Os "risinhas" |
Na maior parte das vezes a mentira prejudica. E é nela que residem a
maior parte dos males de que padecemos. É nela que estão as razões do estado do
País, como Nação e como cidadãos. Foi ela que originou a bancarrota de 2011. E
foi ela que sustentou (e sustenta) a actual governança.
É com certa curiosidade que se observam certos comentadores crispados
com a governação de Passos e Portas para defenderem o indefensável, com os
malabarismos do costume (em defesa de Costa e da sua gente), atirando pontapés
na Gramática e na Aritmética.
Para este lodo do costume, a governança de Costa herdou (de Passos e
Portas, dizem) os males da banca, incluindo o buracão da Caixa Geral de
Depósitos. Esta falta de transparência intelectual tem-nos empurrado para o
abismo. Se, de facto, herdaram alguma coisa, foi do seu ídolo de então – José
Sócrates. Até porque, os de hoje, na governança, são os mesmos de ontem.
Quando Sócrates assinou o resgate com a Troika, era já do conhecimento
de alguns que a banca portuguesa iria precisar cerca de 50 mil milhões! Que
razões teriam levado Sócrates a solicitar apenas 12 mil milhões?
Porque razão a maior parte da imprensa continua a manipular contextos,
permitindo que sejam sempre os mesmos a comentar o que não sabem, ou a omitir
esclarecimentos conclusivos?
Passos e Portas, com o dinheiro que tinham, e nesse curto período de
quatro anos, fizeram o possível. Mesmo com aquela cratera, o rácio da CGD
melhorou bastante. O problema não ficou resolvido (e como poderia ser em tão
curto espaço de tempo depois de uma bancarrota?), mas melhorou.
Uma bancarrota não se resolve em quatro anos. E a de 2011 foi grave.
Muito grave!
2 – Os pensionistas e as
carreiras
O lodo do costume, até de outras áreas ideológicas, não se coíbe em
manipular a questão da reposição das pensões. São os comentadores que deram uma
mãozinha a Costa, à dona Catarina e ao sr. Jerónimo.
a) A reposição das pensões esteve sempre prevista
pelo governo anterior. Esta governança é
que entendeu encurtar o tempo, para que Costa pudesse sobreviver politicamente.
b) A
reposição das pensões, na sua maioria, não passa de uma falácia. O seu efeito
só é sentido pelos funcionários mais elevados.
Pergunta-se:
Que razões estarão por
trás de tantos comentários sobre esta questão, apesar da falácia, e nada se
comente sobre o recongelamento das carreiras efectuado pelo sr. Costa,
pelo sr. Jerónimo e pela dona Catarina?
Algum destes
cavalheiros já fez contas? Já alguma vez se interrogaram sobre os prejuízos do
País, precisamente porque as carreiras estão congeladas?
Não. Nunca se
interrogaram nem reflectiram sobre esta questão, porque a clientela dos seus
pensionistas favorecida pela reposição das pensões já atingiu o topo da
carreira!
Quanto às contas,
pouco importa porque as não sabem fazer!
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