Com uma população
estimada em 25 milhões de pessoas, a Coreia do Norte é um país devastado pela
pobreza. Governada por uma monarquia comunista (coisa nunca vista em mais
nenhum país ideologicamente semelhante) falida e moralmente corrupta, tem sido
apoiada pela China porque, em caso de crise, se veria a braços com milhões de
refugiados para lá do rio Yalu. Por outro lado, os EUA mantêm o apoio à Coreia
do Sul, aí mantendo mais de 30 mil soldados, com receio de que uma retirada
encorajaria as maluqueiras de Kim Jong-un, futuro residente de algum Conde Ferreira ou Júlio de Matos!
É óbvio que à China, no
momento actual, não interessa apoiar aquele maluco do Kim, mas também lhe não
convém uma Coreia unida, com bases americanas junto da sua fronteira.
Um conflito com a Coreia
do Norte afectaria todos os vizinhos do Leste asiático, e a China seria a mais
prejudicada.
A forma como o puto Kim,
e o seu falecido pai se apresentam à sua população, há 60 anos sob a maior
repressão de que há memória, é uma farsa. O puto apresenta o país como um
estado forte e magnifico, lutando contra um conjunto de malvados. Na realidade
é um estado fraco, porque corrupto e pobre. Totalitário como nenhum outro,
ironicamente auto designa-se República Popular Democrática da Coreia! É preciso
ter lata! Nem é democrático, nem é uma república, nem é governado para bem do
povo. É uma dinastia partilhada por uma família e por um partido (comunista);
uma ditadura com prisões arbitrárias, tortura, julgamentos populares, censura,
campos de detenção (como o antigo Gulag soviético e os campos do deserto de Gobi chineses), uma população reprimida,
com medo, e um conjunto de horrores sem paralelo. Raros testemunhos e imagens
de satélite confirmam centenas de milhar de cidadãos presos em gigantescos
campos de trabalho e reeducação.
Membros da elite coreana
são vitimas de purgas e executados com canhões antiaéreos ou atirados a
matilhas de cães esfomeados.
A origem mitológica da
Coreia pode muito bem explicar, em parte, o que leva um estado comunista a ter
uma liderança transmitida dentro de uma família, à qual é atribuído estatuto
divino.
Na lenda da Criação
narra-se que o Senhor dos Céus mandou o seu filho, Hwanung, à terra, onde casou
com uma mulher que, anteriormente era um urso, gerando um filho, Dangun,
construtor dessa nação.
Ora Kim Jong – il era
descrito pela máquina de propaganda de Pyongyang como “Querido Líder, a
encarnação perfeita da aparência que um líder deve ter”, “Líder mundial do
século XXI”, e “Grande Homem que desceu dos Céus”. Ou ainda “Coração Eterno de
Amor Ardente”, como é descrito por Tim Marshall. Todas as manifestações
públicas são encenadas.
Por outro lado, a
história recente e a de um certo passado longínquo, ajuda a esclarecer o
comportamento deste louco perigoso.
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Esses factos levaram-na a
isolar-se do mundo. Contudo, em 1910, os japoneses voltaram. Anexaram-na.
Destruíram a sua cultura; a língua e a História foram banidas, tornando-se o
culto religioso obrigatório nos santuários xintoístas.
Ainda hoje essas questões
afectam o relacionamento coreano e japonês.
A derrota do japão em
1945 deixou a Coreia dividida pelo paralelo 38. Uma divisão infeliz, cuja
decisão não teve a presença de coreanos e peritos. Tanto mais que essa linha
fora discutida meio século antes pelos soviéticos (1904-5).
Em 1948 os soviéticos
retiraram as suas tropas do Norte e os americanos do Sul em 1949. Em Junho de
1950 os norte-coreanos invadiram o Sul para reunificarem a Coreia sob o governo
comunista.
Se a Coreia não era
estrategicamente vital para os EUA, estes não podiam moralmente abandonar um
aliado. Em Setembro de 1950, os EUA, liderando uma força das Nações Unidas,
empurraram os norte-coreanos quase até ao Rio Yalu, na fronteira chinesa. A
China actuou. Uma coisa era ter as forças americanas na península, outra era
tê-las juntas ao seu território. Houve uma guerra feroz como nos diz John
Andrews, e os chineses apenas se detiveram junto da actual linha divisória do
paralelo 38.
Um conflito armado
actualmente, seria fatal para todos, apesar de os norte-coreanos possuírem um
exército considerável.
Neste escrito não se
farão referências aos dois exércitos, à questão japonesa, ao tratado de 1945,
às imposições americanas, aos interesses soviéticos e chineses, em termos
estratégicos e matérias primas, etc. De uma coisa estamos certos, um conflito
actual recorreria à energia nuclear, e isso provocaria estragos planetários.
Talvez originasse o desaparecimento da espécie humana, provocando uma
regeneração inicial do planeta. Milhões de anos depois do conflito surgiria uma
espécie mais evoluída (ou de igual calibre) que o homo sapiens? Não o sabemos. Talvez a melhor solução (por muito que
nos custe em termos de dimensão humana) com o consentimento dos sábios, seja
limparem o sebo a essa “divindade” delinquente.
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