BARROSO da FONTE |
A onda destruidora que os políticos
Portugueses, desalmadamente fizeram, mal chegaram aos ministérios e secretarias
de estado, consistiu em cada um, mudar as regras, mudar os processos, e
extinguir os meios que o Estado Novo tinha adquirido e que poderiam e deveriam
manter-se como património publico, porque não eram esses utensílios, essa
maquinaria e essas regras que estavam erradas. Erradas estiveram as pessoas que
nada percebiam da poda, mas pretendiam botar figura democrática, destruindo,
alterando, anarquizando.
Com a fúria revolucionária de mudar tudo e
todos, através do golpe de Estado de 25 de Abril de 1974, encheu-se o país de
teóricos que trocavam o saber pelo poder. A Reforma Agrária foi das mais gritantes aberrações. E por isso começaram por empobrecer o país. O
Estado Novo tinha distribuído por gente
sem eira, nem beira, casas e terrenos baldios, onde sobravam. No interior do
país nasceram diversos aldeamentos. Casas em granito, quase uniformes,
distribuídas pelos cabaneiros locais ou
jovens famílias que passavam a ter casa, terras, utensílios, ferramentas e
apoios comunitários.
Muitas famílias se radicaram em aldeamentos que
ainda existem por exemplo, nas Terras de Barroso. Onde mais tarde apareceram povoados como: em Criande, na
Aldeia Nova, Vidoeiro, na Veiga e no
Alto de Fontão. Estes bastam para exemplo de muitos outros.
Foram centenas e centenas de famílias que se
estruturaram e implementaram nas Terras de Barroso. Conhecemos de perto esses
povoados da chamada Junta de Colonização Interna. Altamente positiva essa
política de radicação.
Alguns
desses casais, foram, logo a seguir à revolução de Abril, tirados a famílias
que emigraram, ou outras que a revolução entendeu perseguir. Várias dessas
casas foram adquiridas por particulares, que delas não precisavam e, mediante
processos espúrios, nunca reprimidos. Em casos recentes foram algumas casas, registadas em nome de
políticos e familiares com as quais concorreram a fundos comunitários. Esses
projetos conseguiram ser aprovados por autarquias, obtiveram apoios a fundo
perdido da ordem dos 170 mil euros. E estão a ser utilizadas para fins que
permitem ao zé povinho, pensar que há razões que a própria razão desconhece.
O atual
ministro da Agricultura, conheceu alguns desses casos melindrosos. Ele próprio,
atribuiu verbas astronómicas para centros de formação que num dos seus últimos
mandatos se transformaram em antros da corrupção, mais claro. Chegámos a
denunciar esse caso há cerca de ano. Ainda aguardamos explicações. E
conservamos as provas do crime que implica muita gente que canta de galo.
Por essa altura não havia incêndios à escala do
que sucede hoje. Porque os terrenos eram
poucos para a muita gente disponível. Essa balbúrdia revolucionária foi
responsável por aquilo que se seguiu e que teve neste desgraçado Verão de 2017
o maior drama de que há memória. Alguns dos causadores desta calamidade andam
por aí a distribuir abraços, a prometer tudo e mais alguma coisa e a
culpabilizar quem nada ou muito pouco teve a ver com isto.
O norte
do país está povoado de Casas dos
Guardas Florestais. Elas próprias situam-se no meio das matas. E vão na voragem
como se fossem centros de malfeitores.
Paralelamente, os tais teóricos
revolucionários, que galgaram para os lugares sumptuosos do poder, extinguiram
outra classe que limpava e consertava as estradas, municipais e nacionais.
Ganhavam pouco e faziam muito. Entre terrenos periféricos, ao longo das vias de
comunicação, estavam sempre limpos os espaços que, desde aí, não mais foram limpos e que são hoje, chão
arborizado para impedir a passagem dos bombeiros e dos proprietários que se
limitam a deitar as mãos à cabeça e a praguejar, no seu íntimo, contra a corja
de incendiários que - não são apenas os tristes coitados que não medem as
consequências. Essa corja anda por aí disfarçada, a vender banha de cobra, na
tentativa de provar que veio para nos salvar quando, diz a experiência, que faz
parte do problema e tenta enredar a teia para sair sobressair como herói.
Faça o
leitor um exercício mental para medir o que era e o que é a agricultura
portuguesa, antes e depois da revolução de Abril. Quantos dela e para ela
viviam; e quantos nela e dela se alimentam hoje. Ressuscitem os méritos e deméritos públicos que os
guardas Florestais, como os cantoneiros, os moleiros e tantas outras ocupações
rurais que existiam e desapareceram com as moscas.
António Costa veio agora, regenerar-se ao
prometer que vai recuperar metade das Casas Florestais. Um canal televisivo fez
uma reportagem encomendada e valeu pela oportunidade temática. Mais vale tarde
do que nunca. A União Europeia teve culpas acrescidas, quando assediou Portugal
para aderir aos seus sortilégios. Com a sua entrada chegou a salvação para
muitos, mas entrou, ao mesmo tempo, a imoralidade. Extinguiram-se muitas
práticas exclusivas de Portugal, mormente na da área agrícola. A UE pagou para
deixarmos de trabalhar os campos que era aquilo que sabíamos fazer. Passámos a
comer do pior que a Europa tinha, como a batata. Pagou para não se produzir.
Os campos despovoaram-se. As terras que davam
produtos excelentes, dão hoje tojos, ervas daninhas e lenha para propagar as
desgraças. Os prejuízos são desproporcionais. As consequências desse engodo
estão à vista. E nem sequer se lembra António Costa de colocar milhares de
utentes do Subsídio de Desemprego a vigiar as florestas. Não se livra ele de
ser apontado como causa próxima da bandalheira moral que o país vive. Portugal
mergulhou num pântano de que dificilmente irá sair.
Não conhecia o blogue. Gostei e vou seguir.
ResponderEliminarSiga, siga. E se quiser mandar alguma coisa tem o endereço electrónico acima.
EliminarTantas das Muitas linhas direitas que são clarividentes, só que ao meter ao bolso é que são elas!!!! Alerta Alerta Alerta, A ssassinaram o Rei!!!
ResponderEliminar... 100 anos Cyladas/Culapsusns
'' Cristina Torrão, livro D.Dinis A quem chamaram O LAVRADOR romance histórico '' a rever !!!!
ResponderEliminarClaro!
Eliminarhttps://3.bp.blogspot.com/-Vj2XCre4EUc/WYNWLtRnfuI/AAAAAAAA2xk/e2XlO3cQXwE8C6nIGiCXlZLp0WKXiNUwACK4BGAYYCw/s1600/ddinis-cristinatorrao.jpg
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