Se a memória não falha, Costa congeminou esta governança, apoiado na
dona Catarina e no sr. Jerónimo, prometendo aos portugueses o fim da
austeridade, a reversão das pensões e dos vencimentos e a subida dos salários
consoante a inflacção. Já depois da campanha eleitoral, sem antes da mesma ter
anunciado a matreirice, mesmo que uma semana antes de quatro de Outubro, o Expresso
tivesse aludido a isso em primeira página.
Pelos vistos, as três promessas que sustentaram a matreirice são como
ponto no infinito. A austeridade é para continuar com a subida (absurda) dos
impostos, as reversões têm sido uma falácia (que o digam milhões de
portugueses), quanto aos vencimentos vão ser congelados em 2017. Como já foram
recongeladas as carreiras por estes três cavalheiros que à boca cheia se
atiravam contra Passos e Portas porque, diziam à época, “a austeridade tinha de
acabar”. Viu-se.
E o povo com aquela serenidade pachorrenta (ou imbecil) de burro de
carga, atura-lhes estas aldrabices sem um ai! Quando o estrondo se anunciar já não irá a tempo, mas talvez aprenda de
vez. E os dois cavalheiros e a senhora trotskista tomarão o caminho que, se tivessem alguma vergonha,
estariam agora a iniciar.
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