudo, pretendemos envolver o senhor Presidente da República nas quezílias, batemos no fundo.
Já batemos muitas vezes – por vezes parecemos uma bola de pingue-pongue, ou mesmo o palhacinho que salta na caixinha das surpresas porque a este nível a profundidade é mais que uma uma mina aclivada ao mais baixo nível possível.
Chegados a este número não vejo muito mais que justifique a necessidade de parar para reflectir enquanto sociedade, mas especialmente a política – esta nunca pode ser esquecida por sombra alguma – esta está logo nas principais trincheiras. Até por tudo que vamos presenciando quer ao nível da abstenção nas eleições, quer ao nível do ataque vil e ronhoso que são os espaços de debate político. (Ainda que por aqui houvéssemos de chegar à Assembleia da República para presenciar guerras pessoais ou partidárias em deterimento de tudo o que realmente nos interessa, interessa ao país).
Quase todos nós já fomos objecto deste ou daquele motivo a qualquer momento em que verificamos que o tal palhacinho faz bem mais figura que muitos de nós, quem se nos diz dirigimos o destino.
Portugal bate no fundo quando vamos a uma farmácia e se nos diz que aquele medicamento não está disponível. Sempre pelo mesmo motivo: este ou aquele laboratório não o produz porque a fórmula assim o exige. Fala muito alto o valor fiduciário.
E é assim que num país se continua a cavar a sepultura – não dos poderosos, mas, exactamente, dos mais frágeis até pela doença. E aí disponibilizamos todas as condições de supremacia ao nível de todos se empurrarem para ter um lugarzinho da Assembleia da República, como dizia o Presidente do PSD, ou para entrar num ministério, cuidando de fazer crer que estão na política desinteressadamente, voluntariosos, defensores de casas mais outros bens móveis de elevados cc.
Alegando-se filantropos ao serviço de um partido, para esfrangalhar-nos, mas mesmo assim se mantêm unos, aglutinados para se defenderem, servirem interesses e valores corporativos.

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