Os nichos, cruzeiros e alminhas surgem devido à religiosidade
individual ou de grupo dos católicos. Muitas vezes, expressam uma graça (ou
grande desgraça) recebida ou para mostrarem alguma ascendência na moral cristã
sobre outros vizinhos. Seja como for, os nichos, cruzeiros e alminhas são
marcos a atestar a religiosidade de alguém ou de alguns. Havendo uma autoridade
religiosa em cada paróquia, qualquer acto deve ser praticado com conhecimento e
de acordo do respectivo pároco. É importante realçar que os nichos, cruzeiros e
alminhas, são bens culturais relevantes e devem ser arrolados e preservados,
pela junta de freguesia (ou paróquia) ou município. Convidado pela «Associação
de Jogos Tradicionais», da Guarda, para apresentar o meu livro, «Memórias da
Maria Castanha», numa «Encontro Internacional» de jogos tradicionais, com
participantes portugueses, espanhóis e franceses, no Município de Pinhel, tomei
conhecimento da valorização que ali se faz destes bens culturais,
inventariando-os, fotografando-os e publicando o trabalho em livro. Até no
incremento turístico se pode, em certos locais, fazer o percurso pedestre das
alminhas, cruzeiros e nichos, numa cidade ou vila. Há turistas, neste caso de
turismo religioso, para tudo o que é peculiar. Como sabem, os que tomam
conhecimento do meu modesto currículo ou percurso de vida, que estudei algum
tempo nos «Irmãos Maristas», onde despi toda truculência de garoto rural, para
iniciar um processo de crescimento em todas as dimensões, até ao dia de hoje.
Casualmente, no IASFA (Instituto de Acção Social das Forças Armadas) de Braga,
soube pelo militar, Ernesto Fernandes (natural de Barcelos), que ali trabalha e
com quem mantenho as melhores relações, também foi Marista. Estava feita uma
maior aproximação. Depois falou-me no nicho, erguido pelos seus parentes, a «S.
Marcelino (Champagnat, natural da região de Lyon – França), Fundador dos Irmãos
Maristas». Este «nicho de S. Marcelino» é único em Portugal e fica na
intersecção da Estrada Municipal «M 549-1», com o Caminho Municipal «CM 1041»,
na rua de Pousada, em Aguiar – Barcelos e coordenadas «41 37’ 21,56’’ N e 8 38’
58,17’’ O». Esta minha nota e foto do nicho único vão correr mundo, com o
Notícias de Mirandela e com os blogues em que colaboro, uma vez que os Irmãos
Maristas estão espalhados por muitos países. Uma imagem de S. Marcelino está
com outros santos marianos (ou devotos de Maria), por trás da Azinheira, na
arcada que ladeia o recinto do Santuário de Fátima. Comemorando-se este ano o
«I Centenária das Aparições de Fátima», os Irmãos Maristas celebram, também, o
«II Centenário da Fundação da Congregação Marista» em tempos muito difíceis,
para os católicos franceses, da Revolução Francesa. (foto recebida de Ernesto
Fernandes)
Jorge
Lage – jorgelage@portugalmail.com
– 10ABR2017
Provérbios
ou ditos:
Junho
provém de «Iunius» porque os romanos dedicaram este mês à sua deusa «Juno»,
protectora da mulher e deusa do lar.
Junho claro e fresquito para todos bendito.
Do tempo da Maria Castanha (Em tempo muito
antigo ou imemorial, isto é, há muito, muito tempo).
De grão a grão enche a galinha o paparão.
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