Muhammad
Ali, ícone político e religioso, morreu aos 74 anos. Barack Obama compara-o a
Martin Luther King e a Nelson Mandela
Hoje,
provavelmente, ele não se tornaria uma lenda, como um dos maiores desportistas
de sempre. Muhammad Ali - falecido ontem, aos 74 anos - foi um homem do seu
tempo. E o brutal impacto que teve nos anos 60 e 70 do século XX fez dele um
ícone eterno, dentro e fora dos ringues. Como pugilista de contornos míticos,
como abnegado defensor de causas sociais, políticas e religiosas, e como
agitador nato. The Greatest deixou um legado sem fim - com uma extensão que agora
parece difícil de imaginar
Se
tivesse nascido 50 anos mais tarde e despontado em pleno século XXI, com o boxe
afastado da dimensão sobre-humana de outros tempos, com os EUA bem mais
próximos da igualdade racial e com o politicamente correto enraizado no
discurso mediático, talvez Cassius Marcellus Clay Jr. tivesse um impacto
diferente, dentro e fora dos ringues. O mundo mudou nestes 50 anos - e isso
também aconteceu por causa dele. Por isso, foi venerado pelas gerações
seguintes, bem para lá dos muros do desporto, como um símbolo da afirmação das
minorias raciais e religiosas - comparável a Martin Luther King e a Nelson
Mandela. E também por isso foi chorado ontem como uma perda global.
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