Lucília
Verdelho da Costa, natural de Mirandela, é
historiadora e crítica de arte, domínio em que publicou numerosas obras,
artigos e outros trabalhos de investigação. Destas publicações merecem especial
destaque como estudos pioneiros da arte, do restauro do património e da crítica
de arte e da literatura, as seguintes obras: Ernesto Korrodi: 1889-1944.
Arquitectura. Ensino e Restauro do Património (Lisboa, Editorial Estampa,
1997); Alfredo de Andrade. Da Pintura à Invenção do Património (Lisboa, Editora
Vega, 1997); 25 Séculos de Cerâmica (Lisboa, Editorial Estampa, 2000) ;
Cantarias Artísticas de Lisboa (Lisboa, Inapa, 2000); Fialho d’Almeida. Um
decadente em revolta (Lisboa, Editora Frenesi, 2004).
Ao publicar Versos
vagabundos, Fragmentos de Mármore sob a chancela da Editora Lema d’Origem, a
Autora pretendeu essencialmente prestar homenagem à terra em que nasceu e viveu
até ao final da adolescência. Transferindo-se sucessivamente para Coimbra e
para Lisboa, e, depois, para Paris, estes versos espelham as vivências dessas
deambulações, ritmadas por retornos, ausências, em sempiterna inquietação. Nas
suas deslocações para Nancy, onde lecionou, ou para Itália, onde a sua obra
académica está profundamente ancorada, jogam-se interstícios da memória, numa
ambivalência constante entre as luzes do Norte e a atração pelo Sul, e a
incomparável arte da Beleza. E, no entanto, a terra natal é sempre evocada, a
infância surgindo intacta por entre as luzes tamisadas do Norte e os fragmentos
dispersos do mármore das estátuas, tempo esculpido para além do Tempo, memória
perdida e sempre reencontrada.
Actualmente vive na Suíça.
Uma transmontana na diáspora Helvética.
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