Prof. Doutor Gentil Martins |
No passado dia 15 v.
Ex.cia deu uma entrevista ao “PÚBLICO “, que li com a maior atenção, proveito e
agrado.
Também vi logo que tal
entrevista iria levantar um clamor dos
furiosos e encarniçados defensores do “pensamento único “. O que
aconteceu e está a acontecer.
Não tenho o privilégio de
o conhecer, a não ser pelo eco da sua magnífica obra como médico, reconhecida
nacional e internacionalmente. Que fique claro. O que me move a escrever-lhe
publicamente, é mostrar que não posso admitir o medo e a ameaça como forma de
calar quem não concorda com “estudos” , de “ teorias” discutíveis ( não fossem
isso mesmo, teorias!) e de lóbis aguerridos .
Estas reacções fazem-me
recuar aos tempos e regimes em que o pensamento era obrigatoriamente,
ditatorialmente imposto e cuja discordância era imediatamente perseguida sem dó
nem piedade. Como agora nos estão a ameaçar. Para quem não “vai” nessa onda, …
ameaças e queixas…
Estupidamente, pensei que
esse tempo do passado, que vigorou em vários países durante o século XX e deu
origem aos ismos que mataram milhões de pessoas, a maioria delas porque
pensavam pela sua cabeça, já tinha passado e pertenceriam à arqueologia do
pensamento tirânico. Enganei-me! Está aí e, tal como no passado, usa a força e
o poder de um poder fraco, débil e que tem medo do pluralismo. O pluralismo
incomoda os candidatos a tiranos. E o povo cala estes atentados…
As reacções à entrevista
que deu são de grupos que se pensam detentores da verdade política e societal e
ai de quem ouse não “ler pela sua cartilha”!
Penso que a liberdade que
nos trouxe o 25 de Abril, que prometia a liberdade de expressão, de todas
(excepto algumas!...), como diz o nosso povo, “foi chão que já deu uvas “.
Basta ver que o Senhor, homem culto, informado, ponderado e sábio está a ser
vítima da opressão ideológica desses grupos extremistas e fanáticos que não
admitem que alguém pense e fale sem a sua concordância. Recuamos em termos
democráticos e de liberdade de expressão. Recuamos e muito. A tirania
ideológica está aí. Perante esta agressão, temos de fazer frente e cantar “que
não há machado corte a raíz ao pensamento”. Sim, Senhor Dr. Gentil Martins,
não podemos deixar que qualquer “machado” nos corte o pensamento. “Somos
livres, somos livres!”. Que este grito que ajudou a prepara a revolução de
Abril, volte a ecoar no nosso país.
A sociedade portuguesa
tem de se levantar de novo para impedir, já, que uma nova ditadura venha
agredir a liberdade de pensamento e de o exprimir publicamente, pelos meios que
quiser.
Não se cale, Dr. Gentil
Martins!
Peço-lhe que aceite os
meus melhores cumprimentos de gratidão e pela coragem exemplar que demonstrou
na referida entrevista. Bem haja!
O cidadão eleitor,
defensor da liberdade de pensamento.
Uma palavra, pode destruir a imagem, mas também pode repor a verdade.
ResponderEliminarUm "berreiro" disturba a compreensão do pensamento, mas um só grito pode parar uma discussão. Este é um "grito" para parar uma discussão estupida. Hoje, caminhamos para com ruido esconder a discussão de problemas sérios, impedir a liberdade de expressão, calar o pensamento individual e " quem não está comigo é contra mim" o que significa opressão e ditadura de alguns. O meu apoio e respeito, Dr Gentil Martins, e a todos os que corajosamente não calam o que pensam mesmo divergente do meu próprio pensamento. Aceitar, não é submeter, discordar não é "guerrear" é argumentar e muitas vezes mudar o próprio discurso por mais informação que não tinha. Liberdade e Democracia precisa-se com urgência.
Liberdade é ser-se livre. ser-se amado ser-se ouvido, sem ser preciso dizê-lo dentro duma cave com numero ignorada...Liberdade meu caro senhor é deitar cá para fora o que em consciência nos acode de dizer perante o que se vai passando nesta democracia feita e remodelada ao jeito de uns e outros...os outros...não têm que calar, não têm que acenar só por acenar, deram-nos o direito de ser "livres" pois livres sejamos, fazendo ouvir a nossa voz...por muito que isso doa a quem doer. O meu respeito Dr Gentil Martins.
ResponderEliminarAo Prof Dr Gentil Martins, que concedeu uma entrevista ao PÚBLICO, ao Sr Carlos Aguiar Gomes que escreveu a carta aberta ao Prof Dr Gentil Martins e aos dois comentadores que abordam a questão em apreço, a minha admiração, respeito e apreço por tudo o que disseram. Não é de bom tom que vivamos num regime que se diz democrático e que depois alguém nos ponha o dedo no nariz quando as nossas opiniões não lhes agradam. Subscrevo tudo o que foi dito
ResponderEliminarDr é livre de expressar a sua opiniao
ResponderEliminarO Dr. Gentil Martins é sábio e descendente de sábios, não precisa que o defendam, ele sabe defender-se. Em dez portugueses,nove concordam com ele, e também não têm medo de o expressar aqui. Portanto, força, Dr.Gentil Martins, o Senhor sabe o que diz, ao contrário de muitos, muitos, muitos... Que viva por mutos anos com saúde.
ResponderEliminarAceitam todas estas mesmas palavras colocando em vez do Dr Gentil Martins na posição dele o André Ventura Candidado a Presidente da Câmara Municipal de Loures? ou essse ja não pode ser livre?
ResponderEliminarPergunta muito séria e que precisa de resposta. No século XVIII era uma questão de opinião se a escravatura era um bem ou um mal. Agora essa questão já não se põe nesses termos. Há uma Declaração Universal dos Direitos Humanos que o impede, a nossa moral também o deve impedir. Aplica-se ao assunto em questão. Este debate era legítimo; não está identificado é o século em que se pode aceitar este debate nestes termos.
EliminarA liberdade de cada um, acaba onde começa a do outro....Sejamos livres de pensamento e de expressar as n/opiniões! Dr. Gentil Martins, mt obgda p/ td quanto fez e deu p/ este País!
ResponderEliminarJá agora, e sobre o mesmo tema, Um Chefe de Estado-Maior do Exército, "bateu com a porta, devido aos lobbies que aqui se faz referência, no caso do Colégio Militar, vindos das mesmas origens. O país está dominado por "ismos" da esquerda à direita. Absolutamente lamentável. Força Dr Gentil Martins
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