Desde
que Passos Coelho decidiu afastar-se dos comandos sociais democratas,
originando as candidaturas de Santana Lopes e Rui Rio, limitámo-nos a observar
os acontecimentos, deixando assentar a poeira. E ela começa a assentar com
comentários despropositados, ou mesmo manipuladores e indecorosos – para não
usarmos outros adjectivos.
Muitos
dos nossos “comentadores” (grande parte apoiou José Sócrates durante uma
década!) procuram, na actual situação social democrata, observar um percurso
decadente, insólito e prejudicial ao país. Ora a essa gente apenas se pode
responder que este percurso é perfeitamente natural. Com as regras estatutárias
do Partido. Essa gente é a do costume, veem o inferno onde existe o céu! Porque
têm um escasso conhecimento da História. É bom que comecem a ler os clássicos
em vez das histórias aos quadradinhos.
João
Miguel Tavares, por exemplo, que até é um escrevinhador credível, hoje, no
jornal Público, atira-se contra Santana Lopes. É possível que o artigo em
questão, tenha a influência dos seus amigos esquerdistas, que em tempos
defenderam o Gulag Soviético, onde pessoas decentes como Varlam ou Soljenítsin,
sofreram na pele as agruras da repressão dos “amanhãs que se levantam”!
Em
resumo, Tavares (o João, não o Miguel) escreve: “Santana
Lopes não foi apenas um primeiro-ministro infeliz. Foi um desastre total e
absoluto que entregou o país a Sócrates”.
Teríamos
todo o gosto em comentar palavra por palavra, vírgula por vírgula, todo o
artigo do sr. Tavares. Mas não o fazemos por duas razões: 1 - não o merece; 2 –
Não temos o tempo da criatura para nos entretermos com idiotices, e porque a
frase supra resume tudo o que escreveu.
Vamos
então à frase. Quem entregou o país a Sócrates e ao seu bando (que continua por
aí), foi Jorge Sampaio, então Presidente da República.
O sr.
Miguel recorda-se da intervenção de Jorge Sampaio quando dissolveu a
Assembleia? Se se recordasse verificaria que o então Presidente da República
apresentou três razões. Quais? Nenhumas.
Por
outro lado, à oligarquia, por interesses de umbigo, interessava que Santana não
fosse eleito em 2005. Recorda-se do último debate de Santana e Sócrates? Após o
mesmo, um seu colega, russinho, que chegou a ser jornalista do extinto
“Capital” (cujo pai temos em grande consideração), veio logo alardear que
Sócrates tinha ganho o debate por uma margem superior a 90%! Santana, segundo a
criatura, tinha sido arrasado! Mentira! Quem viu o debate verificou
precisamente o contrário. Aliás, alguns elementos da oligarquia o reconheceram.
Mas havia que manipular a coisa.
Foram
as aldrabices que inventaram sobre o homem, que deram origem a artigos
maléficos de ontem e desnaturados de hoje como o de João Tavares.
Ainda
em Julho passado, o tribunal deu razão a Santana sobre o que então se escreveu
sobre ele.
É bom
que João Miguel Tavares reflicta sobre o que escreve, antes de dizer certas
baboseiras. Nem todos os portugueses são parvos!
Actualizado a 8 de Dezembro XVII
Actualizado a 8 de Dezembro XVII
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