terça-feira, 17 de maio de 2016

Vai longa a estagnação da economia pátria

 
                                       A longa estagnação da economia em Portugal

O Observador apresenta, em pré-publicação, o quinto capítulo do livro publicado esta semana por Fernando Alexandre, Luís Aguiar-Conraria e Pedro Bação. O prefácio é de Durão Barroso.

1-A longa estagnação
2-A mais longa paragem dos últimos 100 anos
3-Uma economia pouco transaccionável
4-Relações perigosas

É comum ouvir que o aumento da dívida em 2009, em Portugal, foi, em parte, responsabilidade dos líderes europeus — que teria dado ordem para gastar e, assim, mitigar os efeitos da crise. Mas os termos exatos dessa ordem para gastar “não foram bem compreendidos por alguns governos, sempre desejosos de gastar mesmo quando tal não lhes é solicitado e muito mais quando tal lhes é sugerido”. A crítica é de Durão Barroso, que revela, também, que para o FMI a saída da Grécia da zona euro era “uma possibilidade e uma probabilidade” e que Angela Merkel tinha “hesitações persistentes” a respeito da permanência da Grécia no euro. As revelações do ex-primeiro-ministro e ex-presidente da Comissão Europeia constam do prefácio de um novo livro que é apresentado esta quarta-feira — Crise e Castigo: Os desequilíbrios e o resgate da economia portuguesa –, por Fernando Alexandre, Luís Aguiar-Conraria e Pedro Bação, com o apoio da Fundação Francisco Manuel dos Santos. O Observador faz a pré-publicação do capítulo dedicado à “longa estagnação” singular de Portugal.

A longa estagnação

“A Europa foi um excesso de aspirações. É hoje um desapontamento desmesurado. Mas nem tudo se deve à Europa. Nem tudo o que de progresso se verificou nos anos sessenta a oitenta do século XX se ficou a dever à Europa. Nem tudo o que de crítico ocorreu nos anos noventa e nos primeiros do século XXI foi causa da Europa. Os nossos erros, as nossas políticas desajustadas e os nossos defeitos são seguramente os principais responsáveis.”
António Barreto, Portugal Europeu?, 2.º Encontro Presente no Futuro da FFMS, 2014

“(…) é um capitalismo antiliberal porque protege os que estão instalados. É o contrário do capitalismo porque destrói a força criadora e as novas oportunidades. O sistema em que vivemos era esse capitalismo de Estado.”
José Ferreira Machado, ex-Director da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, em entrevista à Rádio Renascença, 15 de Janeiro de 2015

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