Membros da nação indígena osage em Washington durante visita ao Capitólio em 1925 para expor as condições das nações indígenas em Oklahoma |
Ao contrário
do que se possa pensar, no primeiro quartel do século passado (1920), a
população mais rica per capita do
mundo, era a dos índios Osage, do Oklahoma , nos
Estados Unidos da América. Superava em muito os mais ricos de Paris ou de Nova
Iorque. Tudo por obra do acaso, e por inteligência negocial do seu chefe, James
Bigheart (que falava sete línguas, entre as quais o Latim), ajudado pelo
advogado osage, Palmer.
A sua riqueza
provinha da descoberta de uma imensa jazida de petróleo na terra (rochosa e sem
aparente riqueza) que lhes fora designada, depois de serem deslocados do seu
território de origem (vasto e rico por ser constituído por vastas planícies). O
facto, permitiu, aos cerca de 3000 osages, receber uma percentagem dos lucros
das companhias petrolíferas, transformando-os nos mais ricos do mundo: andavam
de cadilac com motorista próprio, tinham criados brancos, viviam em mansões e
mandavam os filhos estudar para a Europa. Todo este género de vida que em nada
se relacionava com os estereótipos nativos americanos foi noticiado com brado
na imprensa americana.
Inesperadamente,
os osage começaram a ser assassinados, entre eles as irmãs de Mollie que
sobreviveu. Grande parte dos que tentaram investigar os factos tiveram o mesmo
destino - um advogado foi mesmo atirado de um comboio em andamento.
William Frederick Cody (Buffalo Bill) |
A trama
escrita por David Grann, é um facto real que gira em torno de uma família
osage, a de Mollie Burkhart, casada com um branco que a amava, e que, em 1921,
residia em Gray Horse, cidade da reserva osage no Oklahoma. Grann consultou
fontes inéditas, acompanhando-as com imagens (documentos autênticos!) que nos transportam para os tempos de Buffalo Bill, e no fim da terceira crónica apresenta os criminosos.
Actualizado a 4 de Dezembro XVII
Actualizado a 4 de Dezembro XVII
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