“Da Santa Catarina ao Natal ou vai chover ou vai nevar”,
ouvia dizer na minha aldeia por alturas da feira que neste mês de Novembro
decorria e decorre em Celorico de Basto à volta do dia 25. Este ano em que a
chuva deu lugar a um calor intenso que esteve na origem de tragédias com fogos
florestais nunca vistas no país, só quase ao fim deste mês também conhecido por
mês das almas é que as nuvens largaram uns poucas gotas sem influência para os
caudais dos rios e abastecimento das barragens. Aquilo que na verdade se pode
chamar um ano seco.
Outro dito que se dizia e minha mãe me ensinou tinha a ver
com saber os dias de cada mês, e nunca mais o esqueci: “ 30 dias tem Novembro,
Abril, Junho e Setembro; de 28 só há 1; os outros, são de 31; e quem bem
contar, de 4 em 4 anos, mais 1 dia há - de encontrar”. Novembro fora entra o
Dezembro, com um feriado no dia 1, dia da Restauração, e logo com a Novena da
Imaculada Conceição que termina no dia 08, dia santo de guarda. Um mês também
muito rico em motivações que mexem com o sentimento dos cristãos e em especial
dos portugueses que além de cristãos amam a sua pátria consagrada a Santa
Maria.
Com o 1º Domingo de Advento a decorrer desde 3 de Dezembro,
que termina no 4º domingo dia 24 e culmina como o dia de Natal, dia 25. Um mês
muito rico de motivos festivos e santos que nem sempre sabemos aproveitar no
todo, já que em muitos casos o que sobra a uns, dava para atenuar o que falta a
muitos. Bastava haver um pouco mais de boa vontade para que a praga da pobreza
fosse atenuada e se não erradicada, pelo menos, rasgasse veredas que impedem
quem tem desejo de servir o faça sem impedimento.
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