sábado, 2 de dezembro de 2017

De Santa Catarina ao Natal


Por: Costa Pereira    Portugal, minha terra

“Da Santa Catarina ao Natal ou vai chover ou vai nevar”, ouvia dizer na minha aldeia por alturas da feira que neste mês de Novembro decorria e decorre em Celorico de Basto à volta do dia 25. Este ano em que a chuva deu lugar a um calor intenso que esteve na origem de tragédias com fogos florestais nunca vistas no país, só quase ao fim deste mês também conhecido por mês das almas é que as nuvens largaram uns poucas gotas sem influência para os caudais dos rios e abastecimento das barragens. Aquilo que na verdade se pode chamar um ano seco.
Outro dito que se dizia e minha mãe me ensinou tinha a ver com saber os dias de cada mês, e nunca mais o esqueci: “ 30 dias tem Novembro, Abril, Junho e Setembro; de 28 só há 1; os outros, são de 31; e quem bem contar, de 4 em 4 anos, mais 1 dia há - de encontrar”. Novembro fora entra o Dezembro, com um feriado no dia 1, dia da Restauração, e logo com a Novena da Imaculada Conceição que termina no dia 08, dia santo de guarda. Um mês também muito rico em motivações que mexem com o sentimento dos cristãos e em especial dos portugueses que além de cristãos amam a sua pátria consagrada a Santa Maria.
Com o 1º Domingo de Advento a decorrer desde 3 de Dezembro, que termina no 4º domingo dia 24 e culmina como o dia de Natal, dia 25. Um mês muito rico de motivos festivos e santos que nem sempre sabemos aproveitar no todo, já que em muitos casos o que sobra a uns, dava para atenuar o que falta a muitos. Bastava haver um pouco mais de boa vontade para que a praga da pobreza fosse atenuada e se não erradicada, pelo menos, rasgasse veredas que impedem quem tem desejo de servir o faça sem impedimento.

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