No passado domingo, dia 24, fui
a Monte Real, assistir à Missa na casa das Clarissas e aproveitar para conhecer
pessoalmente uma bajouquense freira de corpo e alma, dessa Ordem de clausura
monástica que Santa Clara de Assis fundou, suponho que em 1212, a pedido de São Francisco cuja regra redigiu
e o Papa Gregório IX aprovou.
A Portugal chegaram as primeiras Irmãs Clarissas após o falecimento de
Santa Clara, em 1254, instalando-se primeiramente em Lamego.
Alguns séculos depois chegaram a Monte Real (Leiria) cujo mosteiro foi
inaugurado a 19 de Março de 1972, e onde no domingo, além da Eucaristia, em que
participei, tive a honra de conhecer a Irmã Regina e por ela ficar a saber que
quem presidiu à celebração dessa eucaristia dominical tinha sido o Sr. Padre
Victor Mira, um sacerdote diocesano em Missão, por terras africanas, o
qual muito admiro e é um dos meus amigos
virtuais que fiquei a conhecer pessoalmente e com muita pena de perder a
oportunidade de pela primeira vez o poder cumprimentar. Uma vergonha, não o ter
reconhecido. Mas ele não toma a mal, não se vai à igreja para ver pessoas ou
vestimentas
Conheço este mosteiro quase desde a sua inauguração, a primeira vez que
ouvi falar dele foi em meados da década de 70, altura em que a pedido do saudoso
padre Guedes dei boleia a duas clarissas, irmãs de sangue, naturais de Atei.
Depois disso em muitas outras ocasiões ali me tenho deslocado para na sua
igreja assistir à missa sempre que não tenho outra mais próxima, aquando das
minhas demoras por terras do Lis.
Recordo que fizemos a viagem desde Vilar de Ferreiros até Monte Real sem ouvir
uma palavra da boca daquelas almas, nem um lamento de quem carregou ao colo,
com dois sacos de batatas ofertados e que no carro não tinham outro espaço para
os depositar. Soube então que eram irmãs de um antigo criado do Abade Miranda,
e que tinham ido ao funeral de um dos seus progenitores. Nesta altura ainda era
recente a comunidade das Irmãs Clarissas de Monte Real, criada de raiz pela
Madre Teresa, de Vide Entre Vinhais, freguesia de Celorico da Beira, extinta em
2013, da diocese da Guarda; Comunidade
que também à pouco decidiu enviar as primeiras Clarissas para Timor,
onde já se encontram 4 Irmãs, prontas para concluir a construção do primeiro
mosteiro em Timor. Contam com a generosidades dos cristãos e homens de boa
vontade. Devo também dizer que tenho umas sobrinhas maravilhosas que me dão
destas consolações, e desta vez foi a Saozita a conduzir-me.
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