"O governo tem o dever de cumprir a legislatura que roubou"
O líder da oposição e ex-primeiro-ministro critica as políticas do governo de Costa e diz temer que "mal o BCE corrija a política monetária", o país fique "esganado".
Passos Coelho não acredita que o défice público deste ano seja cumprido. Diz que o segundo semestre do ano vai trazer riscos suplementares, mais despesa e menos receita, menos consumo privado, e que isso vai desequilibrar as contas numa altura em que o contexto europeu se tornou ainda mais perigoso. O risco de o sistema financeiro italiano colapsar existe, embora o líder do PSD acredite que será encontrada uma solução que evite uma espécie de Lehman Brothers, mas de proporções muito mais severas. O problema, diz Passos, é que Portugal está hoje mais exposto aos riscos externos e não tem dinheiro para medidas de emergência. Está dependente do Banco Central Europeu para que os juros continuem baixos, mas a ajuda não está a ser aproveitada para reduzir a dívida. Sobre os bancos portugueses, o anterior primeiro-ministro recusa responsabilidades. Alega que fez o possível na altura, com o dinheiro disponível, e que o atual governo está a agravar mais a perceção de risco. "Isso revolta-me."
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