Provindo da Galiza, o rio
Tua,
Saltitando e cantando
alegremente
Por entre montes, corre
diligente
Até ao Douro, onde
desagua.
O trem, franzino, como
coisa sua,
Gritava-lhe ao passar,
cheio de gente,
E o contemplava em baixo,
na corrente.
Hoje apenas o vento se
insinua.
Tudo na vida, todos nós
sabemos,
Se tiver um princípio,
tem um fim,
Uma seita imbecil, filha
de demos,
Descendência provável de
Caím,
Lançou fora o brinquedo,
imperturbável.
Cláudio Carneiro, in «O
Despertar da Alma Portuguesa in sonetos»,
Abril 2017.
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