Por:
Costa Pereira - Portugal, minha terra
No próximo dia 05 de Junho se fosse vivo fazia
95 anos o Sr. Dr. Primo Casal Pelayo. Não podemos esquecer este ilustre
vila-condense que de alma e coração fez acordar do sono pesado em que dormiam muitos dos documentos antigos , relacionados
com a historia de Mondim de Basto, que sem a sua generosidade e competência
acabariam por nunca mais acordarem ou fazê-lo de modo assarapantado….Para fazer
prova desse seu generoso esforço intelectual posto no trabalho
histórico-jurídico que gastou a pesquisar nas mais importantes bibliotecas de
Lisboa, Porto e Braga, e contou com a colaboração de personalidades das suas
relações pessoais a quem pediu conselho, como D. Domingos Pinho Brandão,
distinto arqueólogo, Padre Mário César Marques, etnógrafo bracarense e D. António
de Castro Xavier Monteiro, bom conhecedor da história da região de Basto, Casal
Pelayo juntou material suficiente para fazer e enobrecer a obra a que
voluntariamente se propôs materializar. Apenas com um único objetivo, o de
fazer devolver à paróquia de São Pedro de Vilar de Ferreiros, e ao seu pároco
os direitos que lhe competem no santuário de Nossa Senhora da Graça. Desse seu
labor surge A Ermida do Monte Farinha. Obra que só depois de lida, e de
confirmado o seu conteúdo é que D. António Valente da Fonseca, após
desvanecidas todas as dúvidas que até então estavam por clarificar, decide
fazer a entrega definitiva ao seu legitimo dono. Valeu a pena e hoje graças ao
empenho de duas figuras que vão ficar para sempre com seu nome ligadas ao
santuário do Monte Farinha e que aqui enalteço:
D. Joaquim Gonçalves, o “Bispo da Senhora da Graça” e o Sr. Padre Manuel
Joaquim Correia Guedes, o “Padre da Senhora da Graça”. Dizia-me o abade Morais
Miranda, em meados da década de 60 a respeito deste notável estudioso: “ Se
fosse o pároco e vivesse ainda, quem mandava colocar uma fotografia lá em cima,
no “iteiro” da Senhora, ao teu amigo Sr.
Doutor Casal Pelayo era eu”. Bem merecia, só que o Dr. Primo Pelayo não
trabalhou para se fazer à fotografia, mas para generosamente defender e repor a
verdade histórica, que neste caso andava destorcida…..
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