domingo, 5 de junho de 2016

Morreu o grande Cassius Clay


Morreu Ali. Fica um legado lendário muito além dos ringues

Muhammad Ali, ícone político e religioso, morreu aos 74 anos. Barack Obama compara-o a Martin Luther King e a Nelson Mandela
Hoje, provavelmente, ele não se tornaria uma lenda, como um dos maiores desportistas de sempre. Muhammad Ali - falecido ontem, aos 74 anos - foi um homem do seu tempo. E o brutal impacto que teve nos anos 60 e 70 do século XX fez dele um ícone eterno, dentro e fora dos ringues. Como pugilista de contornos míticos, como abnegado defensor de causas sociais, políticas e religiosas, e como agitador nato. The Greatest deixou um legado sem fim - com uma extensão que agora parece difícil de imaginar
Se tivesse nascido 50 anos mais tarde e despontado em pleno século XXI, com o boxe afastado da dimensão sobre-humana de outros tempos, com os EUA bem mais próximos da igualdade racial e com o politicamente correto enraizado no discurso mediático, talvez Cassius Marcellus Clay Jr. tivesse um impacto diferente, dentro e fora dos ringues. O mundo mudou nestes 50 anos - e isso também aconteceu por causa dele. Por isso, foi venerado pelas gerações seguintes, bem para lá dos muros do desporto, como um símbolo da afirmação das minorias raciais e religiosas - comparável a Martin Luther King e a Nelson Mandela. E também por isso foi chorado ontem como uma perda global.
Fonte: Diário de Noticias

Sem comentários:

Enviar um comentário

A baboseira ...

  Portugal deve “pagar custos” da escravatura e dos crimes coloniais, diz Marcelo Presidente da República declarou que Portugal “assume t...